No Brasil a venda de Rivotril, pulou de 29,4 mil unidades em 2007 para 10,5 milhões em 2010 |
No começo deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou-se preocupada com o aumento da venda de antidepressivos e calmantes — só a de clonazepam, conhecida como Rivotril, pulou de 29,4 mil unidades em 2007 para 10,5 milhões em 2010. O Distrito Federal segue a onda tarja preta: os cinco remédios mas vendidos nas farmácias — tanto os industrializados quanto os manipulados — são psicotrópicos.
De acordo com dados da Anvisa, enquanto em 2009 eram vendidas no DF 4,91 caixas de Rivotril para cada 100 habitantes, em 2011 esse índice pulou para 7,4, um aumento de mais de 57%. Os demais psicotrópicos acompanharam a alta. O consumo de fluoxetina cresceu em dois anos 83% e o de alprozalam, 45% (veja quadro).
De acordo com dados da Anvisa, enquanto em 2009 eram vendidas no DF 4,91 caixas de Rivotril para cada 100 habitantes, em 2011 esse índice pulou para 7,4, um aumento de mais de 57%. Os demais psicotrópicos acompanharam a alta. O consumo de fluoxetina cresceu em dois anos 83% e o de alprozalam, 45% (veja quadro).
Segundo Filipe Braga, psicólogo do Centros de Atenção Psicossocial (Caps) II do Paranoá, como nem sempre os pacientes são atendidos por especialistas, o uso de psicotrópicos acaba sendo a solução padrão. “Em Brasília, muitos dos pacientes que têm crise às 2h acabam indo para o pronto-socorro de hospitais gerais ou para o Hospital Psiquiátrico de São Vicente de Paula, em Taguatinga, o único que fica aberto todo o tempo para transtornos mentais.”
Até durante o dia, ressalta Braga, o contato com profissionais especializados é difícil. “Não tem como colocar a culpa só nos psiquiatras, o erro está no sistema, em como a saúde mental é tratada no Brasil.
Até durante o dia, ressalta Braga, o contato com profissionais especializados é difícil. “Não tem como colocar a culpa só nos psiquiatras, o erro está no sistema, em como a saúde mental é tratada no Brasil.
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