O Ministério da Saúde informou ontem (14) que a coordenação do Programa Mais
Médicos no Rio Grande do Sul instaurou processo para apurar a situação do médico
cubano Luis Enrique Rodriguez, após receber ofício da Secretaria de Saúde de
Bento Gonçalves informando que o profissional estava tendo problemas em se
comunicar com os pacientes.
A dificuldade em falar o português provocou o
afastamento do médico cubano da unidade básica de saúde de Bento Gonçalves, de
acordo com o coordenador médico da secretaria de saúde do município, Marco
Antônio Ebert. O profissional está afastado do trabalho há 15 dias enquanto
aguarda decisão da supervisão do Mais Médicos.
“Observamos uma necessidade de maior aprimoramento da língua para haver uma
boa relação médico-paciente e para que todos os procedimentos e condutas
pudessem ser registrados em prontuário”, explicou Ebert.
O médico cubano trabalhou por cerca de dois meses no município e os agentes
de saúde verificaram que os pacientes da região onde o médico atuava estavam
procurando atendimento em outras unidades de saúde, explicou o coordenador.
“Nesses dias, ele tentou se familiarizar com a língua portuguesa e um dos
problemas é que a altura da voz estava elevada. Ele também estava se
familiarizando com protocolos clínicos que são um pouco diferentes dos cubanos”,
relatou.
O município de Bento Gonçalves recebeu dois profissionais do Mais Médicos, o
cubano e uma brasileira, e solicitou mais quatro. Marco Antônio Ebert diz não
ver problema em receber outros médicos cubanos por meio do programa.
Agência Brasil
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