O mundo evoluiu, a expectativa de vida aumentou, mas algumas regras do corpo humano ainda são as mesmas dos tempos paleolíticos. Uma delas, inclusive, tem a ver com o ciclo reprodutivo da mulher, que começa a decair após os 35 anos mais ou menos. As células que geraram todos os óvulos já nascem com elas, ou seja, elas vão envelhecendo com o tempo, o que aumenta as chances de problemas. "Além disso, com a idade avançada há alterações do metabolismo, sistema imunológico, e do preparo do organismo para uma gestação, podendo assim desenvolver complicações", explica a ginecologista e obstetra Erica Mantelli.
Mas isso não quer dizer que você não possa mais ser mãe depois dessa idade. Ter qualidade de vida melhora muito as chances de uma gravidez tranquila e feliz, em qualquer idade. "Mulheres acima de 35 anos, que são saudáveis, praticam atividade física, mantêm alimentação equilibrada e fazem acompanhamento médico rigoroso conseguem amenizar alguns riscos", diferencia a especialista.
Por outro lado, ter filhos após essa idade está se tornando cada vez mais comum. "Há 20 anos 5% das grávidas tinham idade superior a 35 anos, hoje esse número chega a 20% em grandes capitais", contextualiza o ginecologista e obstetra Sang Cha, professor livre-docente da Universidade de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonagrafia. E se esse é o seu caso, não precisa então se desesperar.
Mas isso não quer dizer que você não possa mais ser mãe depois dessa idade. Ter qualidade de vida melhora muito as chances de uma gravidez tranquila e feliz, em qualquer idade. "Mulheres acima de 35 anos, que são saudáveis, praticam atividade física, mantêm alimentação equilibrada e fazem acompanhamento médico rigoroso conseguem amenizar alguns riscos", diferencia a especialista.
Por outro lado, ter filhos após essa idade está se tornando cada vez mais comum. "Há 20 anos 5% das grávidas tinham idade superior a 35 anos, hoje esse número chega a 20% em grandes capitais", contextualiza o ginecologista e obstetra Sang Cha, professor livre-docente da Universidade de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonagrafia. E se esse é o seu caso, não precisa então se desesperar.
Avalie a seguir os principais riscos da sua gestação e veja como é possível evitá-los ou minimizá-los:
Hipertensão e pré-eclâmpsia
Os quadros são um pouco diferentes, mas envolvem um problema comum: a pressão arterial elevada, o que traz uma série de riscos à mamãe e ao bebê . E tanto a hipertensão quanto a pré-eclâmpsia são de duas a três vezes mais incidentes na gravidez após os 35 anos. "Existe o envelhecimento do útero, a placenta não desenvolve adequadamente, e assim ela libera substâncias que acabam induzindo a hipertensão ", ensina o ginecologista e obstetra Sang Cha, professor livre-docente da Universidade de São Paulo e vice-presidente da Sociedade Brasileira de Ultrassonagrafia. Mais especificamente, essas substâncias agem na camada interna das veias, o endotélio, fazendo com que ele se endureça e necessitando que o sangue seja bombeado com mais força para circular com a velocidade necessária.
Como prevenir: Apesar da predisposição biológica, o estilo de vida está muito relacionado à gestação: "Alimentação saudável, com baixo teor de sódio, praticar atividade física , controlar ganho de peso e cuidar da saúde auxiliam sim", considera a obstetra Erica Mantelli. Mesmo assim, essas intercorrências podem aparecer, principalmente a pré-eclâmpsia, que não tem uma causa já definida. Por isso, o acompanhamento constante do obstetra nas primeiras semanas de gravidez é o que indica a maior parte dos riscos, não importa a idade da gestante.
Como prevenir: Apesar da predisposição biológica, o estilo de vida está muito relacionado à gestação: "Alimentação saudável, com baixo teor de sódio, praticar atividade física , controlar ganho de peso e cuidar da saúde auxiliam sim", considera a obstetra Erica Mantelli. Mesmo assim, essas intercorrências podem aparecer, principalmente a pré-eclâmpsia, que não tem uma causa já definida. Por isso, o acompanhamento constante do obstetra nas primeiras semanas de gravidez é o que indica a maior parte dos riscos, não importa a idade da gestante.
