Agendar consulta com antecedência e levar histórico familiar ajudam no diagnóstico
É muito comum pensarmos que uma visita de rotina ao médico ou mesmo uma consulta para checar alguns sintomas não é grande coisa, que basta chegar ao consultório e dizer o que está sentindo para que o médico faça o diagnóstico. No entanto, o paciente pode adotar uma série de atitudes que não só facilitam a consulta médica, como também ajudam o médico a chegar a um diagnóstico mais preciso e evitar a prescrição de remédios ou tratamentos que atrapalhem o tratamento.
Veja as dicas dos especialistas e saiba o que levar na próxima consulta:
Marcar a consulta com antecedência é necessário quando a agenda do médico é muito cheia, o que é muito comum. "Deixar para agendar uma consulta de última hora pode atrasar um diagnóstico e até mesmo um tratamento eficaz", diz o clínico geral Flávio Arruda, do Hospital Alvorada Brasília.
Assim como é preciso agendar uma consulta com antecedência, é importante chegar ao consultório pelo menos 10 minutos antes do horário marcado. "Esses minutos ficam reservados para o paciente falar ao atendente do consultório, hospital ou centro médico seus dados pessoais e do convênio, para que seja feito o prontuário", explica Flávio Arruda. Ele diz que esses 10 minutos evitam que a sua consulta atrase, atrasando a entrada de todos os outros pacientes.
Para uma consulta médica, é importante sempre levar os exames já realizados, pois facilita e orienta melhor o médico em relação ao diagnóstico. "Além disso, evita que o médico solicite novamente exames que já foram realizados, o que facilita tanto o paciente quanto a operadora de saúde", explica o clínico geral Flávio.
De acordo com o hematologista Sandro Melim, do laboratório Pasteur, em Brasília, é de suma importância o paciente levar uma lista com todas as medicações que ele faz uso, juntamente com a dosagem. "Isso ajuda o médico a avaliar se é preciso ajustar a dose, suspender ou adicionar à rotina do paciente determinado remédio", diz. Outra vantagem de levar a lista é avaliar as drogas que não podem ser prescritas juntas, pois uma pode alterar o efeito da outra.
Diabetes, hipertensão, alguns tipos de câncer - como o de mama e o de intestino - e outras doenças têm uma alta incidência em pessoas com histórico familiar. "Por esse motivo, deve-se sempre informar ao médico qualquer ocorrência de doenças na família, principalmente em parentes de primeiro grau, pois os riscos de a pessoa apresentar a doença são maiores", explica o clínico geral Flávio.
Assim como o histórico familiar, o histórico particular também é importante para que o médico possa analisar melhor o paciente. Você deve sempre contar se tem qualquer doença crônica ou alergia. "A partir dessas informações e do exame físico completo é que se inicia a formação de uma hipótese diagnóstica", afirma Sandro Melim.
Além disso, algumas doenças aparecem com sintomas isolados ao longo de anos. "Por isso, é importante que o médico saiba de todos os problemas que a pessoa já tenha apresentado, como fraturas, anemias, infecções e outros", completa o hematologista. Notificar sobre alguma alergia também é importante para que o médico faça a prescrição do medicamento mais adequado.
Além disso, algumas doenças aparecem com sintomas isolados ao longo de anos. "Por isso, é importante que o médico saiba de todos os problemas que a pessoa já tenha apresentado, como fraturas, anemias, infecções e outros", completa o hematologista. Notificar sobre alguma alergia também é importante para que o médico faça a prescrição do medicamento mais adequado.
O paciente deve sempre ir com roupas confortáveis e que sejam fáceis de retirar, caso seja necessário trocá-las ou tirar alguma peça para realizar algum exame. "Além disso, o uso de alguns tecidos ou roupas muito apertadas pode dificultar e até mesmo alterar o resultado de alguns procedimentos, como aferir (medir) a pressão", diz o clínico geral Flávio.
Pacientes idosos e menores de idade devem sempre ir à consulta com algum responsável, pois estes podem não ter o discernimento ou conhecimento para seguir as orientações do médico. "Nos outros casos, a escolha de um acompanhante fica a critério do paciente, não devendo ser mais de um, para não atrapalhar a consulta", diz Flávio Arruda.
Fazer uma lista dos sintomas que você tem facilita muito o diagnóstico médico. Segundo Flávio Arruda, nessa lista deve estar a data aproximada de quando os sintomas começaram; a localização da dor, se for o caso; fatores que causam, agravam e aliviam os sintomas; tempo de duração das sensações e fatores associados ao sintoma. "Se o paciente souber todas essas informações, a consulta médica ficará muito mais completa", afirma o clínico geral.
Nunca devemos esconder nada do médico, mesmo que a informação pareça pouco importante. "Qualquer informação pode alterar por completo o diagnóstico e levar o médico a acreditar que está fazendo o melhor para o paciente, quando na verdade pode piorar ainda mais o problema", explica Sandro Melim. O especialista lembra que existe o sigilo médico-paciente que é inviolável - todas as informações passadas ao médico não sairão do consultório.
"O paciente não deve sair com dúvida do consultório em hipótese alguma, por mais boba ou insignificante que essa dúvida possa parecer", explica Sandro Melim. O especialista afirma que sempre deve ficar claro para o paciente o seu diagnóstico e o tratamento para que ele possa entender qual é a gravidade de sua doença e como deve proceder. "Caso o paciente saia de lá com uma receita médica, ele deve se certificar de que entendeu o nome do medicamento e quais são as dosagens, para não haver confusão", completa.
Fonte Minha Vida
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