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domingo, 11 de março de 2012

Oncologistas discutem riscos da infertilidade em jovens com câncer

Questões sobre qualidade de vida ganham importância com aumento da sobrevida a longo prazo dos pacientes com a doença

Mais de 80% dos radioterapeutas discutem o impacto dos tratamentos contra o câncer na fertilidade com suas pacientes em idade fértil, o que pode levar a melhorar a qualidade de vida em pacientes jovens que estão vivendo muito mais do que o inicialmente diagnosticado graças às opções modernas de tratamento, diz um estudo publicado Practical Radiation Oncology, da American Society for Radiation Oncology (ASTRO).

No passado, o foco clínico para os pacientes jovens era estritamente a sobrevivência. Com o sucesso das opções atuais, esses mesmos pacientes estão entrando em remissão do câncer e vivendo mais, e isso mudou o foco da sobrevivência estrita para sobrevivência mais qualidade de vida a longo prazo.

O risco de infertilidade de um paciente com câncer aumenta após a quimioterapia, radioterapia e, às vezes, cirurgia. Para grande parte dos pacientes com tumores em idade reprodutiva, isso é uma questão importante a ser levada em conta. Houve grandes avanços no campo da preservação da fertilidade, mas essas opções devem ser consideradas antes do início do tratamento.

Pesquisas recentes sugerem que menos da metade dos pacientes adultos em idade fértil recebem informações adequadas sobre suas opções antes do início dos tratamentos, e menos de 35% das mulheres voltam a discutir os riscos da infertilidade durante ou após o tratamento.

Neste estudo, pesquisadores quiseram avaliar como anda a discussão sobre preservação da fertilidade e padrões de referência entre especialistas em câncer. Os médicos foram questionados se eles sempre/frequentemente, às vezes ou nunca discutiam o impacto do tratamento na futura fertilidade dos pacientes.

Os radioterapeutas discutem sempre ou frequentemente em 83% das vezes. Nenhum disse nunca conversar sobre o assunto. Os oncologistas clínicos discutem as opções 84% do tempo e apenas 4% admitiram nunca ter conversado sobre o tema. Os cirurgiões sempre discutem em 51% do tempo. Em 20% dos casos, nunca discutiram.

No entanto, as taxas de encaminhamento para preservação da fertilidade ainda são baixas: 40% dos radioteraputas encaminham sempre ou frequentemente, 45% dos clínicos e 46% dos cirurgiões.

Fonte Estadão

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