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terça-feira, 28 de abril de 2015

Pediatras defendem seringa como melhor forma de dosar remédio

A hora de medicar os filhos pode ser um momento de muita tensão para os pais. Além de as crianças, geralmente, não gostarem de tomar remédio, muitos adultos têm dificuldade para dar a dose adequada
 
Para evitar subdosagem ou superdosagem, pediatras recomendam a troca de medidas caseiras, como colheres, e dos copos medidores, disponíveis em alguns medicamentos, pela seringa, que é a forma mais precisa para administrar as substâncias.
 
Com o aumento de casos de intoxicação por medicamentos nos Estados Unidos, a AAP (Academia Americana de Pediatria) criou uma diretriz sobre o tema que estabelece que os médicos adotem o sistema métrico em mililitros (ml) para a prescrição. A organização defende o uso de seringas que tenham essa graduação.
 
Ainda de acordo com essa orientação da entidade, os médicos devem explicar bem aos pais como a administração deve ser realizada, além de explicitar, na receita, a frequência que o medicamento tem de ser tomado.
 
No Brasil, segundo Tadeu Fernando Fernandes, presidente do Departamento de Pediatria Ambulatorial da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), o órgão responsável por normatizar a presença dos dosadores nos medicamentos vendidos é a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
 
“Por enquanto, não há uma lei, mas a indústria farmacêutica tem colocado a seringa dosadora em remédios em que a precisão da dose é fundamental. A SBP recomendou e orientou a Anvisa para que a seringa passe a vir com todos os remédios, mas isso ainda não foi normatizado”, declara Fernandes.
 
Apesar de inadequado, Lucilia Faria, pediatra do corpo clinico do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, afirma que, ainda hoje, há pediatras que prescrevem, na receita, algumas medidas caseiras, “como uma colher de sopa de xarope”.
 
Como cada faqueiro tem proporções diferentes, o risco de dar remédio a mais ou a menos para a criança é grande. “Caso o médico faça uma receita com medidas caseiras, os pais devem solicitar, na mesma hora, que o profissional prescreva a quantidade em mililitro”, fala Lucilia.
 
Os copos medidores também apresentam problemas de precisão da dose, já que as marcas com as graduações são muito pequenas e difíceis de enxergar. “Eles também oferecem riscos de ferimentos na boca da criança e podem ser engolidos”, afirma Fernandes. O pediatra Moises Chenchinski aponta outra desvantagem do acessório: a criança pode derrubar parte do medicamento ou cuspir.
 
Além de mais precisa, a seringa, por sua vez, é mais fácil de ser manejada pelo adulto. “Os pais devem colocá-la na lateral da boca da criança e pressionar o êmbolo aos poucos, pois um volume grande do líquido pode provocar engasgo”, explica a pediatra Lucilia.
 
Caso o medicamento prescrito pelo médico não venha com seringa dosadora, Chencinski orienta que os pais comprem uma. “É importante que seja um produto com selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e aprovado pela Anvisa”, afirma.
 
UOL

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