Nova técnica minimiza as consequências de uma intervenção por câncer de mama |
Um hospital da Espanha lançou um sistema de reconstrução mamária integral que, em uma única cirurgia de extirpação de um tumor, permite reconstruir a mama, o mamilo e a auréola.
Os responsáveis do Hospital do Bellvitge, em Barcelona, apresentaram nesta quinta-feira (30), a nova técnica, com a qual já foram operados 22 pacientes, que minimiza as consequências de uma intervenção por câncer de mama e que se publica na revista referente mundial em cirurgia plástica, "Plastic and Reconstructive Surgery".
O cirurgião plástico do Hospital de Bellvitge, Joaquim Muñoz, explicou que a nova técnica se aplica às pacientes às quais não é recomendável o autotrasplante de tecido por estarem abaixo do peso ou serem fumantes, por exemplo.
Entre 25% e 35% das mulheres com câncer de mama precisam fazer mastectomia total para fazer a extirpação do tumor maligno. Até agora, a reconstrução do mamilo e da auréola era feita em um intervalo entre três meses e um ano depois da primeira cirurgia. A cirurgia é feita utilizando uma endoscopia para extrair o músculo grande dorsal para ser transplantado no "recheio" da mama extirpada.
A função desse músculo é ser uma espécie de sutiã natural com o mesmo tecido da paciente, assim como proteger a prótese mamária que dá o volume ao peito reconstruído.
Outra vantagem dessa técnica inovadora é a possibilidade de uma rápida incorporação a outro tratamento complementar que possa ser aplicado, como radioterapia ou quimioterapia. Muñoz lembrou que mais de 90% das pacientes com câncer de mama superam a doença, mas o objetivo é minimizar as consequências e garantir a melhoria da qualidade de vida das pacientes.
EFE / R7
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