São Paulo – O acidente vascular cerebral (AVC) é uma das principais causas de
internações nos hospitais públicos do estado de São Paulo. Levantamento feito
pela Secretaria de Estado da Saúde constatou que no ano passado ocorreram 39 mil
internações pelo Sistema Único de Saúde (SUS) de pacientes paulistas vítimas da
doença. Em 2010, foram internados 38,9 mil pessoas.
Ainda segundo a Secretaria da Saúde, em 2010
morreram 21,2 mil pessoas em decorrência de AVC no estado. O médico do Grupo de
Resgate e Atendimento à Urgências, Gustavo Seriane, disse que, depois das
doenças cardiovasculares, o AVC é a segunda causa de morte no mundo e no Brasil.
Por isso, alerta que é importante saber reconhecer os sintomas do AVC para
prestar o socorro o mais rápido possível, e assim evitar a morte e sequelas. “Os
sintomas podem ser variados, desde um embaçamento visual, uma dor de cabeça, até
os sintomas mais importantes que são alteração da fala, da marcha, força, perda
de movimentos”.
Seriane disse que os sintomas podem ser desde os muito leves até os
claramente reconhecidos por qualquer pessoa, como a perda de movimentos de um
lado do corpo e do rosto. “Quando a pessoa perde o movimento todo mundo sabe que
pode ser um AVC, o problema é quando ela está com uma dor de cabeça leve, toma
um remédio e vai deitar, depois tem dificuldade para acordar, tem sonolência
excessiva, dor de cabeça que não melhora”. Além do esquecimento, que muitas
pessoas acreditam ser normal e passageiro, mas na verdade se não houver o
tratamento no tempo adequado pode deixar sequelas definitivas, ressaltou.
O médico alerta ainda que o atendimento ao paciente que está sofrendo um AVC
precisa ser rápido e quem estiver por perto não deve esperar o serviço de
emergência. “É preciso levar a pessoa por conta própria ao pronto-socorro mais
próximo. A não ser em caso de queda, pois aí é importante um atendimento com a
imobilização adequada. Se não houver trauma, o transporte pode ser feito por
meio comum e simples”, disse o médico. No caso de a pessoa estar inconsciente,
com um AVC grave, é importante o resgate e o cuidado para passar as informações
mais corretas.
Entre os fatores de risco que podem levar ao AVC estão a idade avançada,
pressão alta, tabagismo, colesterol elevado, diabetes, arritmia ou problemas
com as válvulas cardíacas, histórico familiar de derrames, reincidência (quem já
teve o problema anteriormente).
Fonte Agência Brasil
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