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segunda-feira, 3 de março de 2014

Pesquisadores buscam causas e tratamentos contra coceira crônica

Jeremy M. Lange / The New York T
Diagnóstico. Joshua Riegel, 18, chegou a ser medicado com
antidepressivos até descobrirem a causa real da coceira
Médicos avaliam questão como um sério debilitante que deve ser estudado
 
Nova York, EUA - Em um experimento, voluntários foram levados a ter uma vontade louca de coçar o braço, mas não podiam coçar. Depois foram levados a um aparelho de ressonância magnética para ver quais partes dos cérebros estavam acesas enquanto tinham coceira, quando os pesquisadores os coçavam e finalmente quando puderam se coçar. A questão científica era: por que é tão bom coçar?
 
“É muito intrigante ver quantos centros cerebrais são ativados”, disse o doutor Gil Yosipovitch, chefe de Dermatologia da Faculdade de Medicina da Universidade Temple e diretor do Centro Temple para Coceira, nos Estados Unidos.
 
A comichão e o coçar acionam áreas cerebrais envolvidas não somente com a sensação, mas também em processos mentais que ajudam a explicar por que nós adoramos coçar: motivação e recompensa, prazer, desejo e até mesmo vício. Quando surge uma coceira, uma coçada a interrompe – e coçar a si mesmo é melhor.
 
A coceira sempre foi obscurecida pela dor tanto na pesquisa quanto no tratamento, e ela era até mesmo considerada uma forma branda de dor. Porém, milhões de pessoas sofrem de comichão. A pesquisa descobriu nervos, moléculas e receptores celulares específicos para a coceira e os separou da dor, e a profissão médica começou a levá-la a sério como um problema debilitante que merece ser estudado e tratado.
 
“A coceira está agora onde a dor provavelmente estava 20 anos atrás”, disse a dermatologista Lynn Cornelius, da Faculdade de Medicina da Universidade Washington. “Ela costumava ficar embolada junto com a dor”.
 
Agora existe mais interesse na comichão e em classificar seus diferentes tipos, e mais dinheiro de pesquisa sendo gasto com o tema. Nas pessoas, existem tipos de diferentes de coceira. O mais familiar, causado por picadas de mosquito ou urticária, ocorre quando células na pele liberam histamina, levando os nervos da pele a enviar sinais à medula espinhal e ao cérebro. Comprimidos ou cremes anti-histamínicos costumam propiciar alívio.
 
Todavia, os anti-histamínicos nem sempre auxiliam pessoas com coceira crônica, que pode ser causada por doenças de pele, como eczema ou psoríase, insuficiência renal ou hepática, pele seca, hipertireoidismo, certos tipos de câncer e nervos comprimidos ou machucados. E a coceira da psoríase quase certamente tem um mecanismo diferente daquela causada por um nervo comprimido.
 
“É uma área muito em alta. É um problema clínico enorme e um mercado enorme não atendido”, disse Lynn.
 
O Tempo

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