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sábado, 31 de agosto de 2013

Nove alimentos negros que você deve incluir na dieta

alho negro - Foto Getty Images
Alho negro
Embora não seja atrativa na panela, cor pode turbinar sua dieta
 
No mundo na moda, a cor preta é conhecida por ser básica, clássica, indispensável em qualquer guarda-roupa. Entretanto, na cozinha, essa cor costuma ter um peso negativo, indicando que um alimento não está fresco - mas essa associação está prestes a mudar.
 
Existem frutas, cereais e leguminosas com essa coloração tão características e que escondem diversos benefícios. Por exemplo, o arroz negro é menos calórico e tem mais fibras que o arroz integral que costumamos comprar.
 
Em alguns casos, a cor intensa indica que aquele alimento possui uma alta concentração de determinado nutriente, como antioxidantes.
 
Conheça esse novo cardápio e veja por que o preto é o novo verde da culinária saudável: 
 
arroz com feijão preto - Foto Getty ImagesFeijão preto
Muito comum no prato dos brasileiros, o feijão preto é rico em magnésio e tem mais fibras que qualquer outro tipo de feijão. "Quando comparamos com o tipo carioca, o feijão preto ganha também em quantidade de ferro, sendo importante na alimentação diária para combater a anemia", afirma a nutricionista Tatiana Branco, da Nutri Action Assessoria e Consultoria Nutricional. Além disso, quando consumido junto com o arroz, o feijão preto se torna uma proteína de alto valor biológico, já que o arroz contém nutrientes que ajudam na absorção das proteínas vegetais contidas na leguminosa.  
 
Soja preta - Foto Getty ImagesSoja preta
Apesar de não ser muito diferente da soja amarela em quantidade de nutrientes, a soja preta tem um ponto de destaque - ela é rica em antioxidantes, principalmente as antocianinas. "Elas consideradas o maior e o mais importante grupo de pigmentos solúveis em água, encontrada em plantas e amplamente consumidas em vegetais, frutas e vinho tinto", explica o nutricionista Israel Adolfo, de São Paulo. As antocianinas, bem como outros flavonoides, protegem nosso organismo de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, inflamações, infecções virais e obesidade. De acordo com uma tese da bromatóloga Diana Figueiredo de Rezende, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), a soja preta apresentou atividade antioxidante 50 a 70% maior que a amarela.  
 
Lentilha preta - Foto Getty ImagesLentilha preta
Mais comumente encontrada na Ásia, a lentilha preta é uma excelente fonte de proteínas, além de rica em fibras, ferro e ácido fólico, fundamental na formação neurológica durante a gestação. "A lentilha preta não apresenta grandes diferenças em relação às lentilhas de outras colorações", explica a nutricionista Tatiana. Entretanto, seus benefícios já valem para dar uma cor nova ao seu cardápio.  
 
Gergelim preto - Foto Getty ImagesGergelim preto
O preto tem mais vitamina A e cálcio que a variedade creme, além de compostos fenólicos. "Esses compostos tem a capacidade de sequestrar radicais livres e constituem fonte de antioxidantes naturais, sendo que a capacidade do gergelim preto é significativamente maior", explica o nutricionista Israel. Além disso, o gergelim preto tem um valor calórico menor, quando comparado com sua variedade mais clara.  
 
Chá preto - Foto Getty ImagesChá preto
"O chá preto tem as mesmas propriedades de uma xícara de café", declara a nutricionista Tatiana. Dentre as variedades de chá, o preto é o mais rico em cafeína, por isso não deve ser tomado muito tarde para não interferir no sono. Por ser uma substância vasodilatadora, a cafeína do chá preto pode dificultar o acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos. "A melhor forma de fazê-lo é esquentar a água até iniciar a fervura e apagar o fogo, colocar a erva na água deixando descansar por cinco minutos com uma tampa abafando o recipiente", explica o nutricionista Israel. "O ideal é a bebida ser tomada entre as refeições - quente ou fria - e seu consumo deve ser feito logo após o preparo, pois ele pode perder suas propriedades", completa a nutricionista Tatiana. 
 
Arroz negro - Foto Getty ImagesArroz negro
Ele não é muito comum em nossa mesa por conta do preço mais salgado, mas você poderia considerar consumi-lo de vez em quando. "A versão escura do arroz tem 20% a mais de proteínas e 30% mais fibra em relação ao integral", ressalta a nutricionista Tatiana. Com um sabor exótico, o arroz negro tem um elevado teor de ferro, menos gordura e menor valor calórico. Análises do produto também apontaram o grande conteúdo de compostos fenólicos e substâncias antioxidantes, que combatem os radicais livres, prevenindo o envelhecimento precoce, doenças crônico-degenerativas, problemas cardiovasculares e câncer.
 
Jabuticaba - Foto Getty ImagesJabuticaba
"Ainda que preliminares, estudos afirmam que a jabuticaba é rica em polifenois, incluindo antocianinas, flavonoides, acido fenólico e taninos", afirma o nutricionista Israel. Essa composição é muito parecida com a das uvas, e seu principal benefício é retardar o envelhecimento celular, combatendo os radicais livres. Uma porção de jabuticabas corresponde a sete unidades, sendo um ótimo lanche da tarde ou mesmo uma sobremesa.  
 
amoras - Foto Getty ImagesAmora
Poderoso antioxidante, a amora tem alta concentração de polifenóis e vitamina C. "Uma porção de amora (100g) possui de 8 a 27 mg de polifenóis e 13 mg de catequinas, sendo ótimos aliados contra o envelhecimento celular", explica a nutricionista Tatiana. Mas as amoras oferecem muito mais do que a 39ª posição de alimentos com maior poder antioxidante. "Ela possui um composto chamado 4-4-hidroxifenilbutano, que tem estrutura química semelhante ao da capsaicina e sinefrina, ambos adjuvantes no processo de diminuição do percentual de gordura corporal", afirma o nutricionista Israel. Ainda que este benefício não esteja 100% comprovado, estudos indicam que esse composto pode sim trazê-lo ao nosso organismo. 
 
alho negro - Foto Getty ImagesAlho negro
Apesar da aparência exótica, o alho negro nada mais é do que o alho tradicional fermentado e envelhecido. "Esse processo retira do alimento seu amargor tradicional e lhe confere um sabor doce, frutado e macio", afirma a nutricionista Tatiana. Ela explica que não é acrescentado qualquer tipo de substância ao alho para ele atingir esse aspecto - é feito apenas o controle de temperatura e umidade em uma estufa por um período variável de três a quatro semanas. "Esse processo é originado dos povos orientais, que ao deixar os bulbos de alho dourados e seus dentes escuros, confere ao alimento um alto poder antioxidante", completa a nutricionista. Fora essa mudança, o alho negro tem as mesmas propriedades nutricionais da sua versão original. 
 
