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Hipertensão contribui para cerca de 9,4 milhões de mortes por
doenças cardiovasculares a cada ano
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Um estudo realizado com 208 ingleses em tratamento para a pressão alta mostrou que 25% não tomavam os medicamentos adequadamente.
A hipertensão é uma das principais causa de morte prematura por doenças cardíacas e AVC. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela contribui para cerca de 9,4 milhões de mortes por doenças cardiovasculares a cada ano no mundo.
A hipertensão é uma das principais causa de morte prematura por doenças cardíacas e AVC. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, ela contribui para cerca de 9,4 milhões de mortes por doenças cardiovasculares a cada ano no mundo.
Bryan Willians, professor de medicina da University College London e autor do estudo, afirma que a baixa adesão dos pacientes ao tratamento é um fator importante para o baixo controle da pressão arterial. “Vimos no nosso estudo que muitos dos pacientes rotulados como tendo ‘hipertensão resistente', na verdade apresentam resistência em tomar a medicação”, disse.
No estudo, exames simples de urina delataram aqueles que não estavam seguindo o tratamento adequadamente. Entre os que não tomavam nenhuma medicação, um quarto havia se submetido à denervação renal, procedimento invasivo e caro que tenta tratar a hipertensão resistente. “Nosso trabalho mostra que muitos dos pacientes que fizeram este procedimento realmente não têm hipertensão resistente, a única razão pela qual a sua pressão arterial não é controlada é que eles não tomam seus medicamentos regularmente”, disse.
Ele afirma que ainda não se sabe o que leva as pessoas a desprezarem o tratamento, mas ele acredita que haja uma relação com o fato de o tratamento ser de longo prazo.
“A razão não é clara, mas um dos problemas é que a pressão arterial elevada não tem sintomas e o paciente muitas vezes se sente bem mesmo assim. Logo eles não conseguem entender o porquê de tanto medicamento mesmo havendo um risco de morte enorme”, afirma.
“A razão não é clara, mas um dos problemas é que a pressão arterial elevada não tem sintomas e o paciente muitas vezes se sente bem mesmo assim. Logo eles não conseguem entender o porquê de tanto medicamento mesmo havendo um risco de morte enorme”, afirma.
Willians ressalta que o estudo realizado na cidade de Leicester não deve ser replicado para todo o mundo. Mesmo assim, afirma que é possível considerar a tendência mundial de baixa adesão aos remédios entre os pacientes com hipertensão.
“Não sei se precisamos configurar este teste em todo o mundo. Acredito que a utilidade deste estudo esteja na mensagem clara dada aos médicos de que eles devem considerar a possibilidade de que o paciente não está tomando sua medicação, antes de sugerir procedimentos e testes mais caros”.
“Não sei se precisamos configurar este teste em todo o mundo. Acredito que a utilidade deste estudo esteja na mensagem clara dada aos médicos de que eles devem considerar a possibilidade de que o paciente não está tomando sua medicação, antes de sugerir procedimentos e testes mais caros”.
iG
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