Se usados de maneira correta, eles ajudam a manter a imunidade nas alturas
Aliadas da boa saúde e do bom funcionamento do sistema imunológico, as vitaminas não podem faltar na dieta. Segundo o IBGE, porém, a maioria dos brasileiros não se preocupa muito com elas. Uma pesquisa feita pela instituição apontou que 98% da população brasileira não ingere a quantidade ideal de vitaminas por dia e 92%, não come frutas com frequência. Outro dado alarmante, divulgado pela Organização Mundial da Saúde, é de que mais de 190 milhões de pessoas sofrem com carência de vitamina A, o que pode causar cegueira, baixa imunidade e falta de proteção contra radicais livres - responsáveis pelo envelhecimento das células.
"A maior parte da população não tem uma alimentação saudável. Mesmo aqueles que se preocupam com a dieta podem não conseguir ingerir quantidades adequadas de vitaminas", explica o nutrólogo Wilson Rondó. Por isso, o uso de suplementos vitamínicos é uma boa maneira de aumentar o consumo diário de vitaminas, desde que tenham acompanhamento médico. Saiba como eles podem ser usados para fortalecer o seu sistema imunológico:
Benefícios ao organismo
Os suplementos vitamínicos, se consumidos com a indicação de um médico, podem aumentar a imunidade, prevenir a manifestação de doenças e combater o envelhecimento. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, o organismo de algumas pessoas tem dificuldade em absorver nutrientes essenciais para manter o sistema imunológico funcionando bem. "Quando há carência alimentar ou má absorção de algum nutriente importante para a eficiência imunológica, como zinco, vitamina C, vitamina A, ferro, entre outras, a suplementação pode trazer benefícios", explica.
Entre as doenças que dificultam a absorção de vitaminas estão Doença de Crohn, retocolite ulcerativa, divirticulite, doença celíaca e outros distúrbios intestinais. "Pessoas diagnosticadas com essas doenças precisam, sim, de suplementação vitamínica, não só para continuar com a imunidade alta, mas para manter um bom funcionamento do organismo", alerta o nutrólogo. A suplementação de ferro para pessoas com anemia e de vitamina A para crianças que sofrem de subnutrição também são apontadas como essenciais pelo médico.
Dietas restritivas
Adotar uma dieta que exclua certos grupos alimentares pode causar alterações nos níveis de vitaminas no organismo. "Dietas de moda, que geralmente são feitas sem orientação profissional, podem ser desbalanceadas e necessitar de suplementação vitamínica. Dietas vegetarianas sem orientação médica também podem precisar de suplementação, principalmente, de vitamina B12, ferro e zinco, que são nutrientes encontrados mais facilmente em produtos de origem animal", explica Roberto Navarro.
Durante a gestação
Nessa época, a suplementação vitamínica é fundamental. Antes mesmo de o bebê nascer, ele já precisa ser vitaminado para ter um pleno desenvolvimento. Por isso, uma alimentação balanceada, rica em macronutrientes e micronutrientes, tem importância dobrada durante a gestação.
Durante os noves meses, mãe e bebê precisam de uma dose extra de vitaminas, já que uma dieta balanceada pode não dar conta do recado sempre. Suplementos de vitaminas C, A, D e vitaminas do complexo B, ferro e cálcio, garantem o crescimento saudável do bebê, além de ajudar a protegê-lo da má formação de sistemas importantes, como o respiratório, o nervoso e o cardíaco.
Entre todas essas vitaminas, a D ganha um papel de destaque, como explica o nutrólogo Wilson Rondó. "Incluir na dieta alimentos como sardinha, vegetais verde escuro, salmão, truta e leite, que são ricos em vitamina D, é um bom primeiro passo para uma gestação segura. Mas, nessa época, o mais indicado mesmo é incluir suplementos vitamínicos no prato", conta.
É importante lembrar também que, mesmo que a vitamina D venha de suplementos, ela precisa de luz do sol para ser absorvida pelo organismo. Por isso, tome sol diariamente, no mínimo por 30 minutos, evitando o horário das dez da manhã às duas da tarde.
Na medida certa
Mesmo que sejam de vitaminas, os suplementos ingeridos em grande quantidade podem trazer muitos problemas ao corpo, fazendo com que toda a suplementação não tenha efeito ou, em alguns casos mais graves, provoque um efeito contrário. Esse problema é denominado hipervitaminose. "Por mais paradoxal que possa parecer, o excesso de vitaminas no organismo pode causar desiquilíbrios metabólicos e levar aos mesmos prejuízos da falta de vitaminas", alerta Roberto Navarro. O nutrólogo apontou efeitos do excesso de algumas vitaminas bastante consumidas.
Saiba mais
Vitamina A: pode levar ao ressecamento da pele, deixando-a propensa a fissuras labiais, além de dores ósseas e nas articulações, cefaleia, tonturas, náuseas, queda dos cabelos, lesões no fígado e parada do crescimento.
Vitamina B12: Pode levar a uma vasodilatação periférica, queda na frequência respiratória, convulsões, podendo levar à óbito por paralisia do centro respiratório.
Vitamina D: Tem papel importante na fortificação dos ossos, pode causar a calcificação de vasos sanguíneos e levar a arteriosclerose, se combinada ao excesso de cálcio no sangue.
Vitamina E: Pode alterar a coagulação sanguínea, aumentando a chance de tromboses e o entupimento dos vasos sanguíneos por coágulos.
Fonte Minha Vida
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