Minha Vida

Vacinação de bebês para rotavírus protege adultos contra infecção

Rotavírus
Imunização reduz a quantidade de vírus circulante em toda a população
 
O rotavírus é uma infecção de maior gravidade em crianças e bebês, causando diarreias intensas, febre, cólicas e vômitos, que podem prolongar-se por até uma semana. Ele também pode afetar adultos, no entanto a infeção é menos grave, havendo só o risco de desidratação - por isso a vacina para imunização é ministrada apenas em crianças. Entretanto, um estudo desenvolvido pelo U.S. Centers for Disease Control and Prevention descobriu que as crianças vacinadas também reduzem as hospitalizações por rotavírus em crianças mais velhas e adultos que não foram vacinados. O relatório foi publicado dia 28 de agosto do Journal of the American Medical Association.

Para o estudo, os investigadores analisaram as hospitalizações por rotavírus antes e após a vacina estar disponível. Antes da vacina ser introduzida nos EUA, cerca de 60.000 a 70.000 crianças foram hospitalizadas todos os anos, e entre 20 a 60 morreram. Após o ano de 2006, quando a vacina passou a fazer parte do calendário nacional, houve uma redução não só das hospitalizações em bebês, mas também para crianças e adultos. Desde 2008, a vacina tem impedido até 50.000 hospitalizações por rotavírus a cada ano entre crianças menores de cinco anos de idade, de acordo os pesquisadores. Em 2010, essas reduções também foram observadas entre crianças mais velhas, adolescentes e adultos, os pesquisadores descobriram.

Segundo os autores, a vacinação não impede somente a criança de se infectar, como também impede que outras pessoas sejam infectadas por ela. Eles afirmam que a vacinação pareceu diminuir de forma significativa a quantidade de vírus circulando, de modo que a proteção acontece em um efeito cascata. Dessa forma, os pesquisadores recomendam agora que todas as crianças sejam vacinadas contra o rotavírus, a partir de meses de idade.

O que é a vacina rotavírus?
A vacina para o rotavírus pentavalente é um subtipo e é encontrada apenas na rede privada de saúde e protege contra 5 subtipos do vírus.

Doenças que a vacina rotavírus previne
A vacinação é indicada para evitar as complicações referentes a esse vírus. A forma clássica da doença, que ocorre principalmente na faixa de seis meses a dois anos, é caracterizada por uma forma abrupta de vômito, diarreia (com fezes em caráter aquoso, aspecto gorduroso) e febre alta. Podem ocorrer formas leves e subclínicas nos adultos e formas assintomáticas na fase neonatal e durante os quatro primeiros meses de vida. Eventualmente, o quadro envolve outros sintomas como náuseas, inapetência e dor abdominal, comprometimento respiratório caracterizado por otite média e broncopneumonia.

A transmissão é fecal-oral, por contato pessoa a pessoa e também por meio de objetos, utensílios e brinquedos, além do rotavírus ser encontrado em superfícies de ambientes coletivos. São eliminados em grande quantidade (cerca de um trilhão de partículas por mililitro de espécime fecal, durante a fase aguda do quadro diarreico) nas fezes de crianças infectadas. Ela pode ser transmitida também por água e alimentos contaminados, objetos contaminados e provavelmente também por excreções respiratórias.

Indicações da vacina
A vacina é indicada para crianças com menos de seis meses, depois disso ela não é mais necessária, sendo que este grupo é o que mais sofre com as complicações referentes a esse vírus.

Doses necessárias
O esquema de vacinação da vacina pentavalente é de três doses, sendo a primeira aos 2 meses, a segunda aos 4 meses e a terceira aos 6 meses de idade. Intervalo mínimo de 30 dias entre as doses.

Administração da vacina
rotavírus A vacina é administrada exclusivamente pela via oral.

ContraindicaçõesNão se deve repetir a administração da dose quando a criança regurgitar, vomitar, cuspir ou se a vacina for administrada fora dos prazos recomendados. Nestes casos, considerar a dose válida.

Esta vacina não deve ser administrada fora da faixa etária preconizada. Está contraindicada também na ocorrência de hipersensibilidade (reação anafilática de alergia) confirmada após o recebimento de dose anterior e ou história de hipersensibilidade a qualquer componente da vacina.

Mesmo que a criança esteja na faixa etária preconizada, a vacina é contraindicada: quando ela tem imunodeficiência; no uso de medicamentos imunossupressores, como tratamento com corticoides a mais de 2 mg por quilo ao dia por duas semanas ou mais, ou quimioterápicos; e quando há história de doença gastrointestinal crônica, má-formação congênita do trato digestivo não corrigida, ou história prévia de invaginação intestinal.

Efeitos adversos possíveis
Estudos feitos com mais de 60 mil crianças mostraram que as intercorrências da vacinação de rotavírus não são muito diferentes das apresentadas com outras vacinas. Onde encontrar a vacina rotavírus Alguns convênios médicos cobrem esta vacina no sistema particular de saúde. Consulte sua operadora para ver se seu plano oferece essa cobertura. A vacina pentavalente é apenas encontrada em hospitais e clínicas privados.

Perguntas frequentes

Posso atualizar minha carteirinha de vacinação em qualquer idade?
Não só pode, como deve. Embora o ideal seja seguir o calendário de vacinação e se imunizar nas idades recomendadas, é importante tomar as vacinas que estão atrasadas. "Entretanto, essa regra só vale para vacinas que continuam sendo recomendadas na idade adulta, como tétano, coqueluche e difteria", alerta a pediatra Isabella. Entretanto, vacinas que você deveria ter tomado durante a infância somente, e que perdem a recomendação para adultos, pois o risco da doença não existe mais, não precisam ser tomadas. Um exemplo é o rotavírus, uma doença que é muito grave na infância e deve ser vacinada no período, mas que para os adultos não causa impacto além de incômodo, perdendo a necessidade da vacinação. "Por isso é importante seguir o calendário do nascimento à terceira idade respeitando as idades prioritárias".

Eu posso tomar as vacinas antes do tempo determinado?
Não, as idades mínimas devem ser respeitadas. "Na prática, provavelmente não há nenhum risco de se vacinar antes da hora, mas não existem estudos de segurança para aquela faixa etária, além de não haver indicação da vacina", explica a pediatra Isabella. As indicações etárias levam em conta a recomendação epidemiológica, ou seja, o período da vida no qual você corre mais risco de sofrer aquela doença ou suas complicações. Por isso que algumas vacinas da infância não precisam mais ser ministradas em adultos, pois o período de risco já passou. A lógica é a mesma para vacinas ministradas apenas em adultos. "Um exemplo é a tríplice viral (difteria, tétano e coqueluche), que o sistema imune imaturo da criança pode não ser suficiente para conter os vírus vivos, e a criança pode ficar severamente doente", afirma o imunologista Eduardo. Pessoas com alergia a alguma vacina não poderão tomá-la nunca mais? No geral, é muito difícil uma pessoa ser alérgica à vacina em si, mas a outros elementos que estão dentro dela. As contraindicações existem, segundo a pediatra Isabella, somente para pessoas que já sofreram um choque anafilático nos seguintes casos: para anafilaxias por ovo é contraindicada as vacinas de sarampo, caxumba, rubéola e febre amarela, pois esses vírus vivos são cultivados no alimento antes de irem para a vacina; em casos de anafilaxias por mercúrio são contraindicadas as vacinas com esse elemento, no geral as ministradas pelo SUS; e quem já teve choque anafilático por látex deve se informar sobre as vacinas em seu local de vacinação padrão, pois algumas podem conter resquícios da substância.

