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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Evite maus odores na área íntima com dicas de especialistas

Limpeza adequada e até o tipo de calcinha a ajudam a evitar mau cheiro na vagina, segundo especialistas
 
A região íntima tem odor próprio, que é possível de sentir quando há proximidade ou ao tocar com a mão. “Ele existe por conta da ação normal de bactérias que habitam a flora da região e que mantêm seu equilíbrio”, explica a ginecologista e obstetra Patrícia Toniolo Varella Costa. “Deixa de ser normal quando a secreção está amarelada, com sintomas como prurido, dor, ardência e odor de ‘peixe podre’”, disse a ginecologista Cristina Antunes de Araujo Pepicelli, do Hospital Bandeirantes.
 
Para evitar esse incômodo, alguns cuidados são fundamentais, como higiene adequada. Sabe como deve ser feita no banho? Será que desodorante íntimo e lenços umedecidos ajudam?
 
Confira as dicas das médicas e saiba que, se o problema já estiver instalado, deve marcar uma consulta para tratar a inflamação ou infecção que o causou:
 
Banho
É importante lavar com água e sabonete a região íntima todos os dias, mas somente a parte externa, nunca a interna, como lembrou a ginecologista Patrícia. “Passe os dedos em todas as dobras, retirando a secreção branquinha, que é excesso de pele morta e secreção acumulada produzida pelas nossas glândulas e que pode contribuir para o aparecimento do mau cheiro”, explicou a ginecologista Cristina. “Muitas vezes, as pacientes têm vergonha, mas as aconselho a colocarem um espelhinho para se olharem e conhecerem sua região íntima e, assim, também poder checar se toda a ‘gordurinha’ branca foi retirada”, completou Cristina.

Sabonete íntimo
A importância do sabonete íntimo divide opiniões entre as médicas. “Os sabonetes íntimos têm a função de limpar sem desequilibrar o pH ácido da área, algo que pode acontecer ao usar um sabonete comum, uma vez que tendem a ter o pH básico ou neutro”, disse a ginecologista Patrícia.
 
Já para a ginecologista Cristina, não é necessário usá-lo, mas ele pode ser uma aposta assim como o comum. “Evite bactericidas e produtos com perfumes, que podem trazer alergia. Sempre pensando em manter a região limpa, mas a flora vaginal preservada”, comentou Cristina.   
 
Lenços umedecidos
A melhor forma de higienização da região íntima é com água e sabonete, mas, se não houver como realizá-la, os lenços umedecidos são uma boa pedida, porque evitam que resíduos permaneçam. “De preferência, escolha os sem perfume para evitar processos alérgicos”, recomendou a ginecologista Cristina.  
 
Limpeza
A atenção deve ser redobrada após urinar ou evacuar. “O ideal é que o papel seja passado com delicadeza e sempre da uretra e vagina para frente ao urinar e do ânus para trás ao evacuar, nunca o contrário”, ensinou Patrícia. Após as relações sexuais, lave os pequenos e grandes lábios vaginais, e ingira líquidos no intuito de urinar após o sexo, prevenindo que bactérias proliferem na uretra e causem infecções urinárias, chamadas cistites, lembrou a ginecologista Patrícia.

Calcinha
Quando o assunto é a calcinha ideal para prevenir doenças e maus cheiros, aposte nas de algodão, que mantêm a transpiração vaginal adequada. Reserve as incrementadas e de outros materiais para ocasiões especiais. 
 
Absorvente diário
Os absorventes diários também são inimigos da saúde vaginal. “Além de abafar a região genital, propiciam que as bactérias normais ou anormais proliferem em um meio inadequado e agravem a presença do odor”, disse a ginecologista Patrícia. “Hoje, há no mercado absorventes íntimos considerados ‘respiráveis’, que são mais adequados quando o uso se torna necessário. Mas ainda aconselho minhas pacientes a preferirem a troca de mais de uma vez de calcinha ao longo do dia a fazer uso de absorvente íntimo”, ressaltou a médica Cristina.

Portanto, deixe os absorventes apenas para o período menstrual e procure realizar a troca frequente, sejam eles externos ou internos, substituindo-os a cada três ou quatro horas, sobretudos nos dias de fluxo mais intenso, lembrou Patrícia. 
 
Desodorante íntimo
A área íntima feminina possui muitas glândulas sudoríparas,  mais até do que as axilas,  sendo uma região de alto nível de transpiração.
 
Para quem se incomoda com o odor natural ou possui uma transpiração maior, a ginecologista Patrícia lembra sobre a possibilidade de usar desodorantes íntimos. “Pretendem inibir o cheiro sem interferir na flora, causar alergia ou interromper a secreção normal de pequenas glândulas presentes na região genital”, explicou Patrícia.
 
A ginecologista Cristina, por sua vez, não recomenda essa opção. “Esses produtos podem causar processos irritativos e alérgicos. Se forem utilizados, sempre prefira os com o pH neutro”, comentou.
 
Terra

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