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domingo, 30 de junho de 2013

58% dos hospitais públicos de SP têm macas no corredor

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Foto: Reprodução da internet
Falta de classificação de prioridade e risco em prontos-socorros resultam em superlotação
 
Macas nos corredores, dificuldade para transferir pacientes, equipes médicas incompletas e falta de materiais básicos. Esse foi o cenário encontrado pelo Cremesp (Conselho Regional de Medicina de SP) na maioria dos prontos-socorros públicos vistoriados pelo órgão no Estado.
 
Uma força-tarefa do conselho visitou no começo do ano 71 hospitais em São Paulo, geridos por municípios, Estado, entidades filantrópicas (como Santas Casas) e entidades privadas conveniadas (como Organizações Sociais) e detectou que 58% deles tinha macas nos corredores.
 
Segundo os conselheiros, durante a visita foi detectada a existência de pacientes que já esperavam havia dias nessa situação. "A superlotação dos hospitais leva as pessoas a ficarem até cinco dias em uma maca no corredor", afirmou Renato Azevedo Júnior, presidente do conselho.
 
O problema mais comum, no entanto, foi a dificuldade de encaminhar pacientes para serviços de referência (hospitais mais especializados), o que é importante, principalmente para casos mais graves. Isso foi verificado em seis de cada dez hospitais visitados.
 
As visitas, feitas entre fevereiro e abril deste ano, também apontaram que em 59% das salas de emergência faltava algum tipo de material básico e que 28% dessas salas não têm estrutura adequada para o atendimento. Em cinco de cada dez hospitais não havia médicos chefes de plantão.
 
Além disso, 32% dos prontos-socorros visitados não fazem classificação de risco, em que se prioriza os atendimentos mais graves. Desta forma, pacientes em situação mais crítica, que deveriam ser atendidos com urgência, acabam esperando mais tempo do que deveriam, diz o conselho.
 
Campanha
Os dados vão subsidiar uma campanha que começa a ser feita hoje pelo Cremesp, com cartazes e inserções em rádios e emissoras de TV.
 
O material pretende alertar a população e as autoridades para o problema dos prontos-socorros públicos no Estado, explicam os conselheiros.
 
"É um grave problema de saúde pública, que diz respeito ao Ministério da Saúde, às prefeituras e ao governo do Estado", afirma Azevedo. "O financiamento para a saúde pública não é adequado", diz.
 
Fonte Folhapress

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