Usadas para o tratamento e até a cura de doenças, plantas medicinais são cada vez mais utilizadas por pacientes do SUS
No Acre, a biodiversidade da floresta tem contribuído para o tratamento de doenças. Pactuadas com o Ministério da Saúde, as Secretarias de Saúde estadual e municipal de Rio Branco desenvolvem o projeto Farmácia Viva, que prescreve fitoterápicos aos pacientes de uma das Unidades Básicas de Saúde da capital acreana. A coordenadora do projeto no Acre, Silvia Basso, conta que eles são entregues de três formas: a planta in natura, cultivada por eles; a planta seca para que os pacientes façam chá ou xaropes, por exemplo; e o medicamento produzido dessas plantas.
Mas isso não é exclusivo do Acre.Outros projetos semelhantes a este estão beneficiando a população em outros lugares do país.
Carqueja, Chá verde e Ginkgo biloba são alguns exemplos de fitoterápicos. Caso queira saber mais sobre o registro de algum fitoterápico, acesse: Medicamentos fitoterápicos e plantas medicinais.
Extraídos de plantas medicinais que têm o potencial de tratar doenças, os fitoterápicos já são oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), desde 2006. Parece simples, mas a avaliação e incorporação deles na rede pública são criteriosas. “É importante destacar que os fitoterápicos não têm princípios ativos isolados, eles têm legislações específicas e passam por critérios para conseguirem ser registrados, pois é preciso comprovar segurança e eficácia”, esclarece Benilson Barreto, farmacêutico do Departamento de Assistência Farmacêutica e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
Os fitoterápicos só passam a ser considerados medicamentos se produzidos por farmácias de manipulação ou pela indústria farmacêutica. Mas a droga seca ou a planta medicinal fresca também são considerados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como fitoterápicos, dentro da categoria “produto tradicional”. A Anvisa é responsável por analisar desde a eficiência até a comprovação de que não há efeitos indesejados com o uso dessas plantas. “A tradicionalidade de uso para registro é reconhecida também pela própria Organização Mundial de Saúde e outras agências regulatórias, como a da Europa”, detalha Benilson Barreto.
Apesar de muitas plantas terem o poder de tratar doenças, o Ministério da Saúde não recomenda o uso de qualquer tipo delas com objetivo medicinal. O alerta é: nem tudo que sai da natureza pode ser utilizado como remédio. Para precisão aos pacientes, os médicos obedecem a uma lista de fitoterápicos já reconhecidos pela Anvisa. A mesma listagem regula as farmácias de manipulação.
Fitoterápicos na prática
“O Acre já trabalha há muitos anos com a biodiversidade da floresta, mas isso nunca chegou à população. A não ser agora por meio do projeto, que fica na Unidade Básica Luiz Gonzaga. Os fitoterápicos são recomendados como qualquer outro tipo de medicamento. E a prescrição traz informações como quantas gramas, quantas vezes ao dia, como usar”, conta a coordenadora do Farmácia Viva, Silvia Basso.
Antes, o projeto fez um levantamento para saber se as pessoas já usavam ou gostariam de usar plantas medicinais. “É bem aceitável, a população gosta às vezes até mais do que os alopáticos. E como são usados para a Assistência Básica já existe a comprovação que eles têm aquele ativo e é para doenças não graves”, exalta.
Apesar de muitas plantas terem o poder de tratar doenças, o Ministério da Saúde não recomenda o uso de qualquer tipo delas com objetivo medicinal. O alerta é: nem tudo que sai da natureza pode ser utilizado como remédio. Para precisão aos pacientes, os médicos obedecem a uma lista de fitoterápicos já reconhecidos pela Anvisa. A mesma listagem regula as farmácias de manipulação.
Fitoterápicos na prática
“O Acre já trabalha há muitos anos com a biodiversidade da floresta, mas isso nunca chegou à população. A não ser agora por meio do projeto, que fica na Unidade Básica Luiz Gonzaga. Os fitoterápicos são recomendados como qualquer outro tipo de medicamento. E a prescrição traz informações como quantas gramas, quantas vezes ao dia, como usar”, conta a coordenadora do Farmácia Viva, Silvia Basso.
Antes, o projeto fez um levantamento para saber se as pessoas já usavam ou gostariam de usar plantas medicinais. “É bem aceitável, a população gosta às vezes até mais do que os alopáticos. E como são usados para a Assistência Básica já existe a comprovação que eles têm aquele ativo e é para doenças não graves”, exalta.
Avanço dos fitoterápicos
Em 2016, quando anunciou a liberação de um milhão de reais para que a região Norte investisse em medicamentos fitoterápicos, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância deste tipo de fármaco para a Atenção Básica ofertada aos brasileiros. “A nossa expectativa é que os fitoterápicos avancem, tanto na prescrição médica quanto na disponibilidade por municípios. Porque são medicamentos com efeito consolidado. Há milhares de anos isso é uma tradição saber que determinadas plantas causam determinados efeitos no organismo humano. E também porque são mais baratos, são mais fáceis de aplicar e têm menos efeitos colaterais. Seria muito útil que fitoterápicos estivessem mais presentes na prescrição dos médicos do Sistema Único de Saúde”.
O desejo do ministro Ricardo Barros já se tornou realidade. Entre os anos de 2013 e 2015, a busca por esses produtos no SUS cresceu 161%. E, graças ao Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos, está disponível em 3,2 mil unidades de 930 municípios. Por ano, mais de 12 mil pessoas são beneficiadas com a utilização de fitoterápicos, que tratam especialmente doenças mais simples, relacionadas a problemas respiratórios, estomacais, indicados sempre depois de uma consulta médica na rede de Atenção Básica do SUS.
Erika Braz, para o Blog da Saúde