Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Uso de maconha contra convulsões em crianças preocupa médicos

Pai abraça Charlotte Figi em meio a cultivo de plantas de maconha em Colorado (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Pai abraça Charlotte Figi em meio a cultivo de plantas de
maconha em Colorado
Método vem sendo usado nos EUA com variedade pobre em THC. No entanto, não há estudo científico que demonstre que ele funcione
 
Uma variedade de maconha com baixo teor do princípio ativo THC tem dado esperança a famílias de crianças que têm convulsões frequentes nos EUA.

Cerca de cem famílias se já mudaram de diferentes partes do país para o estado do Colorado, onde o uso de maconha é legalizado, e onde uma fundação planta e fornece essa cepa de Cannabis, chamada de “Charlotte´s Web”, a preço de custo.
 
O uso dessa maconha por crianças (que se dá por meio da ingestão de um extrato misturado a azeite), no entanto, é vista com reserva por médicos, pois não há comprovação científica da efetividade do método.
 
Óleo preparado com base em uma variedade especial de maconha ajudou criança na recuperação (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Óleo preparado com base em uma variedade especial de
maconha ajudou criança na recuperação
As famílias com crianças afetadas pelos ataques epiléticos, agora, estão unidas e pleiteiam que testes sejam feitos para mostrar que a “Charlottes Web”  pode ajudar a reduzir as convulsões.
 
Uma das crianças que aparentemente têm se beneficiado da maconha é a garota Charlotte Figi, de 5 anos, portadora da rara síndrome de Dravet, que a fazia ter até 300 convulsões por semana. Ela não conseguia andar e mal falava. Diversas vezes chegou a ter paradas cardiorrespiratórias.
 
Há dois anos, ela começou a tomar a “Charlotte´s Web”, que não altera o estado de consciência como a maconha comum, por ter pouco THC. Agora ela anda, fala frases inteiras e come sozinha.  “Vou lutar por todos aqueles que querem isso [a ‘Charlotte´s Web’]”, disse a mãe da garota, Paige Figi.
 
Existem outras histórias de crianças que melhoraram de suas convulsões após tomarem essa variedade de maconha. No entanto, segundo a vice-presidente da Sociedade Americana de Epilepsia, Amy Brooks-Kayal, alguns poucos casos milagrosos não significam nada, pois ataques epiléticos vêm e vão sem razão aparente. Além disso, os cientistas não sabem que tipo de dano a maconha pode estar causando aos cérebros das crianças.
 
“Não temos nenhuma literatura que corrobore isso”, concorda o chefe do departamento de saúde do Colorado, Larry Wolk.
 
A “Charlotte Web” é plantada por Joel Stanley e quatro irmãos, que criaram uma fundação para vendê-la a preço de custo. Eles atendem a 300 pacientes e têm outros 2 mil na fila. Eles começaram a plantar maconha com baixo nível de THC e alto teor de CBD, um componente que ouviram dizer que poderia combater tumores.
 
Elizabeth Burger, de 4 anos, sofre de epilepsia e está sendo tratada com um medicamento feito com maconha (Foto: Brennan Linsley/AP)
Foto: Brennan Linsley/AP
Elizabeth Burger, de 4 anos, sofre de epilepsia e também está sendo tratada com maconha. A família se mudou
de Nova York para o Colorado, onde poderia ter acesso à planta
 
O CBD pode ser também o elemento que reduz convulsões em crianças como Charlotte, segundo a agência AP, mas isso ainda carece de base científica.
 
G1

Nenhum comentário:

Postar um comentário