por Verena Souza, de Boston (EUA) 23/03/2011 Aprofundar em pesquisa de base foi a grande sacada da farmacêutica para enfrentar os desafios com sucesso Terceira colocada em termos de vendas entre as maiores indústrias farmacêuticas do mundo, tendo fechado o último trimestre de 2010 com faturamento de US$ 2,11 bilhões, a suiça Novartis investiu fortemente, nos últimos seis anos, em pesquisas de base. Atualmente a norte-americana Pfizer é a líder global, seguida da também americana Merck. Segundo o chefe do departamento de inovação da Novartis, Adam Hill, entender a fundo os mecanismos das doenças que são foco da companhia é fundamental para o sucesso dos produtos no mercado. "Fomos pioneiros em trabalhar de forma mais aprofundada nas pesquisas de base e não apenas em estudos aplicados. Para isso, contamos com cerca de sete mil cientistas trabalhando globalmente", disse Hill. A pesquisa de base passou a seguir uma série de regras e processos para que os riscos de efetividade de uma droga sejam diminuídos ao máximo. A farmacêutica investe em média US$ 7,4 bilhões por ano em pesquisa. Nos últimos dez anos, a empresa suiça obteve 20 aprovações de medicamentos do FDA (espécie de Anvisa dos Estados Unidos). De acordo com Hill, o mercado consegue o aval para apenas um produto neste período de tempo. Estudos colaborativos com universidades e outras empresas também são outra forma de otimizar os negócios, tendo em vista os entraves tão comentados pelas indústrias dessa área. São eles: custo, cerca de US$ 1,8 bilhão são gastos para que um remédio chegue ao paciente (dado da Novartis); tempo, demora em média 12 anos para uma droga ser comercializada; vencimento de patentes; competitividade; pressão de genéricos; falta de confiança dos investidores e pouca inovação. "Muitas empresas desenvolvem seus produtos pautadas pelo modelo blockbuster, visando bater recordes de vendagem. A Novartis procura, acima de tudo, soluções preventivas e também à cura dos pacientes", enfatizou Hill. Investir mais no Brasil nos próximos anos parece ser uma diretriz consensual entre as farmacêuticas do mundo. Dentre os motivos mais evidentes estão o crescimento da economia e, por consequência, melhores perspectivas para a saúde, além do maior empenho governamental para com o setor. "Brasil é um país que não tem nem o que pensar. É investir e pronto", disse o Vice-Presidente do Instituto Biomédico da Novartis, Scott Brown. No entanto, a organização não divulgou o valor direcionado para a região. http://www.saudebusinessweb.com.br/noticias/index.asp?cod=76824
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