Fontes
Ministério da Saúde Pediatra Isabella Ballalai (CRM: 52.48039-5), presidente da regional Rio de Janeiro da Sociedade Brasileira de Imunizações

Imunologista Eduardo Finger (CRM: SP72161), coordenador do departamento de pesquisa e desenvolvimento do SalomãoZoppi Diagnósticos.
 
Minha Vida

Entenda como cada forma de consumo do tabaco é prejudicial à saúde

adolescente fumando um narguilé - Foto: Getty ImagesCharutos, cachimbos e narguilés apresentam tantos riscos quanto o cigarro
 
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou  que conseguiu reverter a liminar do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco. O sindicato havia conseguido na justiça um veto a resolução da Anvisa, que proibia o uso de aditivos em cigarros e derivados  - entre eles o mentol, comumente usado para dar sabor ao cigarro. Esse e outros derivados do tabaco com sabor, como fumo para narguilé, devem sair do mercado até março de 2014.

De acordo com a pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde, o percentual de fumantes no país passou de 16,2% em 2006 para 14,8% no ano passado. De acordo com o Ministério, é a primeira vez que esse índice fica abaixo dos 15%.

No entanto, é comum os fumantes largarem o cigarro industrializado e partirem para outras formas de consumo do tabaco, como charutos, cachimbos, narguilés e cigarrilhas, que também são perigosas. "As pessoas tem uma ideia de que apenas cigarro industrializado é que faz mal, porém todas as formas de fumo são derivadas do tabaco e nenhuma delas é segura ou isenta de dano", afirma a psicóloga Sabrina Presman, conselheira da Associação de Estudos sobre Álcool e Drogas.

As doenças relacionadas ao tabaco são diversas: aumento do ritmo cardíaco, infarto agudo do miocárdio, derrame cerebral, angina, elevação do colesterol ruim (LDL), menopausa precoce, gastrite, úlcera gástrica, enfisema pulmonar, bronquite crônica, doença obstrutiva arterial periférica, tromboangeite obliterante, obstrução progressiva das artérias que pode culminar em amputação e câncer no fígado, rins, coração e pulmões, além dos sintomas agudos como irritações nasais, na garganta e nos olhos, tonturas e dor de cabeça.
 
Entenda como cada forma de consumo de tabaco é nociva à saúde e largue de vez todos os vícios! 
 
mulher segurando um cigarro sujo de batom - Foto: Getty ImagesCigarro industrializado
De acordo com o pneumologista Elton Rosso, consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, todo componente do cigarro é nocivo à saúde. Além disso, as concentrações de nicotina costumam ser menores do que as de outras formas de consumo do tabaco, sendo necessário fumar mais cigarros para abater o vício, ou seja, ter contato com ainda mais componentes tóxicos.

Cigarros ditos mentolados, que são aqueles com sabor, como menta e cravo, também devem ser evitados. Elton Rosso afirma que os aditivos presentes nesse cigarro não amenizam o efeito nocivo do tabaco, mais ainda não é possível medir as consequências do consumo desses aditivos. "Não sabemos como esses produtos são adicionados ao tabaco, já que é uma informação confidencial", afirma o pneumologista. "Por isso, é difícil dizer quais são as consequências da ingestão dessas substâncias." 
 
adolescente fumando um narguilé - Foto: Getty ImagesNarguilé
Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) afirma que uma sessão de narguilé de 80 minutos equivale a nada menos do que fumar 100 cigarros. De acordo o pneumologista Elton, o fumo utilizado no narguilé contém as mesmas substâncias tóxicas do tabaco - nicotina, alcatrão, monóxido de carbono e metais pesados. "No entanto, ele possui uma concentração maior de nicotina, tornando o risco de dependência maior", diz.

Além disso, o usuário de narguilé pode tornar-se rapidamente fumante de cigarro, porque fica viciado facilmente na nicotina. "Ao contrário do que dizem, a água do narguilé não filtra a fumaça, somente a deixa mais fria, o que inclusive potencializa o aparecimento de doenças", declara o pneumologista. Enfraquecimento dos dentes e câncer na boca são os principais males decorrentes do narguilé, sendo que os riscos de desenvolver problemas de saúde são iguais aos do cigarro, ainda que a pessoa não fume com frequência. 
 
cachimbo - Foto: Getty ImagesCachimbo
"A imagem do cachimbo está associada no inconsciente das pessoas como símbolo de elegância e gerador de inteligência, comportamento que pode levar ao vício", diz Elton Rosso. O cachimbo é feito com a mistura de dois tipos de tabaco, a Nicotiana tabacum e a Nicotiana rústica, e não é envolvido em papel ou qualquer outro aditivo, salvo os fumos para cachimbo que contêm sabor.

Fumantes de cachimbo podem achar que correm menos riscos porque não estão tragando a fumaça, mas o pneumologista Elton afirma que "há evidências científicas de que, mesmo sem a pessoa tragar, tanto o charuto quanto cachimbo podem ser tão nocivos quanto o cigarro". As chances de a pessoa ficar viciada em cachimbo não são muito diferentes das do cigarro e esse tipo também está associado ao aumento da mortalidade por câncer de pulmão, laringe, esôfago e outros graves problemas na cavidade oral.
 
homem fumando charuto - Foto: Getty ImagesCharuto
Quem fuma charuto apresenta um aumento de 45% no risco de desenvolver doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 27% mais chances de sofrer de doenças cardíacas. "O charuto mantém as folhas do tabaco inteiras e não possui filtro, intensificando os danos", diz Elton Rosso.

A conselheira Sabrina Presman, da Associação de Estudos sobre Álcool e Drogas, explica que a folha usada no charuto é queimada ao sol, diferente dos cigarros industrializados, nos quais a folha é queimada em um forno a altas temperaturas. "Essa diferença altera o pH da folha, fazendo com ela seja absorvida pela mucosa da boca em vez de pelo pulmão", explica Sabrina. Por conta disso e pela falta de filtro, o risco de o fumante desenvolver câncer de boca aumenta em relação ao cigarro industrializado.
 
adolescente segurando um cigarro de palha - Foto: Getty ImagesCigarro de palha
Também conhecido por palheiro, pó ronca ou paiol, o cigarro de palha é artesanal e muito presente na cultura brasileira, sendo comum encontrá-lo em regiões rurais, onde as comunidades tradicionais ainda preservam o costume de montar o cigarro com o fumo de corda picado. Em áreas urbanas, o cigarro de palha é montado com o fumo industrializado à venda, que é equivalente ao fumo do cigarro.

