Defensores esperam benefícios para os seus pets semelhantes aos obtidos pelos humanos. Especialistas alertam para necessidade de suplementação de nutrientes quando a dieta sem carne for adotada
Hábito precisa ser desenvolvido aos poucos |
É cada vez mais comum que donos de animais domésticos usem soluções e comodidades humanas para satisfazer seus bichinhos. Mesmo com a intenção de deixar nossos companheiros mais felizes, as mudanças são sempre segundo nossos próprios conceitos. Em relação à alimentação, não podia ser diferente. Uma tendência que vem despontando na dieta humana é o vegetarianismo, e muitos donos tentam incluir o pet na onda, administrando rações sem carne.
Mas será que eles podem ter o mesmo cardápio que nós? Segundo Mário Cavalcante, especialista em nutrição animal, se o dono realizar a suplementação dos nutrientes que os animais carecem quando alimentados somente de vegetais, podem sim. “No caso dos gatos, por exemplo, eles necessitam de um ácido chamado taurina. A taurina é essencial à visão felina, e só é encontrada em sua forma natural em músculos de animais. Portanto, deve ser ingerida sob forma de suplemento”, aponta o veterinário.
Camila Carvalho, 29 anos, é dona de Capiroto, um labrador de 10 meses de idade. Segundo Camila, apesar de ninguém em casa ser vegetariano, Capiroto acaba de receber o último mês de ração com carne de sua vida. Isso porque o plano era que enquanto ele não atingisse a idade adulta, sua alimentação seria alternada mensalmente, entre frutas, legumes, ração vegetariana e ração comum.
“Agora, está ficando claro que, quando ele come somente alimentos de origem vegetal, fica muito mais tranquilo e calmo, diferentemente de quando come ração que contém carne”, garante Camila. A dona conta que Capiroto é um pet superativo e saudável, mas ainda não se consulta com um veterinário regularmente.
Para os cachorros, seguir o vegetarianismo é ainda mais fácil. A taurina, por exemplo, é facilmente sintetizada pelos cães, de modo similar aos humanos, não sendo necessário seu consumo direto. “No caso deles, o mais importante é se atentar aos níveis de proteínas. O acompanhamento veterinário é a única garantia que o dono pode ter de que seu cão estará sadio”, diz o especialista.
Apesar de o vegetarianismo animal ser visto, atualmente, com boa vontade, não está livre de controvérsias. O veterinário Flávio Assis, por exemplo, argumenta que a suplementação não tem a mesma eficácia em termos nutricionais se comparada à ração “in natura”. “Os nutrientes sintéticos não têm a mesma qualidade”, reforça. Além disso, o veterinário destaca as diferenças fisiológicas entre o nosso sistema digestivo e o dos pets. “O nosso é alongado, preparado para digerir grandes quantidades de carboidratos. O dos cães é bem mais curto, adaptado para digerir, principalmente, proteínas e gordura”, completa.
Flávio explica que, dependendo do caso, é possível que a mascote se mantenha saudável mesmo com a alimentação vegetariana suplementada. “Apesar de não ser o recomendável, com um acompanhamento muito próximo de um especialista, o animal pode ter uma vida normal”, afirma, esclarecendo que a variação de taxas é muito provável e precisa ser detectada prontamente.
“Agora, está ficando claro que, quando ele come somente alimentos de origem vegetal, fica muito mais tranquilo e calmo, diferentemente de quando come ração que contém carne”, garante Camila. A dona conta que Capiroto é um pet superativo e saudável, mas ainda não se consulta com um veterinário regularmente.
Para os cachorros, seguir o vegetarianismo é ainda mais fácil. A taurina, por exemplo, é facilmente sintetizada pelos cães, de modo similar aos humanos, não sendo necessário seu consumo direto. “No caso deles, o mais importante é se atentar aos níveis de proteínas. O acompanhamento veterinário é a única garantia que o dono pode ter de que seu cão estará sadio”, diz o especialista.
Apesar de o vegetarianismo animal ser visto, atualmente, com boa vontade, não está livre de controvérsias. O veterinário Flávio Assis, por exemplo, argumenta que a suplementação não tem a mesma eficácia em termos nutricionais se comparada à ração “in natura”. “Os nutrientes sintéticos não têm a mesma qualidade”, reforça. Além disso, o veterinário destaca as diferenças fisiológicas entre o nosso sistema digestivo e o dos pets. “O nosso é alongado, preparado para digerir grandes quantidades de carboidratos. O dos cães é bem mais curto, adaptado para digerir, principalmente, proteínas e gordura”, completa.
Flávio explica que, dependendo do caso, é possível que a mascote se mantenha saudável mesmo com a alimentação vegetariana suplementada. “Apesar de não ser o recomendável, com um acompanhamento muito próximo de um especialista, o animal pode ter uma vida normal”, afirma, esclarecendo que a variação de taxas é muito provável e precisa ser detectada prontamente.
Segundo ele, em casos de falta de nutrientes, os animais podem sofrer de diarreias, disfunção urinária, perda de vigor físico, queda de pelos e irritabilidade.
Quer tentar?
Dois queijos
Prática, essa nutritiva receita não exige cozimento e pode ser oferecida várias vezes por semana. Rende uma refeição para um cão com cerca de 7kg.
» 30g de queijo cottage light
» 30g de queijo ralado (qualquer tipo)
» 2 fatias de pão integral
» 40g de legumes liquidificados, crus (ou cozidos, inteiros)
» 1 colher de sopa rasa de óleo de canola
» 1/5 de dente de alho cru
» 1/2 colher de chá de levedura de cerveja
» 125mg de taurina para cada 5kg de peso do cão
» Conforme a necessidade de cada cão, podem ser adicionados complexos vitamínicos, ferro ou outros nutrientes.
Fonte: Site Cachorro Verde
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