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domingo, 13 de janeiro de 2013

Corrimento vaginal pode indicar doenças infecciosas e até DSTs

Mulheres devem se atentar a anormalidades como mal cheiro e coceira
 
Corrimento vaginal é o nome dado ao líquido ou muco que sai da vagina. Ele é uma preocupação comum entre as mulheres de todas as idades, levando muitas delas às consultas ginecológicas. Certa quantidade de secreção vaginal é normal, a menos que ocorra com coceira, ardor ou outros sintomas desagradáveis, como o mau cheiro.

Antes de discutir corrimento vaginal, é importante ter um entendimento básico da anatomia reprodutiva feminina. O corrimento vaginal, geralmente, não é perceptível até que saia da vagina, que é a passagem do útero ao exterior do corpo. No fundo da vagina fica o colo do útero, enquanto na extremidade inferior (para fora) fica a vulva, que inclui os lábios vaginais e o clitóris.
 
A secreção vaginal é composta de células da pele da vagina e do colo uterino, sob a influência do hormônio feminino estrogênio. Mulheres que passaram pela menopausa e meninas antes da primeira menstruação, normalmente, têm secreção vaginal mínima, como resultado de menores níveis de estrogênio.

Em mulheres que estão na pré-menopausa, é normal ter um pouco de secreção, um muco espesso e inodoro, diariamente. No entanto, a quantidade e consistência da descarga variam de uma para outra, assim como a quantidade, que também pode variar em diferentes momentos durante o ciclo menstrual. Pode tornar-se mais perceptível em certos momentos, como na gravidez, com o uso de pílulas anticoncepcionais / adesivos / anel vaginal, perto da ovulação e, ainda, na semana antes do período menstrual.

Normalmente, a secreção vaginal contém células epiteliais, bactérias, muco e fluido produzido pela vagina e colo do útero. Uma descarga normal, muitas vezes, tem um ligeiro odor e pode causar uma ligeira irritação da vulva. Esta descarga ajuda a proteger o trato genital e urinário contra infecções e proporciona lubrificação dos tecidos vaginais para as relações sexuais.

Quando procurar ajuda médica

Ter secreção vaginal é comum e normal. No entanto, diante dos seguintes sintomas, o corrimento vaginal não é normal e deve ser avaliado pela ginecologista:

- Coceira na vulva e entrada da vaginal

- Vermelhidão, ardor, dor ou inchaço da pele vulvar

- Coloração amarela-esverdeada, cinza ou que lembre nata de leite

- Mau cheiro

- Presença de sangue fora do período menstrual

- Dor durante o coito ou micção

- Dor abdominal ou pélvica

Causas
As causas mais comuns de corrimento vaginal incluem:

- Infecção vaginal (causada por fungos ou infecção bacteriana)

- Reação do organismo a corpo estranho (como um tampão ou preservativo esquecido) ou substância (tais como espermicida)

- Alterações que ocorrem após a menopausa podem causar secura vaginal, especialmente durante o sexo, bem como um corrimento aquoso ou outros sintomas.
 
Exame clínico
Não é possível saber se o corrimento vaginal é normal ou não com certeza sem um exame ginecológico. Um exame físico é a maneira mais exata de determinar a causa do corrimento vaginal anormal. Não inicie o tratamento em casa antes de ser examinada pela ginecologista, pois o tratamento por conta própria pode tornar mais difícil fazer um diagnóstico preciso.

Antes do exame, a médica pode fazer perguntas, tais como:

- Você tem dor nas costas, abdome ou pelve?

- Você tem um novo parceiro sexual?

- Quando foi sua última menstruação?

- Você toma algum medicamento?

- Esteve recentemente utilizando duchas íntimas ou algum outro produto na região íntima?

Durante o exame, a médica vai examinar toda a área externa genital e irá realizar um exame interno, em pacientes que já não são mais virgens, com um aparelho chamado espéculo vaginal ("bico de pato").

Tratamento
Em alguns casos, é possível fazer um diagnóstico e iniciar o tratamento imediatamente, com base no exame. Em outros casos, pode ser necessário realizar alguns exames antes do tratamento, que pode ser por meio de comprimidos, cremes ou óvulos vaginais. A duração do tratamento depende do tipo de corrimento e da gravidade.

Os parceiros sexuais de mulheres com uma infecção transmitida sexualmente, como a clamídia, gonorréia ou trichomoníase, devem receber tratamento concomitante. Para outras infecções, como fungos (candidíase) ou vaginose bacteriana, o parceiro sexual não precisa, necessariamente, de tratamento. Se for necessário, você deve evitar ter relações sexuais até que ele seja concluído.

Muitas mulheres preferem não visitar a médica. No entanto, o auto-tratamento pode retardar o diagnóstico correto, ser oneroso, ou até mesmo causar sintomas piores. Na maioria dos casos, um exame físico deve ser realizado antes de qualquer tratamento. Em particular, você não deve realizar duchas vaginais para se livrar dessa secreção porque pode piorar o quadro.

As mulheres que desenvolvem infecções bacterianas ou por fungos de repetição frequentemente podem ser aconselhadas pela ginecologista a usar um tratamento preventivo.

Hábitos

Corrimento vaginal anormal pode ser mais propenso a se desenvolver em mulheres que tem certos hábitos, tais como:

- Duchas vaginais

- Absorventes íntimos diários

- Desodorantes íntimos, lenços umedecidos

- Banhos de banheira frequentes e outros produtos de banho muito perfumados e coloridos

- Roupas sintéticas e apertadas

Práticas saudáveis incluem:

- Higiene com água morna e sabonete próprio para lavar genitália, usando apenas as mãos, sem buchas.

- Uso de calcinhas de algodão, evitando as de lycra

- Evitar o uso de lenços umedecidos ou papel higiênico perfumado e colorido.
 
Fonte Minha Vida

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