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quinta-feira, 2 de junho de 2011

Entenda a doença celíaca

Ela é causada pela intolerância permanente ao glúten, proteína presente no trigo, centeio, malte e na aveia


De origem genética, a doença celíaca é uma desordem autoimune (o organismo ataca a si mesmo).

Trata-se de uma enfermidade causada pela intolerância permanente ao glúten, proteína presente no trigo, centeio, cevada, malte e aveia.

Nos Estados Unidos e na Europa estima-se que uma em cada 200 pessoas apresente a doença. No Brasil, a estimativa é de uma em cada 600 pessoas, e o sexo feminino parece ser mais afetado do que o masculino, na proporção de três mulheres para cada homem.

“Ela pode se manifestar em qualquer pessoa e em qualquer etapa da vida. A forma clássica da doença é frequente em crianças, surgindo entre o primeiro e terceiro ano de vida. Por ser uma doença genética, muitas pessoas nascem com a doença, porém a manifestam anos depois. Familiares de primeiro grau do celíaco têm mais chances de apresentar a doença: uma em cada 10 pessoas”, explica a nutricionista Mariana Pizzoccaro, da Grani Amici, de São Paulo.

De acordo com o especialista americano Thomas O’Bryan, palestrante do 2° Gluten Free Internacional, muitos pacientes levam até 30 anos para descobrir a doença e passam por cerca de cinco médicos até obter o diagnóstico preciso.

O glúten causa uma reação inflamatória do intestino delgado, provocando a atrofia das vilosidades da mucosa intestinal, responsáveis pela absorção de nutrientes. Os sintomas são variáveis de acordo com a gravidade da doença e com cada organismo.

“O quadro clássico é representado por diarreia crônica, cansaço, dor e distensão abdominal, inchaço, flatulência e alguns outros indicativos, como má absorção de nutrientes, causando anemia, osteoporose, desnutrição e perda de peso. Em alguns casos, a doença celíaca é assintomática, ou seja, a pessoa não sente nenhum sintoma”, diz Mariana Pizzoccaro.

A partir do momento em que se é diagnosticado celíaco, o glúten deve ser retirado completamente da dieta e o mais rápido possível.

A desordem não é tratada com medicamentos ou prevenida com vacinas. O único tratamento é a exclusão total (e por toda a vida) do glúten na dieta. Caso o celíaco volte a consumi-lo, os danos e sintomas voltam rapidamente. Segundo a especialista, após suspensão da proteína, a recuperação da mucosa inicia-se imediatamente.

“Pacientes relatam melhoras após duas semanas a um mês de dieta sem glúten, mas o tempo para o total restabelecimento anatômico leva de um a dois anos, em média.“

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