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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Falta de antibióticos está colocando pacientes em risco no mundo todo

Com a escassez no abastecimento dessas drogas, médicos estão sendo forçados a racionar seu uso e optar por alternativas menos eficazes

Isso porque a escassez desses antibióticos está afetando diretamente a recuperação dos pacientes, que estão tendo que recorrer a alternativas paralelas para o tratar, além das doenças citadas, infecções, como do trato urinário, pé diabético e sepse neutropênica – condição potencialmente fatal, que pode ser desenvolvida naqueles que recebem tratamento contra câncer. O sumiço do piperacillin-tazobactam , como também é chamado o antibiótico e antibacteriano, já foi notificado pelo Departamento de Saúde e Saúde Pública da Inglaterra e hospitais da Escócia, que receberam conselhos do Grupo de Prescrição de Antimicrobianos da Escócia (SAPG).

No início de maio, a National Health Service (NHS) afirmou em nota que “existe uma grande probabilidade de que, no futuro próximo, piperacillin-tazobactam não estará disponível” e admitiu que “este é um grande desafio para a prática de prescrição médica”. O documento também aponta que o uso de outras combinações de medicamentos poderia aumentar a carga de trabalho para médicos e enfermeiros, tendo em vista que alguns deles exigem doses mais frequentes e maior monitoramento. “Lamentavelmente não há mais nenhuma solução viável no momento”, diz a nota

Causa
De acordo com Philip Howard, porta-voz da Royal Pharmaceutical Society, o que levou à carência do remédio foi uma explosão em uma fábrica chinesa que produzia matérias-primas para a medicação. No Reino Unido, desde março deste ano os hospitais estão enfrentando dificuldades para encontrar alternativas à droga, já que a recomendação é de restringir o uso do medicamento para conservar estoques. “Esta é uma das faltas mais graves que o NHS teve que enfrentar”, disse Howard, ao The Guardian.

Consequências
Segundo a apuração do jornal diário britânico, o Departamento de Saúde e Saúde Pública da Inglaterra, informou por meio de um ofício em 24 de abril, que o uso de piperacillina-tazobactam seja restrito a casos graves de sepse e pneumonia. Mas alguns médicos já acreditam que não previsão de normalização da situação e, se a carência continuar, esses pacientes também serão afetados.

As medicações paralelas que estão sendo utilizadas no lugar do Tazocin são menos poderosas e podem causar efeitos colaterais sérios, como problemas nos rins. Os profissionais da saúde afirmam que os pacientes estão ficando cada vez mais na internação e os resultados aos remédios não são efetivos. Além desses prejuízos, a insuficiência da droga influencia diretamente no trabalho dos funcionários da saúde e no preço dessa e de outras medicações que podem servir como alternativa para o piperacillina-tazobactam.

As autoridades médicas reconhecem os problemas causados pela falta do antibiótico, e afirmam que estão tomando as providências cabíveis para normalizar a situação. Porém, a previsão é de que os remédios voltem ao mercado em julho, mas outras fontes afirmam que isso só será possível apenas em setembro. Para Howard, é importante que os órgãos internacionais de saúde se reúnam para providenciar medidas capazes de evitar uma situação como essa no futuro. “Precisamos garantir que usemos uma gama mais ampla de antibióticos em nossos hospitais, de modo que, se houver um problema de oferta global, ele não terá um impacto tão grande”, disse ele.

iG

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