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terça-feira, 28 de abril de 2015

Cientistas identificam neurônios responsáveis pela sensação de fome

Descoberta abre caminho para desenvolvimento de droga que pode revolucionar dietas para emagrecer
 
Aquelas dores incontroláveis de fome, capazes de aniquilar qualquer dieta, podem chegar ao fim. Cientistas americanos e britânicos identificaram as células do cérebro responsáveis por controlar a sensação de fome, abrindo caminho para o desenvolvimento de uma droga que regule esse mecanismo. As informações constam de um estudo publicado na revista “Nature Neuroscience” nesta segunda-feira.
 
Livres da sensação desagradável de vazio no estômago, as pessoas podem emagrecer com mais facilidade. Uma droga capaz de proporcionar isso poderia ser uma arma contra a crescente obesidade no mundo, dizem pesquisadores.
 
A nova descoberta gira em torno de um pequeno grupo de células do cérebro conhecidas como neurônios PVH MC4R. Ao desligá-las, a fome aumenta e ao ativá-las, o apetite desaparece. Num experimento feito em camundongos, os animais que tinham ido dormir com o estômago cheio ficaram famintos quando o circuito foi desligado.
 
O pesquisador Alastair Garfield, da Universidade de Edimburgo, relatou que o efeito foi semelhante ao de alguém que tinha terminado o jantar às 21h , acordou à meia-noite e estava com tanta fome que podia tomar café da manhã. Ativar isso que ele chamou de “hub da fome” fez com que os animais perdessem completamente o apetite.
 
Um segundo experimento tentou descobrir que tipo de sentimento os neurônios PVH MC4R geravam quando ligados. Camundongos famintos foram colocados em uma caixa com duas saídas, uma delas equipada com laser para ativar esses neurônios — e os roedores pareciam ser atraídos para esta porta, o que sugere uma reação de prazer em seus cérebros. Em contraste, animais que tinham acabado de comer ficaram divididos igualmente entre as duas saídas.
 
Acredita-se que as células não cortam o apetite criando náusea ou outras sensações desagradáveis, e sim reprimindo a angústia de fome e a irritação que muitas vezes a acompanha.
 
O pesquisador Bradford Lowell, do Centro Médico Beth Israel Deaconess, em Boston, disse que a ativação dos neurônios PVH MC4R teve o mesmo efeito que a dieta.
 
No entanto, qualquer droga que mexa com a química do cérebro precisa ser extremamente segura antes de ser liberada para uso.
 
O Globo

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