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sábado, 19 de janeiro de 2013

Adoçantes x Açúcar: Tire suas dúvidas

 
Os adoçantes podem parecer amigos da dieta, mas novas pesquisas comprovam que o consumo regular da substância artificial pode causar alguns danos à saúde.
 
Além de abrir o apetite por doces e causar uma compulsão por carboidratos, alguns adoçantes podem alterar a pressão de hipertensos, favorecer o acúmulo de toxinas no fígado e causar dor de cabeça e alterações de humor.
 
Qual a principal diferença entre o açúcar e o adoçante?
O açúcar totalmente refinado é obtido principalmente da cana de açúcar, explica Patrícia Davidson. No processo de refinamento há a remoção completa de todos os nutrientes contidos na cana. Por isso, ele é rapidamente digerido e provoca o aumento dos níveis de glicose e estimula o de gordura nas células.
 
Para o açúcar ser metabolizado, ele rouba do organismo cromo, selênio, magnésio e zinco envolvidos em múltiplas reações orgânicas, como o controle sobre a própria vontade de carboidratos, e favorece cãibras, osteoporose, cólicas menstruais e a redução da imunidade.
 
- O açúcar hoje é um grande depressor do sistema imunológico e não deve ser consumido por aqueles que já tem redução da imunidade: indivíduos com herpes de repetição, problemas de cândida, HIV, infecções recorrentes de garganta ou de ouvido – afirma Patrícia Davidson.
 
O açúcar mascavo e o mel são mais saudáveis do ponto de vista nutricional por conterem mais nutrientes, mas também provocam as oscilações desagradáveis na glicose e favorecem o ganho de peso.
 
Já os adoçantes ou edulcorantes artificiais são, em sua maioria, produzidos quimicamente pela indústria e surgiram para atender um público específico, os diabéticos, que devem fazer restrição no consumo de açúcar.
 
Além disso, quase todos são isentos de calorias, o que é o principal chamariz para o consumo exagerado que acontece hoje.
 
Ele pode estimular a vontade de comer doces?
Estão surgindo algumas teorias que indicam que o adoçante pode ter o efeito contrário ao prometido, isto é, engordar ao invés de emagrecer, explica Patrícia. A nutricionista afirma que muita gente toma um refrigerante light e se permite comer um brigadeiro, porque economizaram calorias no refrigerante.
 
E isso leva a pessoa a ganhar peso tanto pelas concessões que vão sendo feitas como pelo acúmulo de toxinas no tecido gorduroso. Além disso, o organismo não tem mecanismos satisfatórios para distinguir o que é açúcar do que é adoçante e pode estimular a produção de insulina ao se deparar com qualquer sabor doce. Quanto mais insulina for produzida pelo pâncreas, maiores são as chances de deposito de gordura corporal, sobretudo no abdômen.
 
Quais os efeitos colaterais dos adoçantes?
Patrícia Davidson afirma que o adoçante que mais causa efeitos colaterais é o aspartame, que tem como produto final de sua metabolização o metanol, que é altamente tóxico para o fígado. Ele tem vários efeitos colaterais, como dor de cabeça e as alterações de humor.
 
Além disso, ele é classificado como uma toxina cerebral, isto é, é um potente destruidor de neurônios. Já o ciclamato e a sacarina tem sódio na composição, o que não é indicado para quem tem pressão alta e nem para pessoas com tendência a retenção de líquidos.
 
- Antes de colocar o adoçante no café ou no suco de frutas , prove antes. O paladar vai se acostumando ao verdadeiro sabor dos alimentos e o uso de qualquer produto adoçante passa a ser dispensável. Mas se for necessário, utilize o Stévia ou pelo menos faça um rodízio entre os vários tipos de adoçante.
 
O organismo acumula resíduos de adoçantes?
Sim, afirma Patrícia Davidson. O nosso organismo não foi preparado geneticamente para receber estas substâncias. A nutricionista explica que o local preferido para o acúmulo de toxinas é o tecido de gordura e quanto maior é este deposito maior é a dificuldade de gastar a gordura ali estocada, tornando o emagrecimento mais difícil. O principal órgão responsável por eliminar estes resíduos tóxicos é o fígado e o mesmo precisa de mais de 20 tipos diferentes de nutrientes para funcionar.
 
- Hoje as pessoas estão consumindo muitos alimentos diet/light, ou seja, alimentos industrializados cheios de componentes químicos, e com baixo valor nutricional. Assim elas se intoxicam mais e têm menos nutrientes para se desintoxicar e continuando cada vez mais ganhando peso – diz Patrícia.
 
Ela alerta que essas toxinas podem interferir no funcionamento da tireóide, interferem com o nosso apetite, desregulando o mecanismo de fome e saciedade, podem interferir com a maneira com que “queimamos” os alimentos e obtemos mais energia a partir deles e pode nos deixar mais cansados e menos dispostos para a atividade física.
 
Quem realmente deve ingerir este alimento e quem deve evitá-lo?
Os adoçantes devem ser consumidos apenas com indicação de nutricionistas e médicos, alerta Regina Pádua. Indivíduos saudáveis devem evitá-los. Para ela, os adoçantes só devem ser encorajados a pacientes que tem diabetes ou obesidade. Crianças também não devem ingeri-los, a menos que estejam realmente acima do peso ou tenham diabetes. Os adoçantes são contraindicados para grávidas.
 
Os adoçantes naturais são boas opções?
Patrícia lembra que o Stévia é uma opção mais natural e segura. Mas é preciso ficar de olho, já que alguns fabricantes misturam a substância com outros tipos de adoçante como o ciclamato de sódio para baratear seu preço.
 
O mais novo adoçante natural no mercado é o agave, um xarope retirado de um cacto e originário do México.
 
- O agave é super gostoso, tem ótimo poder adoçante, além de um pouco de potássio, magnésio e cálcio. E por apresentar um baixo índice glicêmico, isto é, não aumenta tanto a glicose como um mel, pode ser utilizado como opção saudável no lugar do açúcar para adoçar cafés, sucos, chás e na confecção de bolos e pães.
 
Regina explica que o agave tem 3,34 calorias por grama e é três vezes mais doce que o açúcar comum.
 
- Apesar de não existirem pesquisas científicas da utilização do agave, por ser natural e se utilizado com cautela pode ser uma boa opção – completa.
 
Fonte O Globo

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