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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Cientistas britânicos identificam colesterol "ultra-ruim"

Textura extremamente pegajosa desse tipo de gordura favorece o surgimento de placas de gordura que entopem os vasos sanguineos


Uma nova forma de mau colesterol, também chamado de lipoproteína de baixa densidade (do inglês, Low Density Lipoprotein, ou LDL), foi identificada em pessoas com alto risco de doenças cardíacas, informaram esta semana pesquisadores britânicos.

A equipe de pesquisa constatou que o chamado colesterol MGmin-LDL tem textura extremamente pegajosa, o que o torna mais propenso a aderir às paredes das artérias e formar placas de gordura – que podem ocasionar um infarto ou AVC.

Segundo os pesquisadores, a descoberta oferece uma possível explicação para o risco maior de doença arterial coronária em diabéticos, podendo também ajudar pesquisadores a desenvolver novos tratamentos para combater o colesterol alto.

No estudo financiado pela Fundação Britânica do Coração, pesquisadores da Universidade de Warwick desenvolveram o MGmin-LDL em laboratório por meio do processo de glicação, no qual grupos de açúcares são adicionados ao colesterol LDL normal. O processo alterou a forma do colesterol, deixando-o mais pegajoso e mais propenso a desenvolver as placas de gordura que provocam o estreitamento das artérias e reduzem a circulação sanguínea. Por conta desse perfil extremamente prejudicial, o MGmin-LDL foi batizado pelos pesquisadores como colesterol "ultra-ruim”.

As pesquisas, publicadas na edição online do periódico científico Diabetes, podem ter implicações significantes no tratamento da doença vascular coronariana, principalmente em idosos e em diabéticos do tipo 2.

De acordo com os pesquisadores, os resultados do estudo são especialmente importantes para compreender como o medicamento metformina, usado no tratamento do diabetes tipo 2, combate doenças cardíacas ao bloquear a transformação do LDL em um LDL super-aderente.

“Estamos empolgados em saber que nossa pesquisa pode possibilitar uma melhor compreensão deste tipo de colesterol, que parece contribuir para a ocorrência de doenças cardíacas em diabéticos e idosos”, disse Naila Rabbani, professora da Escola de Medicina da Universidade de Warwick que liderou o estudo.

Ela complementou: “O próximo desafio é conseguir combater este tipo de colesterol tão perigoso com tratamentos que poderiam ajudar a neutralizar seus efeitos nocivos às artérias”.

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