A diferença desse tipo para o cigarro industrializado é que o fumo é envolto em palha em vez do papel e não possui qualquer tipo de filtro, sendo a forma mais nociva de inalação da fumaça." A palha não permite a passagem de ar de dentro para fora do cigarro e torna as tragadas mais intensas e concentradas", afirma Sabrina Presman. O consultor da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia Elton Rosso complementa que um cigarro de palha equivale a fumar três cigarros industrializados, elevando portanto o risco de dependência e aparecimento de doenças como câncer de pulmão, rins e estômago, além de infarto agudo do miocárdio e enfisema pulmonar.  
 
cigarrilha ao lado de uma taça de vinho - Foto: Getty ImagesCigarrilha
Esse tipo de fumo é como uma versão mais curta e estreita do charuto. Ao contrário dos cigarros, que são envolvidos em papel, as cigarrilhas são envolvidas em folhas de fumo. "Os teores de nicotina deste produto são mais elevados, desencadeando maior dependência e mais chances de desenvolver doenças relacionadas ao tabaco", afirma Elton Rosso. De acordo com o pneumologista, não se fala muito nesse tipo porque o consumo não é tão comum quanto o do cigarro. "Mas devem ser evitados da mesma forma", lembra. 
 
fumo de corda enrolado - Foto: Getty ImagesFumo de corda
Chamado também de fumo de rolo ou fumo crioulo, o fumo de corda é um tipo de tabaco torcido e enrolado, normalmente utilizado para confeccionar cigarros de palha, mas que também pode ser consumido mascando-se pequenos pedaços. As folhas são enroladas para formar a corda, que é curada ao sol durante 60 a 90 dias e torcida várias vezes. "Quando mascado, o fumo de corda libera a nicotina diretamente na mucosa da boca do usuário, aumentando o risco de câncer nessa região", explica Elton Rosso. Os níveis de dependência são iguais aos do cigarro de palha, tanto na sua forma mascada quando inalada.  
 
Folha de tabaco - Foto: Getty ImagesFolha de tabaco
Tabaco de mascar é um tipo de produto consumido pela colocação de uma porção do tabaco entre a bochecha e a gengiva ou mascando essa porção com os dentes. Ao contrário das outras formas de fumo, a folha deve ser mecanicamente esmagada com os dentes para libertar o sabor e nicotina. "Os níveis de zinco, chumbo e polônio são encontrados em maiores quantidades nessa forma de consumo, aumentando os riscos de câncer no geral", diz o pneumologista Elton. Os riscos de vício também são mais elevados, já que a nicotina é liberada diretamente na mucosa bucal do usuário.  
 
Minha Vida

21 exercícios de neuróbica que deixam o cérebro afiado

Evitar fazer tudo no automático ajuda a turbinar a memória e a concentração
 
Quem foi que disse que o cérebro não precisa de exercícios para se manter ativo? Se o nosso corpo necessita de malhação para ficar sempre em ordem e cheio de disposição, por que com a mente seria diferente?

O cérebro também vai perdendo sua capacidade produtiva ao longo dos anos e, se não for treinado com exercícios, pode falhar. O neurocientista norte-americano, Larry Katz, autor do livro Mantenha seu Cérebro Vivo, criou o que é chamado de neuróbica, ou seja, uma ginástica específica para o cérebro.

A teoria de Katz é baseada no argumento de que, tal como o corpo, para se desenvolver de forma equilibrada e plena, a mente também precisa ser treinada, estimulada e desenvolvida. É comum não prestamos atenção naquilo que fazemos de forma mecânica, por isso costumamos esquecer das ações que executamos pouco tempo depois.

"O objetivo da neuróbica é estimular os cinco sentidos por meio de exercícios, fazendo com que você preste mais atenção nas suas ações e então, melhore seu poder de concentração e a sua memória", explica a psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva, Mariuza Pregnolato. "Não se trata de acrescentar novas atividades à sua rotina, mas de fazer de forma diferente o que é realizado diariamente".

Para o neurologista da Unifesp Ivan Okamoto, tais exercícios ajudam a desenvolver habilidades motoras e mentais que não costumamos ter em nosso dia a dia, porém, tais habilidades em nada se relacionam com a memória.

"Se você é destro e começa a escrever com a mão esquerda, desenvolverá sua coordenação motora de modo a conseguir escrever com as duas mãos e caso um dia, tenha algum problema que limite a escrita com a mão direita, terá a esquerda bem capacitada para isso. Mas o fato de praticar este tipo de exercício não significa que você se verá livre de problemas como esquecer de pagar as contas, tomar o remédio, ou algo do gênero", explica o especialista.
 
Pensamentos - Foto: Getty ImagesComo funciona a neuróbica?
A neuróbica consiste na inversão da ordem de alguns movimentos comuns em nosso dia a dia, alterando nossa forma de percepção, sem, contudo, ter que modificar nossa rotina. O objetivo é executar de forma consciente as ações que levam à reações emocionais e cerebrais. São exercícios que vão desde ler ao contrário até conversar com o vizinho que nunca dá bom dia, mas que mexem com aspectos físicos, emocionais e mentais do nosso corpo. "São esses hábitos que ajudam a estimular a produção de nutrientes no cérebro desenvolvendo suas células e deixando-o mais saudável", explica Mariuza Pregnolato, psicóloga especialista em análise comportamental e cognitiva.

Quanto mais o cérebro é treinado, mais afiado ele ficará, mas para isso não precisa se matar nos testes de QI ou nas palavras cruzadas para ter resultados satisfatórios. "Estas atividades funcionam, mas a neuróbica é ainda mais simples. Em vez de se inscrever em um super desafio de matemática e ficar decorando fórmulas, que tal vestir-se de olhos fechados ou andar de trás para frente?", sugere a especialista. A proposta da neuróbica é mudar o comportamento rotineiro para "forçar" a memória. Por isso, é recomendável virar fotos de cabeça para baixo para concentrar a atenção ou usar um novo caminho para ir ao trabalho. 
 
Ouvindo o som do mar - Foto: Getty ImagesO papel dos sentidos
O programa de exercícios da neuróbica oferece ao cérebro experiências fora da rotina, usando várias combinações de seus sentidos - visão, olfato, tato, paladar e audição, além dos "sentidos" de cunho emocional e social.

