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domingo, 23 de setembro de 2012

Brasileiros vivem menos por causa de doenças psiquiátricas

Uma série de estudos sobre o Brasil, publicada no periódico médico Lancet, aponta as doenças mentais como responsáveis pela maior parte de anos de vida perdidos pelos brasileiros devido a doenças crônicas. Os transtornos psiquiátricos passaram a ocupar lugar de destaque entre os problemas de saúde pública do país.
 
Essa metodologia calcula tanto a mortalidade causada pelas doenças como a incapacidade provocada por elas para trabalhar e realizar tarefas do dia a dia.
 
Segundo esse cálculo, problemas psiquiátricos foram responsáveis por 19% dos anos perdidos. Entre eles, em ordem, os maiores vilões foram depressão, psicoses e dependência de álcool.
 
Em segundo lugar, vieram as doenças cardiovasculares, responsáveis por 13% dos anos perdidos.
Outros dados do estudo mostram que de 18% a 30% dos brasileiros já apresentaram sintomas de depressão. Somente na região metropolitana de São Paulo, entre os anos de 2004 a 2007, a depressão atingiu 10,4% dos adultos.
 
A dependência de álcool está entre os fatores de incapacidade também, constatado inclusive por pesquisas recentes do Ministério da Saúde que apontam um aumento no consumo abusivo de bebidas.
A população brasileira está com uma longevidade maior e o envelhecimento contribui para o aparecimento de transtornos psiquiátricos. De acordo com o estudo, a mortalidade por demência aumentou de 1,8 por 100 mil óbitos, em 1996, para 7 por 100 mil em 2007.
 
A série de estudos do Lancet coloca como outros problemas emergentes de saúde diabetes, hipertensão e alguns tipos de câncer, como o câncer de mama. Eles estão associados a mudanças no padrão alimentar, como o aumento do consumo de produtos ricos em sódio.
 
Um dado positivo do trabalho foi a queda na mortalidade por doenças respiratórias, principalmente devido à redução do número de fumantes.
 
Entretanto, mais estudos para saber de que forma o modo de vida nas cidades pode influenciar o aparecimento da depressão, além das causas bioquímicas, serão elaborados, afirma Maria Inês Schmidt, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e uma das autoras da pesquisa.
 
Fonte Corposaun

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