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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Uma doença autoimune é responsável por, pelo menos, metade dos casos de hipertireoidismo

Foto: Reprodução
A doença de Graves é mais comum entre mulheres na meia-idade

Também conhecida como doença de Basedow-Graves, doença de Graves ou bócio difuso tóxico (BDT), o hipertireoidismo de causa autoimune é provocado pelas próprias defesas do corpo, que influenciam diretamente na quantidade de hormônios da tireoide. Sua ação faz com que a glândula produza muito mais do que o necessário, desenvolvendo, assim, o hipertireoidismo – quando a quantidade de hormônios tireoidianos T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) no corpo de uma pessoa é maior do que a necessária para o funcionamento saudável do organismo. Segundo a endocrinologista Rosita Fontes, integrante do corpo clínico do laboratório Sérgio Franco, estima-se que a doença seja responsável por 50% a 80% dos casos de hipertireoidismo entre os pacientes.

Isso acontece porque o hipertireoidismo causado pela doença de Graves vem da ação da imunoglobulina estimuladora do receptor de TSH sobre a tireoide, o que gera esse aumento de produção de hormônio. Em alguns casos pode vir associado à oftalmopatia de Graves, na qual os olhos também são acometidos – além de irritação nos olhos, o globo ocular é trazido para a frente, o que dá um aspecto de “olho saltado”. Eventualmente, a pele também pode ser acometida, geralmente nas pernas, o que é chamado de dermopatia de Graves, deixando-a com um aspecto mais avermelhado e textura grossa, principalmente nos membros inferiores.

“Por ser uma doença autoimune, ou seja, causada pelo próprio sistema imunológico, não existe uma causa clara e específica que leve a seu desencadeamento. Porém, pessoas que já tenham um histórico da doença na família, do sexo feminino e com idade acima de 40 anos estão mais sujeitas a desenvolver essa forma de hipertireoidismo”, afirma a endocrinologista. O tabagismo e o estresse são fatores que influenciam no desencadeamento da doença.

Entre os sintomas mais comuns da doença estão o nervosismo e a labilidade emocional, aumento da sensação de calor, aumento da glândula tireoide (bócio), tremor nas mãos, arritmia (batimentos cardíacos irregulares) e perda de peso, mesmo que o paciente esteja comendo normalmente. As mulheres também podem ter alterações no ciclo menstrual e os homens, disfunção erétil ou diminuição da libido. Na oftalmopatia de Graves, que atinge cerca de 30% dos pacientes com a doença, os sintomas ainda incluem pressão ou dor nos olhos, sensibilidade à luz, olhos avermelhados e, em casos mais graves, perda da visão.

“Diante da suspeita do endocrinologista, a confirmação diagnóstica da doença de Graves é feita por meio de exames, inclusive de sangue, através do qual se pode avaliar a produção dos hormônios secretados pela tireoide, assim como do hormônio que controla essa glândula, o TSH. Outros exames no sangue podem ser solicitados pelo médico conforme cada caso. Exames de imagem como ultrassonografia e cintilografia também podem ser realizados em casos específicos, se o médico que acompanha o paciente considerar necessário”, explica a especialista. A doença tem tratamento e ele deve ser estipulado pelo médico de confiança do paciente.

Informações para a imprensa
Saúde em Pauta
Paula Borges – (21) 99789-7643
E-mail: paula@saudeempauta.com.br
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