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domingo, 5 de abril de 2015

Comidas da infância podem diminuir sentimentos de rejeição e vulnerabilidade

Uma comida favorita pode ter relação direta com a pessoa
 que preparou a receita pela primeira vez
Conforto, segurança e bem-estar: estudo da Universidade de Buffalo defende que alimentos consumidos durante os primeiros anos de vida têm influência na vida adulta
 
Espaguete com almôndegas, lasanha ou até mesmo o clássico arroz com feijão e bife: o que esses pratos têm em comum? Para muitas pessoas, eles podem ser classificados como ‘comfort food’, aquele prato que, independentemente do modo de preparo, traz à tona histórias de vida e experiências agradáveis, algo que vai muito além do paladar.
 
Além disso, ter uma comida favorita pode ter relação direta com a pessoa que preparou a receita pela primeira vez, como um amigo próximo ou um familiar, de acordo com estudo da Universidade de Buffalo, nos Estados Unidos. Para os pesquisadores, um bom relacionamento afetivo é um fator social que tem forte influência sobre as preferências gastronômicas e hábitos alimentares de cada pessoa.
 
“Tradicionalmente, comfort food são aquelas comidas que nossos pais ou cuidadores nos deram quando éramos crianças. A partir do momento que nós temos uma relação positiva com a pessoa que preparou aquele alimento, existe uma boa chance de repetirmos esse hábito alimentar ao passarmos por momentos de dificuldade, como rejeição e isolamento”, afirma Shira Gabriel, psicóloga da Universidade de Buffalo, em comunicado.
 
Mais feliz
A comida reconfortante, apontam os pesquisadores, consegue deixar as pessoas mais felizes, principalmente em momentos de crise. É justamente por isso que procuramos alimentos e pratos específicos quando estamos nos sentindo mal, já que existe essa associação inconsciente com as pessoas com quem tivemos um bom relacionamento na infância, como pais, tios e avós.
 
“É o alimento que as pessoas cresceram comendo. Em um estudo anterior, nós oferecemos aos entrevistados uma canja, com frango e macarrão. Apenas aqueles que tinham uma conexão emocional com esse tipo de sopa classificaram a refeição como comfort food e se sentiram socialmente aceitos depois de se alimentar”, explica Shira Gabriel.
 
Para os pesquisadores, essa é uma conclusão que pode dar pistas e indícios importantes sobre a melhor forma para lidar com a sensação de vulnerabilidade e fragilidade. O fato de encontrar conforto na alimentação, estimulando a sensação de pertencimento a alguma época ou lugar, pode diminuir os riscos de problemas de saúde físicos e emocionais.
 
Porém, a psicóloga e autora do estudo Shira Gabriel pondera que esses pratos não são tão isentos de risco assim. O exagero e a dependência devem ser policiados de perto. “Esses alimentos podem talvez destruir a sua dieta”, atenta ela.
 
iG

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