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domingo, 8 de dezembro de 2013

Sem o sódio, a comida fica sem graça, mas excesso pode desencadear quadros de pressão alta e até derrames

Equilíbrio é palavra-chave quando o assunto é sal. Até 2020, o objetivo é que sejam retirados 28 mil toneladas de sódio de carnes e laticínios
 
Ele está em todos os lugares. Mesmo que tentemos controlar a alimentação, o sódio ainda preocupa. Recentemente, um acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) determinou que 16 grupos de alimentos deveriam reduzir a quantidade da substância.
 
Até 2020, o objetivo é que sejam retirados 28 mil toneladas de sódio de carnes e laticínios. Myrna Campagnoli, endocrinologista do Laboratório Exame, explica que o principal efeito do sódio em excesso é a hipertensão arterial. “Isso faz com que a pessoa fique inchada e pode também causar problemas cardíacos”, completa.
 
Isso acontece, de acordo com a especialista, porque o sódio, depois de absorvido pelo corpo, vai direto para a corrente sanguínea. Lá, ele estimulará os rins e a suprarrenal, glândula localizada acima dos rins. “Isso diminui a quantidade de urina, e o organismo passa a reter líquido.” Entretanto, cortar todo o sódio da dieta, ainda que fosse possível, não seria bom. Campagnoli frisa que a falta da substância pode gerar uma situação de hipotensão, ou pressão baixa.
 
“A pressão sanguínea serve para fazer com que o sangue com nutrientes e oxigênio chegue aos órgãos e tecidos”, justifica. “Se há pressão baixa, isso não acontece e as funções ficam prejudicadas.”

De acordo com Sidney Cunha, cardiologista do Hospital do Coração do Brasil, indivíduos com insuficiência cardíaca devem ter ainda mais cuidado, uma vez que o quadro pode piorar com o excesso de sal. Parte do problema está em distinguir os “níveis seguros” de consumo. Não há como saber, por exemplo, qual é a quantidade de sal usada em alimentos preparados em restaurantes.
 
“Para quem já é hipertenso, a quantidade limite de sódio diária equivale a cerca de 2g a 3g de sal”, estima. “Para quem quer se prevenir da doença, até 6g.”
 
Cunha reconhece que essa é uma medida médica e não muito prática no dia a dia, mas indica que as pessoas treinem o paladar em casa para reconhecer excessos na rua. “Uma solução seria fazer o preparo dos alimentos em casa completamente sem sal e, depois, acrescentar apenas o recomendado”, sugere.

Correio Braziliense

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