Gene raro foi encontrado em bactéria de paciente em Nova York. Primeiro caso foi registrado em maio, na Pensilvânia
Bactérias como a e.coli têm apresentado aumento de resistência a medicamentos e poderão contribuir para um aumento de mortandade nos próximos anos (Foto: BBC)
Um segundo paciente foi infectado nos Estados Unidos com uma superbactéria que é altamente resistente aos antibióticos usados como último recurso, disseram cientistas ontem, segunda-feira (27).
Virologistas encontraram o gene raro MRC-1, que causa a resistência, em uma variedade da bactéria E. coli em um paciente em Nova York, de acordo com uma publicação no periódico Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia.
"Estamos muito perto de ver o surgimento de enterobactérias que serão impossíveis de tratar com antibióticos", disse o cientista Lance Price, da Universidade George Washington.
O primeiro caso de infecção com a E. coli portadora do gene MRC-1 nos Estados Unidos ocorreu em maio, em uma paciente de 49 anos de idade, internada na Pensilvânia com uma infecção urinária persistente. Ela já se recuperou.
O gene MRC-1 é especialmente temido porque torna as bactérias resistentes à colistina, um antibiótico de 1959 utilizado como último recurso nos casos de polirresistência.
O MCR-1, que se encontra sobre um pequeno fragmento do DNA microbiano, tem a capacidade de passar de uma bactéria para outra através de diversas espécies, potencialmente espalhando a resistência para todos os antibióticos, o que as autoridades veem como um cenário catastrófico.
Os cientistas têm monitorado os movimentos desse gene em todo o mundo desde que ele foi descoberto em humanos, aves e suínos na China em 2015.
No mês passado, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) anunciaram a criação de uma rede de laboratórios dedicada ao tratamento das superbactérias resistentes a antibióticos nos Estados Unidos, que deve começar a funcionar no outono boreal.
G1
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