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quinta-feira, 29 de março de 2018

Medicamentos vencidos e em desuso podem ser poluentes perigosos

Medicamentos vencidos e em desuso podem ser poluentes perigosos

Os medicamentos são os mais importantes instrumentos para proteger e recuperar a saúde. Por outro lado, seu uso indiscriminado, especialmente sem orientação adequada do farmacêutico, médico e profissionais de saúde habilitados pode trazer risco tanto à saúde, quanto ao meio ambiente.

A ciência já sabe que medicamentos que consumimos (uma parte será excretada depois) e descartados no lixo comum, pias, ralos e vasos sanitários em nossas casas e empresas ou mesmo diretamente em rios, lagos e mares podem ser tornar poluentes ambientais perigosos (são resíduos químicos perigosos). E podem poluir o ar, solo, seres vivos, mas especialmente a água. Medicamentos vencidos e em desuso devem ser descartados adequadamente, levados a postos de coleta em nossas cidades, farmácias, unidades de saúde.

No Brasil já temos desde 2010 a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS, Lei 12.305/2010) que estabelece a criação de sistemas para destinação ambiental final adequada de resíduos. Temos leis em diversos estados e municípios tornando obrigatória a coleta dos medicamentos vencidos e em desuso da população, além do que, no ano passado foi publicado Decreto Federal n. 9.177/2017, que tornou obrigatória a adesão dos setores econômicos a planos de logística reversa, ou seja, o retorno dos resíduos das diversas atividades econômicas a seus produtores, fabricantes, importadores para que seja dada a destinação ambiental adequada.

Todos os consumidores de medicamentos podem colaborar, levando seus medicamentos vencidos e em desuso aos postos de coleta nas cidades brasileiras. Caso não tenha em sua localidade, avise as autoridades ambientais e de saúde.

O Conselho Federal de Farmácia está atuando ativamente, junto a outros atores do setor farmacêutico e ao poder público para que se torne realidade a implementação de sistemas de logística reversa de medicamentos de alcance nacional. Se todos fizermos a nossa parte, contribuiremos para preservar a água nossa de cada dia, que está se tornando cada vez mais escassa. Lembremos do Dia Mundial da Água, que é o 22 de março como dia de alerta a todos! E que cada vez menos medicamentos comprometam nossos mananciais!

Autor: Farmacêutico MSc. Javier Salvador Gamarra Junior (Farmacêutico Homeopata; Mestre em Gestão Ambiental; Coordenador do Grupo de Trabalho de Medicamentos do Paraná – GTM-PR; Coordenador do Curso de Farmácia – Uniandrade; Pesquisador da área ambiental – fármacos e medicamentos; Membro do Grupo de Trabalho sobre Homeopatia do Conselho Federal de Farmácia – GTH-CFF)

Fonte: CFF

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