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sábado, 31 de agosto de 2013

Dieta para reduzir o ácido úrico

Dieta equilibrada: controlar os níveis de ácido úrico no sangue exige
reeducação alimentar
Alimentação é uma das principais armas contra os altos níveis de ácido úrico no sangue, condição que pode levar ao desenvolvimento de gota
 
Dor articular intensa com calor e vermelhidão, principalmente no dedão do pé, é uma das principais manifestações da gota, doença que provoca inflamação nas articulações pela deposição de cristais de ácido úrico nelas. Mas você sabia que é possível controlar e até prevenir essa doença por meio da alimentação?
           
Produto final do metabolismo das purinas – elas são o resultado da quebra de aminoácidos presentes nas proteínas do organismo e nos alimentos – o ácido úrico circula no sangue, está presente nas articulações e é eliminado predominantemente pelos rins.
 
Quando há um aumento na ingestão, na produção ou na diminuição da excreção do ácido úrico que circula no sangue, ocorre a hiperuricemia – o nível limite de ácido úrico que dá início à deposição dos cristais nos tecidos é de 6,8 mg/dl.
                          
A principal consequência da hiperuricemia é a gota, mas nem todas as pessoas desenvolvem a doença, apesar de terem o ácido úrico aumentado. O clínico e cardiologista Antônio Carlos Till, do Vita Check-Up Center, do Rio de Janeiro, explica que algumas condições que favorecem o aparecimento da doença são a idade, a presença de hipertensão arterial , a obesidade, o colesterol aumentado e o consumo de álcool.
 
“Além das articulações, outro órgão acometido pelo aumento do ácido úrico é o rim, que sofrerá com a formação de cálculos (a famosa pedra no rim) e com uma possível disfunção renal”, complementa Till.
“Trabalhos recentes têm mostrado também que o aumento do ácido úrico no sangue pode aumentar a resistência à insulina, determinando um maior risco de desenvolvimento de diabetes.”
 
As causas para a hiperuricemia podem ser de origem genética ou vir do consumo aumentado de proteínas na dieta. Alimentos como carne vermelha, peixes e crustáceos em geral, além de cerveja e bebidas ricas em frutose, contribuem para elevar os níveis de ácido úrico. Já o vinho parece ter um menor efeito nesta elevação.
 
Como a hiperuricemia, isoladamente, não produz sinais ou sintomas, manter uma dieta balanceada permanentemente é fundamental na prevenção do aparecimento da gota.
 
“Nossa dieta colabora com cerca de um terço da produção do ácido úrico, sendo o restante advindo de forma endógena hepática, ou seja, o fígado é o responsável pelos dois terços restantes”, explica a nutricionista Eliane Nardon.
 
“Uma dieta muito rica em proteína, sobretudo as de origem animal, pode levar à hiperuricemia e à gota. Bebidas gaseificadas, inclusive água, e jejuns prolongados (mais que três horas sem se alimentar) também devem ser evitados”, orienta ela.
 
Em linhas gerais, o que se recomenda é uma alimentação equilibrada, com restrição de bebidas alcoólicas e sem proteínas em excesso. Alguns alimentos são especialmente ricos em purinas, como alguns peixes e frutos do mar, miúdos, algumas aves e determinados tipos de carne, que devem ser evitados por quem apresentar elevação nos níveis de ácido úrico no sangue.
 
Alimentos com teor de purinas moderado, como leguminosas, carnes, peixes e algumas verduras, só não devem ser ingeridos na fase aguda de crise de gota. Já os com baixo teor de purinas são permitidos, O consumo de mais de dois litros de água por dia é extremamente recomendado, pois contribui para uma maior excreção do ácido úrico.
 
“Alimentos que parecem estar relacionados a uma redução dos níveis de ácido úrico são café, vitamina C e produtos lácteos com conteúdo baixo em gordura”, acrescenta Till.
 
iG

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