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quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Fetos menores do que o esperado podem ser adultos com doença no coração

Foto: Reprodução
Características das mães, como etnia, educação, tabagismo, índice de massa corporal e pressão arterial, também foram consideradas
 
Os três meses iniciais da gestação são uma fase reveladora de como será a saúde cardiovascular de um adulto. A relação foi constatada em um estudo feito por um grupo de pesquisadores da Erasmus University Medical Center, na Holanda, e divulgado pelo British Medical Journal.
 
Ao analisar 1.184 crianças, os cientistas concluíram que aquelas que tinham, ainda na barriga da mãe, um tamanho menor do que o esperado para o primeiro trimestre da gravidez eram mais propícias a sofrerem de problemas como infarto e derrames quando envelhecessem.
 
Chamado de fase embrionária, o período é de rápido desenvolvimento, quando o coração e outros órgãos importantes começam a se formar.
 
“Durante o primeiro trimestre, se dá o crescimento celular em hiperplasia, a formação de todos os tecidos — dos rins, do fígado, do cérebro, do intestino, do estômago, do pâncreas, da pele.
 
Qualquer problema que ocorra nesse momento vai repercutir para o resto da vida. Trata-se de uma fase em que está havendo um aumento do número de células”, elucida Ana Célia Bomfim, ginecologista e obstetra do Hospital Santa Luzia.

Mulheres com até três meses de gravidez participaram do estudo e os filhos delas voltaram a ser analisados aos 6 anos, quando foram avaliados fatores de risco cardiovascular, incluindo o índice de massa corporal, a distribuição da gordura corporal, a pressão arterial, os níveis de colesterol e a concentrações de insulina.
 
Características das mães, como etnia, educação, tabagismo, índice de massa corporal e pressão arterial, também foram consideradas.
 
Correio Braziliense

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