Diabetes gestacional
A alta do açúcar no sangue é muito mais comum em gestantes acima dos 35 anos, cerca de duas a três vezes mais. Isso ocorre porque a resistência ao hormônio insulina aumenta com idade - esse quadro ocorre quando as células precisam muito desse hormônio para absorver uma mesma quantidade de glicose, o que em longo prazo favorece o diabetes. "Isso coincide com a gravidez, em que uma série de hormônios é aumentada, como a insulina, o que favorece a diabetes gestacional", considera Sang Cha.
Como prevenir: Mais uma vez cuidar do peso e da alimentação, aumentar a quantidade de atividade física e cuidados redobrados no pré-natal auxiliam a saúde da gestante e previnem esse risco. Porém, o ideal é que, além de cortar o sódio, reduza-se também a ingestão de carboidratos simples e açúcar, aumentando o número de alimentos integrais e com carboidratos complexos.
Como prevenir: Mais uma vez cuidar do peso e da alimentação, aumentar a quantidade de atividade física e cuidados redobrados no pré-natal auxiliam a saúde da gestante e previnem esse risco. Porém, o ideal é que, além de cortar o sódio, reduza-se também a ingestão de carboidratos simples e açúcar, aumentando o número de alimentos integrais e com carboidratos complexos.
Baixo crescimento fetal
O estilo de vida atual influencia na saúde da gestante e nesse problema, que é de duas a três vezes mais incidente em gestantes mais velhas. "Hoje é comum que os bebês cresçam pouco, já que as mulheres têm empregos de alto comando, trabalhos estressante, não comem bem, não descansam, trabalham até o fim da gestação e isso interfere na nutrição do feto", considera Sang Cha. O problema é que crianças que nascem abaixo do peso têm maiores chances de ter doenças cardiovasculares, diabetes, câncer e deficiências no aprendizado.
Como prevenir: Durante o pré-natal o obstetra vai acompanhando o crescimento do bebê através do peso da gestante, além das ultrassonografias. Caso ele note que a criança está crescendo pouco, ele certamente irá recomendar repouso. Mas para evitar esse problema, vale a pena pegar mais leve durante a gestação. "Outras atividades desviam fluxo de nutrientes e sangue do bebê", alerta o especialista.
Como prevenir: Durante o pré-natal o obstetra vai acompanhando o crescimento do bebê através do peso da gestante, além das ultrassonografias. Caso ele note que a criança está crescendo pouco, ele certamente irá recomendar repouso. Mas para evitar esse problema, vale a pena pegar mais leve durante a gestação. "Outras atividades desviam fluxo de nutrientes e sangue do bebê", alerta o especialista.
Anomalias genéticas
A mulher já nasce com todas as células que geraram seus óvulos, o que faz com que elas envelheçam com o passar do tempo. O problema é que células mais velhas podem ter maiores problemas de divisão celular, o que pode resultar em óvulos com cromossomos a mais ou a menos. Como o código genético determina todo o funcionamento do nosso corpo, isso pode acarretar em bebês com alterações. "Existem diversas síndromes causadas por alterações genéticas, e a Síndrome de Down é a mais conhecida. Mas existem outros como Síndrome de Turner, Distrofia Muscular de Duchenne, Fibrose Cística, Fenilcetonúria...", enumera Erica Mantelli. Outro problema comum causado pelas falhas genéticas é o aborto espontâneo ou nascimento de crianças com mal-formações.
Como prevenir: Engravidar mais cedo é a forma mais eficaz de reduzir os riscos desse problema. Porém, planejar uma gravidez tardia pode ajudar, e muito! Primeiro por que é possível fazer a criopreservação dos óvulos, garantindo que eles não envelheçam com você e tenham menos chances de terem problemas na divisão celular. Se esse não for o caso, a fertilização in vitro permite que um exame complementar que verifica se o embrião tem algum problema em seu DNA, o diagnóstico genético pré-implantação. Mas, infelizmente, isso envolve custos mais altos.