"Os exercícios usam os cinco sentidos para estimular a tendência natural do cérebro de formar associações entre diferentes tipos de informações, assim, quando você veste uma roupa no escuro, coloca seus sentidos em sinal de alerta para a nova situação. Se a visão foi dificultada, e é isso que faz com que você sinta o efeito dos exercícios, outros sentidos serão aguçados como compensação", explica Mariuza.

Para estimular o paladar, uma dica bacana é fazer combinações gastronômicas inusitadas. Já pensou em misturar doce com salgado? Maionese com leite condensado? 
 
Revivendo a memória - Foto: Getty ImagesCorpinho de 40 e mente de 20!
A neuróbica não vai lhe devolver o cérebro dos vinte anos, mas pode ajudá-lo a acessar o seu arquivo de memórias. "Não dá para aumentar nossa capacidade cerebral, o que acontece é que com os exercícios você consegue ativar áreas do seu cérebro que deixou de usar por falta de treino", explica Mariuza.

"Você só estimula o cérebro se o exercita, por isso quem sempre esteve atento a esta questão terá menos problemas de saúde cerebral, como demência e doenças cognitivas, como Alzheimer", considera a especialista.  
 
Escovando os dentes - Foto: Getty Images9 exercícios de quebra de rotina
Mudar a rotina ajuda a nos tirar dos padrões de pensamento de sempre, que nos levam ao piloto automático. Experimente:

1- Use o relógio de pulso no braço direito

2- Ande pela casa de trás para frente

3- Vista-se de olhos fechados

4- Veja as horas num espelho

5- Troque o mouse do computador de lado

6- Escove os dentes utilizando as duas mãos

7- Quando for trabalhar, utilize um percurso diferente do habitual

8- Introduza pequenas mudanças nos seus hábitos cotidianos, transformando-os em desafios para o seu cérebro

9- Faça alguma atividade diferente com seu outro lado do corpo e estimule o seu cérebro. Se você é destro, que tal escrever com a outra mão?
 
Memorizando - Foto: Getty Images3 exercícios de memorização
Treinar a memória também ajuda a desenvolver a mente. Tente esses exercícios:

1- Ao entrar numa sala onde esteja muita gente, tente determinar quantas pessoas estão do lado esquerdo e do lado direito. Identifique os objetos que decoram a sala, feche os olhos e enumere-os

2- Experimente memorizar aquilo que precisa comprar no supermercado, em vez de elaborar uma lista. Utilize técnicas de memorização ou separe mentalmente o tipo de produtos que precisa. Desde que funcionem, todos os métodos são válidos

3- Ouça as notícias na rádio ou na televisão quando acordar. Durante o dia escreva os pontos principais de que se lembrar
 
Consultando o dicionário - Foto: Getty Images9 exercícios com palavras e habilidades cognitivas
Aprimorar novas habilidades sempre ajuda a exercitar o cérebro. Experimente essas dicas:

1- Estimule o paladar, coma comidas diferentes

2- Leia ou veja fotos de cabeça para baixo concentrando-se em pormenores nos quais nunca tinha reparado

3- Folheie uma revista e procure uma fotografia que lhe chame a atenção. Agora pense 25 adjetivos que ache que a descrevem a imagem ou o tema fotografado

4- Quando for a um restaurante, tente identificar os ingredientes que compõem o prato que escolheu e concentre-se nos sabores mais subtis. No final, tire a prova dos nove junto ao garçom ou chef

5- Selecione uma frase de um livro e tente formar uma frase diferente utilizando as mesmas palavras

6- Experimente jogar qualquer jogo ou praticar qualquer atividade que nunca tenha tentado antes

7- Compre um quebra cabeças e tente encaixar as peças corretas o mais rapidamente que conseguir, cronometrando o tempo. Repita a operação e veja se progrediu

8- Recorrendo a um dicionário, aprenda uma palavra nova todos os dias e tente introduzi-la (adequadamente!) nas conversas que tiver

9 - Ao ler uma palavra pense em outras cinco que começam com a mesma letra 
 
Corrida - Foto: Getty ImagesHábitos saudáveis
Outra atitude indispensável para manter a memória sempre afiada, é prestar atenção na qualidade de vida. O neurologista Ivan Okamoto sugere um estilo de vida mais tranquilo, com alimentação balanceada, sem vícios e com a prática regular de exercícios físicos para manter o corpo e a mente saudáveis.

"A melhor maneira de manter a memória em dia é cuidar da saúde, por isso é importante evitar cigarro e bebidas alcoólicas, seguir uma dieta equilibrada, praticar exercícios e exercitar o cérebro. Manter a atividade mental, seja trabalhando ou participando de alguma atividade em grupo, ajuda a elevar a autoestima e deixar a memória a todo vapor", explica o especialista. 
 
Minha Vida

Deixe a barriga sarada com esses seis exercícios

Seis exercícios para deixar a barriga saradaAtividade melhora a postura e ainda te dá mais saúde
 
Quer ficar com uma barriga retinha e definida?
 
O primeiro passo, antes de iniciar a prática de exercícios localizados, é investir no trabalho aeróbio para reduzir o peso corporal e diminuir o acúmulo de gordura no abdômen. "Depois disso, é que vamos iniciar o fortalecimento e a definição do músculo" , explica Thiago Sarraf, professor de educação física e personal trainer da academia Be Happy, de Curitiba.

Ao conquistar uma barriga tanquinho, você de quebra melhora sua postura corporal. "A pressão interna da região abdominal aumenta quando se promove a tonificação dos músculos, com isso, o estresse na coluna é reduzido" , esclarece Thiago.
 
O abdômen fortalecido faz ainda com que o quadril retorne a sua posição normal, tirando o peso do corpo da região lombar.
 
Veja quais são os exercícios e aulas mais indicadas para desenhar e enrijecer a musculatura e escolha seu preferido:
 
Abdominal - foto: Getty Images
 
Abdominal simples
Ele é feito deitado no chão e com a barriga voltada para cima. Você inclina o tronco para frente e trabalha principalmente a região do músculo reto superior.  Fazer o abdominal na diagonal complementa o treino e trabalha a região lateral da barriga.
 
Abdominal sit-up - foto: Getty Images
 
Abdominal sit-up
Sit-up vem do inglês e quer dizer sentar-levantar. É considerado um dos mais eficientes e indicado para adeptos da prática dos abdominais. Essa modalidade retorna às raízes do exercício. É feito levantando ao máximo tronco do chão, quase na posição de sentar. Mas evite essa modalidade logo no início, quando sua musculatura ainda não está fortalecida. Isso porque o risco de machucar a coluna é grande. 
 
