Autoridades tranquilizam população, mas pedem que mantenham cuidado com higiene
AFP
Mais de 2,8 mil pessoas, foram infectadas, sendo que 32 morreram.
As contraprovas realizadas com brotos procedentes de uma fazenda do noroeste da Alemanha confirmaram que são a origem da agressiva variante O104 da bactéria "E.coli" que causou mais de 30 mortes no país e uma na Suécia. Um porta-voz do Ministério de Agricultura e Defesa do Consumidor alemão anunciou neste sábado que o Instituto Federal de Avaliação de Riscos determinou que essa perigosa cepa da bactéria se encontrava em focos procedentes de uma empresa da Baixa Saxônia.
Trata-se de uma fazenda de produtos orgânicos da localidade de Bienenbüttel, no distrito de Uelzen, na qual vários funcionários contraíram a doença há várias semanas. Inúmeros clientes de restaurantes e supermercados que foram abastecidos com esses alimentos contaminados também adoeçeram.
O porta-voz do governo assinalou que as contraprovas do Instituto Federal de Avaliação de Riscos confirmam os primeiros testes realizados pelas autoridades sanitárias do estado federado da Renânia do Norte-Westfália, que nesta sexta-feira (10) localizaram o foco infeccioso.
- Os resultados dos laboratórios são essenciais para determinar se os brotos são a fonte fundamental das infecções de 'E. coli' nas últimas semanas.
Os brotos que deram positivo foram encontrados na região de Bonn, ao oeste do país, no lixo de uma família na qual dois membros adoeceram após ingerir a verdura. Desde que, no início de maio, foram registrados os primeiros casos, a infecção afetou na Alemanha mais de 2,8 mil pessoas, sendo que 32 morreram e mais de 700 sofreram a perigosa síndrome hemolítico-urêmica (SHU) que pode causar deficiências renais e cerebrais irreparáveis.
As autoridades sanitárias alemãs advertiram neste sábado também que a ameaça da variante letal da bactéria "E. coli" persiste apesar de ter localizado o foco da infecção na fazenda da Baixa Saxônia. Embora as suspeitas do Instituto Robert Koch sobre a origem do agente patogênico tenham sido confirmadas, "o risco de infecção por contato físico continua", afirmou um porta-voz do Ministério de Assuntos Sociais do estado federado de Hesse.
As suspeitas sobre tomates, pepinos e alfaces desapareceram nesta sexta-feira após especialistas do Instituto Robert Koch informarem que o foco da infecção são os brotos de uma fazenda orgânica da Baixa Saxônia.
A ministra de Agricultura, Ilse Aigner, tranquilizou a população após o anúncio dos especialistas. Desde o dia 25 de maio, quando o Instituto Robert Koch recomendou não comer essas verduras cruas, tais hortaliças tinham ficado praticamente banidas de muitos supermercados do norte do país
- Os cidadãos podem voltar a comer sem medo pepinos, tomates e alfaces a partir de agora, mas sempre seguindo as devidas medidas de higiene.
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