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quinta-feira, 7 de maio de 2015

Alto índice de feridos em acidentes com motocicletas preocupa a Sociedade de Trauma Ortopédico

Em 2014, milhares de pessoas ficaram feridas em acidentes com motos nas Rodovias Federais do Brasil. Segundo estimativas, mais da metade dos leitos públicos da traumatologia no país são ocupados por estas vítimas. Assunto será discutido em Congresso da especialidade, em Belém
 
O grande número de pessoas feridas em decorrência de acidentes com motocicletas no Brasil preocupa a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO). A atenção dos especialistas se voltou para este tema porque as sequelas em pacientes politraumatizados nestes incidentes se tornaram frequentes e mais da metade dos acidentados necessitam de tratamento cirúrgico. De acordo com a SBTO, 70% dos leitos hospitalares no Brasil são ocupados com pacientes em tratamento decorrentes deste tipo de acidente. O assunto é tão iminente que se tornou tema do 21º Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico (CBTO), que acontece em maio, na cidade de Belém, no Pará.
 
Conforme dados da Polícia Rodoviária Federal, em 2014 foram registrados 30.876 acidentes envolvendo motocicletas nas Rodovias Federais em todo o país. O número de pessoas feridas chegou a 31.730 e, do total, 2.147 vítimas morreram. Entre as principais causas, a falta de atenção aparece em primeiro lugar, contabilizando 11.741 acidentes. Desobediência à sinalização, proximidade ao outro veículo e consumo de álcool somam mais de sete mil registros.
 
De acordo com Dr. Paulo Roberto Barbosa, presidente da SBTO, a gravidade das lesões entre os feridos não para de aumentar e a incidência de fraturas expostas da tíbia dobrou nos últimos cinco anos. O especialista fala, também, sobre o alto custo que este crescimento gera para o Sistema Único de Saúde (SUS) e para a medicina suplementar. “Com a melhoria no socorro, as pessoas pararam de morrer no local do acidente e, consequentemente, o número de pacientes com lesões muito graves nos hospitais aumentou. Isso é bastante positivo para a área dos socorristas e demanda uma dedicação cada vez maior por parte dos médicos”, afirma Paulo Barbosa.
 
Conforme pesquisa realizada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, o Trauma é a maior causa de morte dos 20 aos 40 anos e o principal motivo de incapacidade entre os acidentados. O presidente da SBTO alerta que este é um assunto que envolve não só a saúde pública, como também a economia nacional. “De uma maneira geral estes acidentados, que normalmente são jovens e adultos jovens, fazem parte da população economicamente ativa. Eles perdem dias de trabalho e cria-se, então, um problema econômico muito grande”, observa.
 
Como as soluções para estes casos complexos estão cada vez mais difíceis, é evidente a necessidade de novos treinamentos e especializações constantes por parte dos médicos. O tema será discutido no 21º Congresso Brasileiro de Trauma Ortopédico (CBTO), que acontece em maio, na capital do Pará. Especialistas brasileiros e estrangeiros se encontrarão em Belém para debater técnicas modernas de tratamento desse padrão de lesão, que envolve ortopedia e reconstrução de membros. Mais informações no site www.traumaortopedico.med.br.

Assessoria de Comunicação
Giovanna Fraga
giovanna.fraga@jinxcomunicacao.com.br

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