Abdominal sobre a bola - foto: Getty Images
 
Abdominal com bola
Bola lembra brincadeira, e é essa a idéia mesmo: fazer uma aula pra lá de divertida. Os músculos abdominais ganham tonicidade e força, quando você busca o equilíbrio sobre o acessório. Basta deitar em cima dela (procure um acessório especial para a prática esportiva. As bolas de brinquedo podem não oferecer resistência suficiente) e manter as pernas em 90º, com os pés apoiados no chão. Levante o tronco até sentir a barriguinha começar a queimar.
 
Pilates - foto: Getty Images
 
Pilates
Com uma legião de fãs mundo à fora, essa aula trabalha a força muscular. Enrijece os músculos fracos, alonga os que estão encurtados e aumenta a mobilidade das articulações. Fortalece e tonifica a barriga. 
 
Aula dinâmica de ioga - foto: Getty Images
 
Pilates e ioga
Já pensou ter os benefícios da ioga e do pilates em uma única aula? Com essa modalidade, chamada ioguilates, você pode se esbaldar. Sua barriga fica delineada e retinha. Também melhora a flexibilidade e a postura. 
 
Fit-ball - foto: Getty Images
 
Fit-ball
Mande o tédio passear com uma aula diferente, que combina ioga, pilates e ginástica localizada. Tudo isso feito em uma bola gigante. Para manter o equilíbrio sobre a bola, é preciso contrair o abdômen o tempo todo. E essa contração acaba tonificando os músculos da barriga. 
 
Homem com barriga tanquinho - foto: Getty Images
 
Por que os homens ficam com o abdômen definido mais rápido?
Sim, é verdade, os homens conseguem o famoso tanquinho antes que as mulheres. Tudo está ligado ao hormônio masculino, a testosterona, que faz com que eles ganhem massa muscular mais rapidamente. Outra diferença é que homens geralmente fazem um treino mais intenso, usando mais cargas, para ganhar mais músculos, já as mulheres preferem ganhar resistência e fortalecimento muscular, explica Thiago Sarraf, coordenador de ginástica da academia Be Happy.
 
Minha Vida

Alivie a cólica do bebê sem precisar de funchicória

Alivie as cólicas do bebê sem usar funchicóriaO uso do fitoterápico é autorizado pela Anvisa, mas existem substitutos
 
O primeiro trimestre de vida dos bebês costuma ser um período de grande aprendizado para a mãe de primeira viagem. Calor, frio, coceira, fome, tudo é motivo para choro - haja paciência! - e para desespero dos pais, quando a criança está trocada e já mamou, é comum culpar a cólica pelo inconveniente. "Esse sintoma é muito comum nesta fase, porque o sistema digestivo ainda não está pronto, os movimentos peristálticos (que empurram o alimento através do tubo) ainda são desordenados", afirma o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, da Sociedade Brasileira de Pediatria. Além disso, o especialista lembra que há muita formação de gases - eles surgem porque, quando o bebê mama, acaba engolindo ar ou por causa da fermentação, mais acentuada ainda na digestão do leite de vaca.

Restringir à dieta ao leite materno nos primeiros seis meses de vida (fase de amadurecimento do sistema digestivo e de cólicas mais fortes) é o primeiro passo para acalmar seu bebê. Mas nem sempre isso é suficiente e são necessários outros recursos para aliviar a dor - a funchicória, remédio que prometia dar fim ao problema, era um dos mais comuns. Composta por folhas de chicória, raiz de ruibarbo e flores de funcho, a fórmula foi novamente autorizada em julho de 2013 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Ela havia sido proíbida desde abril de 2012.

De acordo com o órgão oficial, o problema do medicamento era não haver garantia do fabricante de que a quantidade do ativo em todos os produtos em pó era igual. Ainda assim, alguns especialistas ainda têm o pé atrás com o medicamento. "Além dos extratos de plantas, a funchicória possui sacarina, um adoçante muito usado por adultos com diabetes e que pode ter efeitos graves nos bebês", afirma o pediatra. De acordo com ele, nenhum estudo conseguiu comprovar o benefício da funchicória no combate à cólica, mas existem várias pesquisas identificando os efeitos nocivos da sacarina, principalmente no desenvolvimento de câncer. "A ação calmante da funchicória tem relação com a sacarina, que estimula a liberação do neurotransmissor serotonina (gatilho natural de bem-estar)".

Mas se você ainda não está seguro e prefere substituir o uso dessa fórmula, especialistas indicam nove artimanhas saudáveis para livrar seu bebê da cólica.
 
Amamentação - foto: Getty ImagesDê de mamar no seio
O pediatra Sylvio conta que essa é uma das maneiras mais eficazes de evitar as cólicas nos bebês. "O encaixe da boca da criança ao seio da mãe é muito melhor que ao bico da mamadeira", explica. Essa vedação faz com que o bebê engula menos ar durante a amamentação, reduzindo a formação de gases. Além disso, o leite materno também fermenta menos no sistema digestivo do recém-nascido em comparação com o leite de vaca.
 
Mãe e bebê - foto: Getty ImagesDieta da mãe
Mães de bebês com cólicas frequentes devem evitar alimentos com temperos muito fortes. Algumas substâncias presentes nos alimentos podem passar para o leite materno e chegar ao sistema digestivo do bebê, gerando cólicas. O pediatra Jorge Huberman, do Instituto Saúde Plena, de São Paulo, explica que alimentos como brócolis, couve-flor, repolho e cebola, apesar de serem ricos nutricionalmente, podem alterar o sabor do leite e causar desconforto e irritação ao bebê. Leite e derivados (queijos, iogurtes e até a manteiga) podem causar reações alérgicas no bebê, manifestadas de minutos a horas após a mamada, com sintomas como diarreia, irritações de pele, desconforto e gases. O chocolate, por conter cafeína e estimular a liberação de serotonina, também pode causar irritabilidade e aumentar os movimentos intestinais do bebê. Carnes vermelhas, por serem digeridas mais lentamente, podem ocasionar gases. E as leguminosas - feijões, grãos, favas e lentilhas, apesar de serem bastante nutritivas, podem ocasionar formação de gases. "O ideal é fazer uma lista com os alimentos que você costuma consumir e mostrá-la ao médico, perguntando se algum deles pode causar cólica no bebê".
 
Banho do bebê - foto: Getty ImagesBanho morno
Um banho morno, mais para quente, acalma o bebê. A temperatura amena relaxa o corpo todo, até o sistema digestivo, que passa a sofrer menos com os movimentos peristálticos irregulares. "Esses movimentos no bebê estão presentes em dois sentidos, tanto da boca em direção ao ânus quanto do ânus em direção à boca", explica Sylvio Renan. "Evite essas contrações dolorosas com a água morna, mesmo se a cólica vier de madrugada", afirma o pediatra. Para isso, vale deixar um kit-banho preparado se surgir uma emergência e ter um aquecedor no quarto para o bebê não se assustar com o choque térmico.
 
