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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Um cada dez produtos médicos vendidos em países pobres é falso ou de má qualidade, diz OMS

Relatório da Organização Mundial da Saúde diz ainda que maioria dos produtos circula na África (42%). Nas Américas, taxa é de 21%

Um em cada 10 produtos médicos que circula em países de baixa e média renda é falsificado ou tem qualidade inferior, informa relatório da Organização Mundial da Saúde. Antibióticos e medicamentos contra a malária estão entre os produtos mais falsificados no mundo. A entidade diz ainda que cerca de 10,5% dos medicamentos utilizados em países em desenvolvimento falham em seu objetivo médico.

A maior parte dos produtos falsificados ou de má qualidade está na África (42%). Já nas Américas, o índice é de 21%, mesma taxa observada na Europa. A entidade observa, no entanto, que o problema pode ser ainda maior — já que nem todos os países enviaram dados e relatórios à organização. “As pessoas estão tomando medicamentos que não tratam ou previnem doenças”, destaca nota da entidade. “O que é um desperdício de dinheiro para sistemas de saúde”, completa.

“Imagine uma mãe que desista de alimentos ou de outras necessidades básicas para pagar o tratamento da criança, sem saber que os remédios são inadequados ou falsificados, e esse tratamento faz com que o filho morra. Isso é inaceitável”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, em nota.

O trabalho se baseou em outros 100 estudos publicados em 88 países de baixa e média renda. Ao todo, foram analisadas 48 mil amostras de medicamentos. O primeiro relatório da OMS sobre medicamentos falsificados é de 2013. Desde então, a entidade treino 550 reguladores de 151 países e espera melhorar a qualidade da informação.

Mortes por medicamentos falsificados
Segundo a OMS, um estudo desenvolvido pela Universidade de Edimburgo (Escócia) estima que 72 mil a 169 mil crianças podem morrer a cada ano por pneumonia pela baixa qualidade dos antibióticos administrados. Ainda, um segundo estudo feito pela London School of Hygiene and Tropical Medicine (Reino Unido) estima que 116 mil mortes podem ocorrer anualmente por medicamentos contra a malária de baixa qualidade ou falsificados na África subsaariana. O problema é ainda maior quando se leva em conta que a região gasta em média US$ 38,5 milhões em medicamentos, informa a OMS.

G1

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