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segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Medicamento para hemofilia será produzido no Brasil

A implementação de um medicamento de alta tecnologia utilizado para o controle de sangramentos em pacientes com Hemofilia A foi oficialmente divulgada
 
Atualmente o SUS já distribui o Fator VIII plasmático (feito à partir de plasma humano), e com a incorporação da nova tecnologia, passará a distribuir também o Fator VIII recombinante, feito à partir de tecnologia de engenharia genética (independente de doação de sangue).
 
Para a presidente da FBH (Federação Brasileira de Hemofilia), Tânia Maria Onzi Pietrobelli, a transferência de tecnologia utilizada para a produção do medicamento é um grande avanço para o tratamento das pessoas com hemofilia A. "O fator recombinante vai suprir a demanda de fator VIII necessária para garantir os tratamentos de profilaxias primária, secundária, imunotolerância e aumento da Dose Domicilar implantados pelo Ministério da Saúde, pois o material utilizado não depende ou não é dependente de doações de sangue", destacou. 
 
O Fator Recombinante é a tecnologia mais avançada do mundo, utilizada na maioria dos países europeus e nos Estados Unidos. "A produção do recombinante simboliza o marco da grande mudança do tratamento da hemofilia no Brasil. Passamos do tratamento de sobrevivência (tratamento por demanda) para a tão sonhada prevenção, o tratamento profilático", enfatiza a vice-presidente da FBH, Mariana Battazza Freire.
 
Doença
A hemofilia é uma doença hemorrágica, de herança genética que, se não tratada preventivamente (profilaxia), leva à perda de mobilidade do paciente. Traumas - até os mais leves que ocorrem na vida de qualquer criança - podem causar hemorragias graves e que ameaçam a vida ou causam sequelas nos pacientes sem a profilaxia.
 
Atualmente, 16 mil hemofílicos são assistidos pelo SUS, 11 mil deles com hemofilia A e B. Desse total, 3,5 mil são portadores da forma grave da doença, caracterizada por sangramentos em uma mesma articulação, que pode levar ao dano articular e em alguns casos à invalidez, segundo informações do Ministério da Saúde. Para evitar este  dano articular irreversível e a invalidez, a FBH lutou para conquistar junto ao MS o tratamento de profilaxia, que consiste na aplicação do fator coagulante, 2 ou 3 vezes por semana, antes da ocorrência da hemorragia.

Labor News

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