Nações Unidas, 14 out (EFE).- A ONU se deu um prazo de 60 dias para provocar uma reviravolta na luta contra a epidemia do ebola na África Ocidental e evitar que a doença continue ganhando a batalha contra os esforços internacionais de combate ao vírus
"O ebola está se desenvolvendo mais rápido do que nós e ganhando a corrida. Não podemos permitir que o ebola ganhe", afirmou nesta terça-feira Anthony Banbury, chefe da Missão das Nações Unidas para a Resposta de Emergência contra ebola (UNMEER). Banbury lançou a advertência em um discurso por videoconferência direto de Acra para o Conselho de Segurança da ONU, que hoje se reuniu para analisar diversos temas do continente africano, incluída a epidemia.
O chefe de UNMEER, missão iniciada em 19 de setembro, disse que, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em um prazo de 60 dias contados a partir de 1º de outubro devem ser cumpridas uma série de metas nesta luta. Nesse período se deve conseguir que 70% dos infectados sejam tratados em unidades médicas e que 70% dos enterros dos falecidos sejam realizados "sem provocar novas infecções".
"Se alcançamos estes objetivos, então poderemos vencer esta epidemia", reforçou o alto funcionário da ONU. Ele lembrou que para lutar contra o ebola é necessário identificar as vítimas, tratá-las em centros de saúde, criar áreas seguras e dar informação suficiente para que a população se proteja adequadamente.
"Se falhamos em uma destas coisas falhamos em todas", advertiu. Segundo os últimos dados da OMS, a epidemia já matou 4.447 e infectou 8.914 pessoas. Os países mais afetados são Libéria, Serra Leoa e Guiné.
O Conselho de Segurança da ONU se reuniu em 18 de setembro para analisar especificamente este caso por considerar que se trata de uma ameaça para a paz e a segurança internacional. O Conselho só tinha se reunido antes duas vezes para analisar os efeitos da epidemia de aids.
EFE / R7
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