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domingo, 14 de outubro de 2012

Venda de antidepressivos chega a crescer 83% em dois anos no DF

 No Brasil a venda de Rivotril, pulou de 29,4 mil unidades
em 2007 para 10,5 milhões em 2010
Uma em cada cinco pessoas no Brasil tem algum tipo de transtorno mental, de acordo com o Ministério da Saúde. O tratamento desses distúrbios quase sempre implica o uso de drogas psicoativas, medicamentos que afetam o estado mental do usuário. Mas o próprio governo e especialistas reconhecem que há um exagero na prescrição das drogas.
 
No começo deste ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostrou-se preocupada com o aumento da venda de antidepressivos e calmantes — só a de clonazepam, conhecida como Rivotril, pulou de 29,4 mil unidades em 2007 para 10,5 milhões em 2010. O Distrito Federal segue a onda tarja preta: os cinco remédios mas vendidos nas farmácias — tanto os industrializados quanto os manipulados — são psicotrópicos.

De acordo com dados da Anvisa, enquanto em 2009 eram vendidas no DF 4,91 caixas de Rivotril para cada 100 habitantes, em 2011 esse índice pulou para 7,4, um aumento de mais de 57%. Os demais psicotrópicos acompanharam a alta. O consumo de fluoxetina cresceu em dois anos 83% e o de alprozalam, 45% (veja quadro).
 
Segundo Filipe Braga, psicólogo do Centros de Atenção Psicossocial (Caps) II do Paranoá, como nem sempre os pacientes são atendidos por especialistas, o uso de psicotrópicos acaba sendo a solução padrão. “Em Brasília, muitos dos pacientes que têm crise às 2h acabam indo para o pronto-socorro de hospitais gerais ou para o Hospital Psiquiátrico de São Vicente de Paula, em Taguatinga, o único que fica aberto todo o tempo para transtornos mentais.”

Até durante o dia, ressalta Braga, o contato com profissionais especializados é difícil. “Não tem como colocar a culpa só nos psiquiatras, o erro está no sistema, em como a saúde mental é tratada no Brasil.
 
É preciso que haja o diálogo, o carinho, mas isso não é possível com 800 pacientes para pouquíssimos profissionais”, critica o profissional.

Fonte Correio Braziliense

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