Como prevenir: Engravidar mais cedo é a forma mais eficaz de reduzir os riscos desse problema. Porém, planejar uma gravidez tardia pode ajudar, e muito! Primeiro por que é possível fazer a criopreservação dos óvulos, garantindo que eles não envelheçam com você e tenham menos chances de terem problemas na divisão celular. Se esse não for o caso, a fertilização in vitro permite que um exame complementar que verifica se o embrião tem algum problema em seu DNA, o diagnóstico genético pré-implantação. Mas, infelizmente, isso envolve custos mais altos.
Placenta prévia
Essa condição ocorre quando a placenta está localizada no colo do útero, quando ela deveria estar ao fundo desse órgão. "Quando a placenta recobre o colo do útero, pode causar sangramento intensos e não permite o parto normal", explica Sang Cha. O problema é mais comum em gestantes mais velhas, mas principalmente aquelas que já tiveram outros filhos em partos cesarianas. Mas, no geral, acomete apenas 1% das gestantes.
Como prevenir: Não é sempre possível evitar o problema, apesar de uma forma de reduzi-lo seria com a realização de partos cesariana apenas quando houver real necessidade. Porém, a melhor forma de evitar problemas é o diagnóstico precoce. "Hoje com ultrassom se diagnostica isso até terceiro ou quarto mês", considera o especialista. Tendo detectado é possível prevenir umparto prematuro , evitando relações sexuais e atividades físicas de alto impacto.
Como prevenir: Não é sempre possível evitar o problema, apesar de uma forma de reduzi-lo seria com a realização de partos cesariana apenas quando houver real necessidade. Porém, a melhor forma de evitar problemas é o diagnóstico precoce. "Hoje com ultrassom se diagnostica isso até terceiro ou quarto mês", considera o especialista. Tendo detectado é possível prevenir um
Parto prematuro
Partos prematuros não são exclusividade das gestantes mais velhas: sua incidência também é alta em mães adolescentes. Mas no caso das mulheres com mais de 35 anos, sua ocorrência se deve principalmente, à quantidade de outros riscos que encontramos nessa gestação. "Depois dos 35 anos o útero está envelhecido e tem problemas, o que facilita o parto prematuro. Ele normalmente é uma manifestação de um ambiente biológico inadequado - hipertensão e diabetes pode causar um parto precoce, por exemplo", contextualiza Sang Cha.
Como prevenir: De acordo com o especialista, 95% dos partos prematuros poderiam ser evitados com um pré-natal adequado, identificando condições de risco como diabetes gestacional, hipertensão ou pré-eclâmpsia.
Como prevenir: De acordo com o especialista, 95% dos partos prematuros poderiam ser evitados com um pré-natal adequado, identificando condições de risco como diabetes gestacional, hipertensão ou pré-eclâmpsia.
Distócia funcional
O envelhecimento do útero também atrapalha o desenvolvimento do trabalho de parto, a chamada distócia funcional, que tem o dobro de incidência em mulheres após os 35 anos. Além disso, como a incidência de outros problemas é comum nessa faixa etária, muitas vezes é preciso antecipar o parto.
"As distócias nessa idade se devem principalmente se o parto foi induzido, ou seja, não se iniciou espontaneamente", considera a obstetra Erica. Mas existem outras causas: "também ocorre por alterações na pelve, problemas posturais, histórico de cirurgias pélvicas, presença de mioma ou cistos", completa a especialista.
Como prevenir: A prevenção desse problema está essencialmente no trabalho do médico, ao usar a medicação certa, mudar a posição da gestante constantemente, dar suporte psicológico e controlar a dor de forma correta, com anestesias e outras medidas.
Como prevenir: A prevenção desse problema está essencialmente no trabalho do médico, ao usar a medicação certa, mudar a posição da gestante constantemente, dar suporte psicológico e controlar a dor de forma correta, com anestesias e outras medidas.
Minha Vida
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