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quarta-feira, 15 de maio de 2013

66% das brasileiras não relacionam HPV ao câncer de colo do útero

Especialistas se mobilizam para reverter essa realidade. Doença mata 1 mulher a cada duas horas no País
 
O câncer de colo do útero é o segundo câncer que mais afeta mulheres no Brasil, ficando atrás somente do câncer de mama. Mas, por muitas razões, ainda é pequeno o número de mulheres que se previne contra a doença, que pode ser prevenida.
 
Muitas negligenciam a gravidade da doença, tanto por falta de conhecimento como por preconceito e medo na hora de se submeter aos exames de prevenção. E o pior: 66% delas não sabem que o vírus HPV é o causador do câncer de colo do útero.
 
Mudar essa realidade é o intuito da campanha Mulheres Semeiam Vida , promovida pela Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC), lançada nesta terça (14). A meta é despertar o maior número de mulheres para a prevenção e o tratamento precoce que podem salvar vidas.
           
No mundo, o câncer do colo do útero mata 1 mulher a cada 2 minutos. No Brasil, a cada 2 horas uma mulher morre por conta das complicações dele. O câncer, em seus estágios iniciais, é assintomático, ou seja, silencioso. E a falta de sintomas faz com que a mulher negligencie a prevenção, diz José Focchi, professor adjunto do departamento de ginecologia da Unifesp.
 
"É preciso que o exame periódico se torne um hábito para mulheres a partir dos 25 anos", orienta o médico.
 
O grande vilão do câncer de colo do útero é o vírus HPV e as mais de 130 variações deste vírus, algumas extremamente agressivas. Os tipos 16 e 18 são os mais comuns causadores do câncer, mas é importante esclarecer que ter HPV não significa necessariamente desenvolver a doença. Na grande maioria dos casos, o próprio sistema imunológico já elimina o vírus, assim como expurga uma gripe comum sem maiores complicações.
 
Estimativas apontam que cerca de 80% da população mundial terá contato com o HPV ao longo da vida, porém 90% desse percentual eliminará o vírus naturalmente. A parcela restante desenvolverá o câncer, pois ele depende também de outros fatores externos, como fumo, uso de anticoncepcionais e presença de outras doenças sexualmente transmissíveis.
 
Prevenção
De acordo com a pesquisa feita pelo Ibope com 700 mulheres de seis capitais brasileiras e apresentada no lançamento da campanha, apenas 24% das que sabiam da existência do HPV associaram a vacina como forma de prevenção. Hoje, ela é considerada uma das formas de prevenção mais eficazes contra a doença. A imunização, no entanto, ainda não está amplamente disponível na rede pública, o que demanda um investimento financeiro relativamente alto para quem deseja se prevenir.
           
Outra forma muito eficaz de proteção é o uso do preservativo. Embora a camisinha não ofereça 100% de proteção contra o HPV, pois o contato do vírus com a pele levemente lesionada já é uma porta aberta, ela é uma ótima opção. Um sistema imunológico saudável também ajuda a aumentar as chances de evitar a doença, pois os anticorpos eliminam o vírus assim que ele entra em contato com o corpo.
 
A pesquisa revelou ainda que em 50% dos novos casos de câncer de colo do útero, a mulher nunca havia feito o exame de papanicolaou e 10% não haviam feito nenhum exame nos últimos 5 anos.
 
Um levantamento feito pelo presidente da Associação Brasileira de Patologia do Trato Genital Inferior e Colposcopia (ABPTGIC), Garibalde Mortoza Junior, mostra que, mesmo na saúde privada, apenas 53% das usuárias se submetem ao papanicolaou.
 
Fonte iG

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