O projeto Passaporte da Cidadania, da Pastoral do Menor já beneficiou cerca de 1.500 crianças e adolescentes em situação de rua, no Rio de Janeiro
Inclusão social e digital, luta pelos direitos de crianças e adolescentes e cidadania. Esses são alguns valores pelas quais a Pastoral do Menor criou, há um ano, o projeto Passaporte da Cidadania, que já atendeu a quase 1.500 jovens em situação de rua, em alguns bairros do Rio de Janeiro. Para celebrar o primeiro aniversário, haverá uma benção do ônibus em frente à Basílica da Imaculada Conceição, em Botafogo.
A proposta pedagógica é dar acesso à cultura digital, ou seja, colocar esses jovens em contato com a rede para que tenham noções de cidadania e direitos, por meio de ônibus itinerante equipado com computadores, impressoras, espaço de leitura e desenho, TVs LCD e sistema de som, para que sejam desenvolvidos atividades lúdicas, debates e cursos online. Além disso, os menores também recebem auxílio para localizar suas famílias e amigos, para, dessa forma, resgatar seus laços, se reintegrarem à sociedade e a suas comunidades.
Segundo a assistente social Regina Leão, uma das coordenadoras do projeto, o Passaporte da Cidadania é uma resposta criativa às incertezas vividas por essas crianças e jovens: “Nosso ônibus, equipado com vários recursos tecnológicos e de comunicação, proporciona uma abordagem diferenciada a essa população que vive ou perambula pela cidade do Rio de Janeiro.”
Números do primeiro ano na rua
Levantamento dos atendimentos realizados nos bairros de Copacabana, Largo do Machado e Centro, nesse primeiro ano: 84% dessa população em situação de rua encontra-se na faixa de 12 a 17 anos; 70% é do sexo masculino e 30%, do feminino; 80% é formada de negros ou afrodescendentes e 20%, brancos e/ou outras raças.
Já as comunidades de origem dessas crianças e adolescentes, em sua maioria, são da Zona Oeste (Santa Cruz e Campo Grande); seguidas por jovens oriundos da Baixada Fluminense (Duque de Caxias, Belford Roxo, Nilópolis, Queimados, São João de Meriti e Mesquita) e da Zona Norte e outros bairros (Manguinhos, Mangueira, Complexo do Alemão, Jacarezinho, Tijuca, Vigário Geral e Vila Kenedy).
“Estar comprometido com a mudança da realidade vivenciada por essa população e possibilitar laços na comunidade que humanizem essas relações foram os nortes para adaptar a ferramenta, ou melhor, utilizar os recursos de web para garantir cidadania a esses jovens”, enfatiza Regina Leão.
A comemoração do primeiro aniversário do projeto foi feita durante coquetel, seguida de bênção do cardeal Dom Orani ao ônibus itinerante – que ficou estacionado na porta do evento.
Conheça algumas ações desenvolvidas no ônibus lan house
Na área interna do ônibus Passaporte da Cidadania, os jovens contam com cerca de 10 computadores, impressoras, espaço de leitura e desenho. Já na parte externa há telões, TVs LCD e sistema de som, em que ocorre veiculação de filmes e documentários que geram debates sobre o cotidiano. Os jovens participam de cursos online, além de jogos e atividades lúdicas realizadas na própria praça onde o ônibus permanece estacionado.
Os menores recebem também auxílio para localizar suas famílias e amigos para, dessa forma, resgatarem seus laços e se reintegrarem à sociedade e a suas comunidades. Uma equipe de profissionais está disponível para realizar atendimento social, possibilitando a produção de documentos, encaminhamento para abrigos e atendimento à saúde, entre outros serviços que se façam necessários para a garantia dos direitos dessa população.
Rachel Lopes – Voluntaria em Comunicação
(21-98877-5445 - 7890-1764)
Rachel Lopes – Voluntaria em Comunicação
Regina Leão – Assistente Social (21- 99147-3265)
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