Bebê de bruços - foto: Getty ImagesSegure de bruços
Faça o famoso aviãozinho com o seu filho: segure o bebê de bruços, apoiando seu braço embaixo da barriguinha dele. Os bebês adoram essa posição diferente do tradicional e o aquecimento na barriga ameniza a dor. Também vale deitar o bebê de bruços na cama ou no berço, sempre com o cuidado de deixar o rosto livre para respiração.
 
Bebê no colo - foto: Getty ImagesColoque o bebê para arrotar
Essa prática faz com que os gases, causadores das cólicas, saiam do estômago da criança e sejam eliminados. Isso ajuda a amenizar as dores, mas não deve ser tratado como regra.
 
"Se a criança não arrotar em cinco minutos, a mãe pode deitá-la sem problemas", afirma Sylvio Renan.
 
Pernas do bebê - foto: Getty ImagesMovimente o bebê
Quanto um adulto tem o intestino preso, o médico recomenda uma caminhada para estimular o funcionamento do intestino. Como o bebê não anda, flexione as perninhas dele em direção ao peito e movimente, como se ele estivesse pedalando uma bicicleta imaginária.
 
O exercício manda embora os gases que provocam o desconforto.
 
Massagem no bebê - foto: Getty ImagesMassagem
Uma boa massagem no abdômen do bebê, além de aquecer a região e aliviar a dor, favorece a movimentação intestinal, além da eliminação de gases e fezes.
 
Faça movimentos circulares ao redor do umbigo no sentido do relógio
 
Bebê aquecido - foto: Getty ImagesMantenha o bebê aquecido
Bolsas de água quente e até o aquecimento com cobertores ajudam a aliviar a cólica, principalmente porque o bebê relaxa o corpo todo e acaba com a tensão também do tubo digestivo.  
 
 
Remédio - foto: Getty ImagesUse outros remédios
Ainda existem outros medicamentos que podem ser usados para reverter as cólicas nos bebês.

O pediatra Jorge Huberman recomenda o uso de antigases, como a dimeticona. Mas administre esses medicamentos apenas com recomendação médica, evitando efeitos colaterais que podem prejudicar a saúde e o desenvolvimento do seu bebê.

Minha Vida

Estudos apontam que enxaqueca pode causar lesões cerebrais permanentes

Pesquisa indica que a desordem neurológica aumenta as chances de lesões na área responsável pela comunicação entre os neurônios e pode alterar o tamanho de um dos principais órgãos do corpo humano
 
A enxaqueca pode causar mudanças estruturais permanentes no cérebro. A conclusão é de um grupo de pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, que se baseou em uma meta-análise de 19 trabalhos focados na desordem neurológica que atinge entre 10% e 15% da população mundial.

Segundo os dados reunidos, a enxaqueca aumenta o risco de lesões cerebrais na substância branca em 34%. No caso da enxaqueca com aura — tipo mais grave da doença — , o número sobe para 68%, em comparação a pessoas que não têm o problema. Alterações de volume do cérebro também são mais comuns em vítimas da enxaqueca com aura do que em indivíduos saudáveis.

Foram avaliados os resultados obtidos em seis estudos populacionais e outras 13 pesquisas baseadas em análises clínicas para concluir o que já era uma suspeita da comunidade médica.

O principal instrumento de análise dos pacientes foi a ressonância magnética, que pode medir lesões cerebrais, anormalidades silenciosas ou alterações de volume do cérebro em detalhe. “Tradicionalmente, a enxaqueca tem sido considerada uma doença benigna, sem consequências a longo prazo para o cérebro.

Mas nosso trabalho de revisão e meta-análise sugere que a doença pode alterar permanentemente a estrutura do cérebro de várias maneiras”, explica Messoud Ashina, um dos autores do artigo publicado nesta semana na revista Neurology, da Academia Americana de Neurologia.
 
Clique na imagem para ampliá-la e saiba mais sobre a pesquisa (Valdo Virgo/CB/D.A Press)

Os exames de imagem são pedidos regulares de neurologistas a pacientes com enxaqueca. O objetivo, normalmente, é excluir causas secundárias para as dores de cabeça; mas, muitas vezes, eles revelam anormalidades na substância branca cerebral e, não raro, também mostram lesões com características similares às causadas por um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral — eventos cardiovasculares em que há uma interrupção da irrigação sanguínea ao cérebro. Os dois tipos de anormalidades são uma fonte de preocupação tanto para os neurologistas quanto para o paciente.

“Dados emergentes relatam que pacientes com enxaqueca têm um risco aumentado para lesões cerebrais clinicamente silenciosas e alterações volumétricas, detectadas na ressonância magnética. O significado patogênico e clínico dessas anormalidades, porém, ainda não é claro”, diz Ashina. O estudo do qual ele faz parte também indicou que as chances de anormalidades similares às causadas por um infarto aumentam em 44% para pessoas que têm enxaqueca com aura.

Impacto repetitivo
Os pesquisadores relatam que as anormalidades na substância branca, em alguns casos, se tratam de gliose, desmielinização e perda de axônios (leia Para Saber Mais). Esse conjunto de resultados atribuídos na grande parte das vezes a um dano microvascular pode ter bases semelhantes quando percebidos em pessoas com enxaqueca. Os autores examinaram a relação entre a frequência do ataque e as anormalidades nessa região cerebral e sugerem que o problema poderia surgir devido a um impacto cumulativo de repetidos episódios de isquemia cerebral regional, algo como uma trombose, durante um ataque de enxaqueca.
 
Chefe do setor de cefaleia do Departamento de Neurologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Deusvenir de Souza Carvalho explica que a alteração de volume cerebral normalmente aponta para uma atrofia do órgão, que corresponde, em grande parte, a casos de demência. Carvalho ressalta, porém, que não é necessário se alarmar com os resultados, uma vez que as consequências dessa atrofia para a enxaqueca ainda não estão tão claras.

“Esses resultados mostram que pessoas com enxaqueca têm estruturalmente algo no cérebro. Fora da crise, elas têm uma vida dentro dos padrões normais, mas, se for feito um exame mais refinado, é possível perceber que a atenção já não está tão boa. Elas têm mais dificuldade de lidar com coisas novas e maior ansiedade, funções que ficam entre o neurológico e o emocional exatamente pelo envolvimento da substância branca”, explica.

A integridade da substância branca garante que conexões entre as áreas do cérebro — feitas principalmente pelos axônios dos neurônio — não sejam comprometidas. Por exemplo, para saber se um rosto é conhecido, o cérebro precisa conectar diversas áreas, como a memória e a visão. Alterações na substância branca podem levar a modificações nessas funções. “São números pequenos que não chegam nem a dobrar o risco, mas que estatisticamente mostram a existência disso e servem para estarmos em alerta que a pessoa com enxaqueca não está só tendo crises que podem ser resolvidas procurando assistência médica. Estamos vendo que a enxaqueca não é só ter dor de cabeça”, pondera Carvalho.

