Aplicativos, carreira, concursos, downloads, enfermagem, farmácia hospitalar, farmácia pública, história, humor, legislação, logística, medicina, novos medicamentos, novas tecnologias na área da saúde e muito mais!



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Como museus, hospitais guardam peças raras que contam história da medicina

Nem só de médicos, macas e doentes vivem os corredores e salas de hospitais de São Paulo. Instituições como o Hospital das Clínicas, a Santa Casa, o Albert Einstein e o Santa Catarina abrigam relíquias históricas que remetem aos primórdios da medicina paulista. Alguns objetos passam despercebidos por quem transita por esses locais, como a bengala que pertenceu ao presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945), exposta no saguão do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC. Roosevelt sofreu poliomielite aos 39 anos e desde então usou bengala para se apoiar. O objeto foi doado pela viúva, Eleanor, ao médico Francisco Elias de Godoy Moreira, fundador do instituto, em 1952. "Foi um reconhecimento da sua luta contra a pólio", diz o professor do IOT, Manlio Mario Napoli. Na Santa Casa de SP, o passeio vale a pena mesmo sem estar doente. O prédio de arquitetura gótica abriga um museu com objetos como a "roda dos expostos", onde 4.696 bebês foram deixados para adoção entre 1825 a 1950. "As mães eram de todas as classes sociais", explica Maria Nazarete Andrade, coordenadora do museu. Em geral, os bebês vinham acompanhados de um bilhete da mãe. "Filho, não posso te criar, Deus te abençoe", diz um deles, com uma marca de beijo de batom. TESTE DO SAPO Também chama a atenção no museu um enorme sapo embalsamado, que era usado em testes de gravidez entre as décadas de 1920 e 50. A urina da mulher era injetada em um sapo macho. Em caso de gravidez, o hormônio gonadotrofina coriônica (hCG) fazia o sapo ejacular --os espermatozoides eram "marcadores" da gravidez. O museu também tem um eletroímã francês, do século 19, destinado a extrair corpos metálicos do olhos -que também extraiu retinas... Anteontem, o museu da Faculdade de Medicina da USP inaugurou uma exposição com obras raras, pergaminhos, retratos de médicos desenhados por Cândido Portinari e Tarsila do Amaral. Há também peças raras, como o primeiro marcapasso cardíaco construído no InCor (Instituto do Coração), na década de 1960, e a primeira máquina coração-pulmão artificial (de 1957). No hospital Oswaldo Cruz, há uma exposição permanente que conta a história da instituição centenária. Bacias e jarras de porcelana inglesa para dar banho em pacientes acamados e instrumentos da década de 1920 fazem parte do acervo. Entre os objetos históricos do Hospital Israelita Albert Einstein, há um relógio e um cheque doado por Hans Albert Einstein, filho do cientista Albert Einstein. Editoria de Arte/Folhapress
http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/844595-como-museus-hospitais-guardam-pecas-raras-que-contam-historia-da-medicina.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário