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quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Ministério da Saúde vai destinar R$ 2 milhões para estados com maiores taxas de suicídio

Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Piauí e Roraima vão receber verbas. Centro de Valorização da Vida, que atende pessoas em risco por telefone, também vai receber R$ 500 mi

O Ministério da Saúde anunciou no dia 21 que vai colocar novas políticas em curso para melhorar a prevenção do suicídio no país. Segundo dados da pasta apresentados pela 1ª vez esse ano, o suicídio é a maior causa de morte de brasileiros entre 15 e 29 anos. O governo pretende destinar R$ 2 milhões para serem divididos entre os cinco estados brasileiros com maiores taxas de suicídio.

Assim, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, Piauí e Roraima vão receber verbas. Não há detalhes sobre as novas políticas que serão colocadas em curso nesses estados. Também a pasta irá destinar R$ 500 mil para o Centro de Valorização da Vida, instituição que atende por telefone (188), e-mail e chat pessoas em risco de tirar a própria vida. Em setembro, o Ministério da Saúde divulgou o primeiro boletim sobre suicídio no país. No Brasil, em média 11 mil pessoas tiram a própria vida por ano. Também o país viu crescer o índice de suicídios nos últimos anos. Entre 2011 e 2015, o número cresceu 12%.

Mudanças na saúde mental
O Ministério da Saúde também anunciou oficialmente mudanças na saúde mental. Essas mudanças já haviam sido divulgadas há uma semana, quando foram aprovadas em comissão que reúne gestores municipais e estaduais. A nova resolução do governo prevê ampliação das comunidades e residências terapêuticas, entidades que recebem pacientes psiquiátricos, mas não são consideradas hospitais. Também será ampliado o número de leitos em hospitais gerais destinados a pacientes psiquiátricos. 

Algumas entidades, como o Conselho Federal de Psicologia, criticaram a medida no que acreditam ser uma volta da hospitalização para o centro da assistência psiquiátrica. Eles também criticam as chamadas comunidades terapêuticas, que já apresentaram violações de direitos humanos.

O Ministério da Saúde disse, no entanto, que a disponibilidade de leitos não será feita em hospitais psiquiátricos, mas em hospitais gerais que atendem emergências. Os pacientes também ficarão nessas instituições por um período limitado de tempo. Sobre as comunidades terapêuticas, o Ministério da Saúde disse que atuará em conjunto com o Ministério da Justiça para garantir a fiscalização dessas instituições.

G1

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