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domingo, 1 de maio de 2011

Válvula de tecido humano é eficaz em cirurgia de coração Valve tissue is effective in heart surgery

Pesquisadores da PUC do Paraná desenvolveram uma técnica para diminuir o risco de rejeição em transplantes de válvulas cardíacas.

Essas cirurgias são necessárias quando há alguma doença que prejudica o bombeamento do sangue, levando à insuficiência do órgão.

Hoje, para corrigir a falha, são usadas peças de metal ou feitas de tecido animal (de porco ou de boi).

Na nova técnica, são implantadas válvulas de doadores humanos mortos, processadas em uma solução que retira as células e deixa apenas fibras de colágeno e fibras elásticas.

Esse enxerto é muito mais seguro e dura mais tempo, diz o cirurgião Francisco Diniz da Costa, da PUC-PR. "Quem coloca uma válvula de metal precisa tomar medicamento anticoagulante pelo resto da vida. Em dez anos, 25% dos pacientes têm alguma complicação."

As próteses de animais perdem a função com o tempo. Isso leva a novas operações.

A técnica já foi aplicada em 200 pacientes da Santa Casa de Curitiba. O acompanhamento de 41 deles, por cinco anos, rendeu um artigo publicado no "Annals of Thoracic Surgery".

No estudo, os autores concluem que os resultados iniciais são promissores, mas que é necessário mais tempo de acompanhamento.


CRIANÇAS

Algumas doenças que causam problemas nas válvulas cardíacas são febre reumática, artrite reumatoide e malformações congênitas, que afetam crianças.

São elas que mais se beneficiam com os implantes de tecido humano.

"Não tem como usar válvula de metal em criança, e a de animal se calcifica, porque o metabolismo do cálcio em crianças é muito acelerado", afirma Pablo Pomerantzeff, cirurgião cardíaco do Hospital das Clínicas de SP.

Uma válvula implantada em crianças, em geral, dura menos de cinco anos. Já a válvula de tecido humano processado é "repovoada" por células do paciente. Em cinco anos de estudo, nenhuma se calcificou.

O cirurgião cardíaco José Pedro da Silva, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, usa as válvulas do grupo paranaense em crianças.

"Fizemos pelo menos três cirurgias. Com os resultados que temos, já posso dizer que é melhor que as outras alternativas. Precisamos de mais tempo para saber o quanto é melhor."

TECNOLOGIA SERÁ EXPORTADA

Neste mês, a PUC-PR firmou um acordo com uma empresa inglesa, a Tissue Regenix, que levará a tecnologia de processamento das válvulas humanas para a Europa.

A empresa pretende comercializar a tecnologia em vários países, menos por aqui, onde as válvulas não podem ser vendidas ""só o processamento é cobrado.

O banco de válvulas de Curitiba, que fica na Santa Casa, é o único do Brasil autorizado pelo Ministério da Saúde. O centro recebe corações de 18 Estados do país e distribui as válvulas.

Além das estruturas sem células, o banco também distribui válvulas congeladas.

Por ano, são feitas cerca de 20 mil cirurgias desse tipo no Brasil, segundo o cirurgião Francisco Costa. A maioria usa tecido animal (de porco ou de boi).

Uma parte ainda usa válvulas mecânicas e 3% usa enxertos humanos congelados.


Researchers at the Catholic University of Parana developed a technique to reduce the risk of rejection in transplants of heart valves.

These surgeries are needed when a disease that damages the blood pumping, leading to organ failure.

Today, to correct the fault, metal parts are used or made from animal tissue (pork or beef).

In the new technique, valves are implanted dead human donors, processed in a solution that removes the cells and leaves only collagen fibers and elastic fibers.

This graft is much safer and lasts longer, tell the surgeon Francisco Diniz da Costa, PUC-PR. "Who puts a metal valve must take anticoagulant medication for life. In ten years, 25% of patients have some complications."

The prostheses of animals lose function over time. This leads to new business.

The technique has been applied in 200 patients of the Santa Casa de Curitiba. The monitoring of 41 of them for five years, earned an article published in the Annals of Thoracic Surgery.

In the study, the authors conclude that the initial results are promising, but that more time is needed for monitoring.

CHILDREN

Some diseases that cause heart valve problems are rheumatic fever, rheumatoid arthritis and congenital malformations, which affect children.

It is they who benefit most from implants of human tissue.

"You can not use metal valve in a child, and the animal is calcified, because the calcium metabolism in children is very fast," said Pablo Pomerantzeff, cardiac surgeon at University Hospital of SP.

A valve implanted in children, usually lasts less than five years. Since the valve tissue is processed "repopulated" by the patient's cells. In five years of study, none has calcified.

The cardiac surgeon José Pedro da Silva, the Portuguese Charity of St. Paul, using the valves on the Parana in children.

"We have at least three surgeries. With the results we have, I can already say that it is better than other alternatives. We need more time to learn how much is better."

TECHNOLOGY WILL BE EXPORTED

This month, the PUC-PR has signed an agreement with a British company, Tissue Regenix, leading process technology of human valves for Europe.

The company plans to commercialize the technology in several countries, at least here, where the valves can not be sold "only processing is charged.

The valve seat of Curitiba, located in the Santa Casa, Brazil is the only one authorized by the Ministry of Health center receives the hearts of the country's 18 states and distributes valves.

Besides the cell-free structures, the bank also distributes frozen valves.

For years, are made about 20 000 surgeries of this kind in Brazil, according to the surgeon Francisco Costa. Most use animal tissue (pork or beef).

One part still uses mechanical valves and 3% use frozen human grafts.

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