A entrevista é a chance perfeita para exaltar suas qualidades e mostrar por que você é o candidato ideal... ou não!
Ser entrevistado para uma vaga de emprego pode ser estressante. Sentar com um desconhecido para uma conversa de cartas marcadas e que pode definir seu futuro profissional não é exatamente a maneira mais relaxante de passar o tempo.
No entanto, se você conseguir enxergar a situação de um ponto de vista mais estratégico, como uma oportunidade para mostrar o melhor de si mesmo e conhecer um pouco mais sobre o lugar onde pretende trabalhar, verá que talvez naqueles 60 minutos, por mais que eles não sejam os mais divertidos da sua vida, é possível relaxar e evitar algumas armadilhas que podem colocar em risco sua carreira.
Confira quais são os sete principais pecados cometidos por candidatos durante a entrevista e veja quais lições extrair de cada um:
1. A gíria. Evite o uso de gírias e vícios de linguagem. Quase tão importante quanto o que você tem a falar é a forma de fazer isso. Gírias como “tipo assim”, “cara” e “meu”, devem ser abolidas, assim como pausas extensas entre uma frase e outra. “O entrevistador busca objetividade e segurança. É importante falar com clareza e manter a voz firme”, explica Priscila Modesto, consultora de apoio à carreira da agência de empregos Catho.
2. O desconhecimento. Informe-se em relação ao mercado no qual a empresa atua. Mais do que apenas passar no processo seletivo, o entrevistador espera que você se mantenha no emprego por um bom tempo e, sempre que possível, cresça dentro da corporação. Por isso, é importante demonstrar fluência sobre o assunto do qual a empresa trata. “É importante falar a mesma língua do entrevistador”, explica Richeli Sachetti, master coach pela Sociedade Brasileira de Coach.
3. A mentira. Jamais coloque informações falsas no currículo. Pode ser que no momento de elaborar o currículo tenha parecido uma boa ideia dizer que tinha inglês fluente, mandarim avançado e experiência de trabalho em Londres. Mas e se o entrevistador resolve começar a falar em chinês ou perguntar sobre o melhor peixe com fritas da capital londrina? O melhor é não arriscar. “O selecionador possui várias técnicas para saber se o que foi colocado é verdadeiro”, diz Priscila. “Se a mentira for detectada, é possível que não seja falado nada durante a entrevista, mas o candidato vai ser desclassificado na hora”, completa.
4. A falta de visão. Uma vez contratado, a empresa espera que as atitudes do funcionário, qualquer que seja o cargo, tenham sempre influência direta na empresa como um todo. Como um organismo vivo, as empresas dependem da participação de todos para florescer. Ter uma visão sistêmica é essencial. “Procure fazer perguntas sobre o funcionamento da empresa como um todo. Tente saber, por exemplo, quais os principais clientes internos e externos”, aconselha Richeli.
5. O atraso. Não adianta colocar a culpa no trânsito, na chuva, na falta de estacionamentos. Se você mora na cidade grande, tem que saber se locomover por ela e fazer o planejamento certo para não se atrasar. A pontualidade é essencial. Segundo Priscila, o atraso pode ser visto como falta de responsabilidade. “Se o candidato não tem pontualidade nem para chegar na entrevista, como vai ser quando tiver que cumprir metas”, diz. Se, no entanto, alguma fatalidade impedir o cumprimento do horário, a especialista explica que é melhor se desculpar ao invés de fingir que não aconteceu.
6. A superficialidade. Um profissional indeciso sobre o próprio futuro pode ser visto como uma contratação de risco. É este o raciocínio que pode nortear o entrevistador ao se deparar com um candidato com resoluções pouco definidas, sem propósito. “O entrevistador quer uma pessoa madura em relação a seus próprios sentimentos”, diz Richeli.
7. A reclamação. Evite críticas exageradas à antiga empresa. Ninguém quer um funcionário reclamão. Ao falar mal do antigo chefe ou de colegas de trabalho, o entrevistador ficará com a impressão de que você terá o mesmo tipo de atitude na próxima empresa. “Procure demonstrar uma atitude positiva, falando, inclusive, bem dos lugares por onde passou”, aconselha Priscila.
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