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segunda-feira, 7 de abril de 2014

Hipertensão eleva o risco de doença renal crônica

Reprodução
Pressão alta afeta os rins se não for tratada, mas existem exames preventivos
 
Por Dr. Weimar Sebba Barroso
 
Existe uma associação muito forte entre hipertensão arterial e lesão renal. A doença renal crônica, um grave problema de saúde no Brasil e no mundo, tem aumentado a sua prevalência nas últimas décadas - e as duas principais causas desse aumento são a hipertensão arterial e o diabetes. Isso quer dizer que um bom controle da pressão arterial e da glicemia também pode contribuir para a prevenção e até mesmo mudar o cenário da doença renal crônica.
 
A chance de um paciente hipertenso ter problemas nos rins será tanto maior quanto maiores forem os valores da pressão arterial e o tempo de exposição à hipertensão. Uma das primeiras alterações observadas em pessoas hipertensas é a perda de proteína pelos rins. Há um exame chamado microalbuminúria, que mede a taxa dessa perda. O normal é que uma pessoa elimine menos que 30mg/24hs de albumina por dia. A perda de 30 a 300 mg/24hs é o que caracteriza a microalbuminúria e perdas maiores que 300mg/24hs caracterizam macroalbuminúria.
 
Em média a alteração na taxa de excreção urinária da albumina precede em 10 anos a elevação da creatinina, que é um exame de rotina na avaliação do hipertenso, ou seja, na suspeita de agressão ao rim, o médico poderá em caso de creatinina normal lançar mão da dosagem da microalbuminúria para estabelecer um diagnóstico precoce de dano renal pela hipertensão (nefropatia hipertensiva).
 
Quando não é diagnosticada e tratada precocemente, a nefropatia hipertensiva - dano no rim causado pela hipertensão - evolui para estágios mais avançados, podendo chegar nos estágios finais da doença renal, o que leva a a necessidade de diálise, situação grave para o paciente e de alto custo para os sistemas de saúde, públicos e de convênios.
 
Os cuidados fundamentais para evitar o dano aos rins são o diagnóstico e o tratamento adequado da hipertensão arterial, do diabetes e também dos outros fatores de risco cardiovasculares. O acompanhamento médico regular e o uso correto dos medicamentos são muito importantes. Além disso, a adoção de uma alimentação saudável ajuda muito na prevenção do dano renal.
 
Minha Vida

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