Mais grave
A enxaqueca com aura é mais dramática que o tipo normal. Na crise, o paciente não tem só dor de cabeça. Ele vê luzes brilhantes, percebe o corpo formigar, perde metade da visão, vê os braços ou as pernas ficarem mais fracos ou até anestesiados. Essas manifestações neurológicas durante a crise indicam que, durante as dores de cabeça, a região cerebral responsável pela alteração sentida pelo paciente, como o formigamento ou a anestesia, está sofrendo.

“Hoje, já se sabe que esse sofrimento é neuronal. É um mecanismo neuroquímico que leva à inflamação e a uma má oxigenação nessa área. Por isso fica com uma lesão como se fosse um derrame, uma isquemia”, explica Carvalho. No momento da crise, acontece uma disfunção da oxigenação nessa região, que sofre efeitos parecidos aos causados por um infarto. “Se isso acontece com maior frequência, é possível que o paciente já comece a apresentar algumas alterações.”

Modulador
É um conjunto de células com funções de apoio, sustentação, isolamento elétrico ou nutrição dos neurônios e gânglios. Ele modula a distribuição de ações potenciais, agindo como um relé — um aparelho elétrico que abre ou fecha circuitos. O outro principal componente do cérebro é a substância cinzenta (praticamente rosada devido aos capilares sanguíneos), relacionada ao processamento e à cognição. Um terceiro componente encontrado no cérebro, o qual aparece mais escuro devido aos altos níveis de melanina nos neurônios dopaminérgicos, é a substância negra.

Para saber mais...

Causas distintas
A gliose é uma alteração da substância branca do cérebro geralmente decorrente de doença ateroesclerótica — a formação de placas de ateroma na parede das artérias. Já a doença desmielinizante é qualquer enfermidade do sistema nervoso na qual a bainha de mielina dos neurônios é danificada. Isso prejudica a condução de sinais nos nervos afetados, causando prejuízos na sensação, no movimento, na cognição e em outras funções dependendo dos nervos envolvidos. A degeneração axonal é o resultado da destruição primária do axônio, com desintegração da bainha de mielina dele. A lesão do axônio pode advir de um evento focal, que acontece em algum ponto ao longo da extensão do nervo (como um traumatismo ou mesmo um evento isquêmico); ou de uma anormalidade mais generalizada, que afeta o corpo celular neuronal (neuronopatia) ou seu axônio (axonopatia).
 
Correio Braziliense

Anunciado lançamento da primeira vacina infantil contra febre tifoide

Até agora, vacinas disponíveis não ofereciam proteção de longo prazo (Nixx Photography /shutterstock.com)
Até agora, vacinas disponíveis não ofereciam proteção de
longo prazo
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença veiculada por água e comida contaminadas, mata 600 mil pessoas por ano e estima-se que infecte 17 milhões de pessoas, a maioria crianças
 
Uma empresa farmacêutica indiana informou nesta quinta-feira que lançará em breve a primeira vacina do mundo contra a febre tifoide que poderá ser aplicada em crianças, protegendo as vítimas mais vulneráveis da doença. A empresa Bharat Biotech, sediada na cidade de Hyderabad (sul), informou que a vacina também imunizará por um longo prazo, durante mais de 10 anos, ao contrário de outras vacinas que precisam de reforços regulares.

"Esta é a primeira vacina do mundo testada clinicamente para crianças a partir de seis meses", disse à AFP a porta-voz da companhia, Sheela Panicker. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença veiculada por água e comida contaminadas, mata 600.000 pessoas por ano e estima-se que infecte 17 milhões de pessoas, a maioria crianças. Noventa por cento destes casos são registrados na Ásia.

"As vacinas de tifoide disponíveis não oferecem proteção de longo prazo e doses de reforço são necessárias a cada três anos. Elas também não oferecem proteção para crianças abaixo dos dois anos", acrescentou Panicker. Autoridades de saúde indianas deram sinal verde para a vacina de "quarta geração", que também pode ser tomada por adultos e espera-se que seja lançada nas próximas duas semanas.

Panicker disse que a empresa decidiria sobre seu preço, dependendo do volume de produção após o lançamento. Segundo ela, a companhia é capaz de produzir atualmente 10 milhões de doses por ano. Em maio, a Biotech lançou uma vacina de baixo custo contra um vírus diarreico mortal que mata umas 100 mil crianças por ano na Índia.
 
O rotavírus, que provoca diarreia severa, causa em todo o mundo cerca de 453.000 mortes ao ano e é particularmente perigosa nos países em desenvolvimento, onde cuidados de saúde imediatos ficam fora de alcance. A Índia também tem sido uma potência no desenvolvimento de remédios genéricos para tratar doenças como câncer, tuberculose e Aids, para aqueles que não conseguem pagar por versões de marca mais caras em todo o mundo em desenvolvimento.

AFP - Agence France-Presse

Bebidas alcoólicas podem ajudar a diminuir o risco de depressão

Um copo de vinho por dia pode ajudar a reduzir o risco de depressão (©Mauro Pezzotta/shutterstock.com)
Um copo de vinho por dia pode ajudar a reduzir o
 risco de depressão
Pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, observaram os dados de 5.505 homens e mulheres com idades entre 55 e 80 anos sem histórico de depressão
 
Pesquisadores da Universidade de Navarra, na Espanha, observaram os dados de 5.505 homens e mulheres com idades entre 55 e 80 anos. Os pesquisados não tinham histórico de depressão ou problemas relacionados ao álcool antes do estudo, e ao longo de sete anos, os pesquisadores acompanharam os hábitos de consumo, estilo de vida e saúde mental dessas pessoas. Esse acompanhamento foi realizado por meio de visitas repetidas, exames médicos e entrevistas.
 
Os resultados mostraram que aqueles que beberam quantidades moderadas de álcool, principalmente de vinho, receberam um efeito protetor contra a depressão similar àqueles que têm sido observados por conta da doença cardíaca coronariana.

As menores taxas de depressão foram observadas em indivíduos que beberam de 2 a 7 copos pequenos de vinho por semana. Estes resultados permaneceram significativos mesmo quando os pesquisadores levaram em conta outros estilos de vida e fatores sociais, como tabagismo, dieta e estado civil.

Os resultados da pesquisa foram publicados hoje no periódico BMC Medicine.

"Menores quantidades de ingestão de álcool podem exercer proteção de uma forma semelhante ao que foi observado para a doença cardíaca coronariana", disse o autor sênior Miguel A. Martínez-González. "Na verdade, acredita-se que a depressão e a doença cardíaca coronária compartilham de alguns mecanismos comuns de doenças."

Estudos anteriores indicaram que os compostos não alcoólicos, no vinho, tais como o resveratrol e outros compostos fenólicos, podem ter efeitos protetores em determinadas áreas do cérebro.

AFP