Além da dificuldade para encontrar um médico disposto a fazer parto normal, as brasileiras que decidem pelo nascimento natural enfrentam outra barreira: encontrar orientações adequadas para a hora de dar à luz.
"Procurei algum lugar que preparasse grávidas para o parto normal em São Paulo, mas não encontrei", conta a bióloga Hana Masuda.
Ela deu à luz sua filha Alice há cerca de um mês. "Nasci nos EUA quando minha mãe fazia pós-doutorado. Lá, ela fez um curso na universidade sobre parto normal. Aqui não achei nada disso."
Mesmo assim, o parto de Masuda foi tranquilo. "Senti dores como de cólicas menstruais, só que mais fortes."
A psicóloga Natália Amaral Hildebrand não teve a mesma sorte. Depois de cerca de dez horas de trabalho de parto com dores fortes, ela teve de fazer cesárea.
"Tive um edema [lesão] no colo do útero porque a bebê tinha a cabeça muito grande e não passava", conta.
"Pelo menos eu tentei e a Sofia nasceu no tempo dela."
De acordo com Hildbrand, o médico dela orientou o parto normal. "Já ouvi muitas grávidas dizerem que o médico escolhe pela paciente."
A advogada Julia Rodrigues Coimbra também optou pelo parto natural para dar à luz Francisco. Ela começou a sentir contrações em um sábado e entrou em trabalho de parto na quinta-feira. "Já estava exausta. Mas valeu a pena, foi emocionante."
Fonte Folhaonline
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