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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Cérebro humano atinge máximo desempenho até os 24 anos


Cérebro humano atinge máximo desempenho até os 24 anos Misha Chisens/Stock.Xchng/Divulgação
Foto: Misha Chisens / Stock.Xchng/Divulgação
Embora mais lentos, participantes mais velhos desenvolveram
outras estratégias para compensar a perda da velocidade
 motora e cognitiva
Pesquisa constatou que declínio cognitivo começa bem antes dos 50
 
Se você estiver com mais de 24 anos, já atingiu seu pico em termos de desempenho motor e cognitivo, de acordo com um novo estudo da Universidade Simon Fraser, no Canadá. A equipe investigou quando começamos a experimentar um declínio relacionado à idade em nossas habilidades motoras e cognitivas e como podemos compensar isso.
 
Os pesquisadores analisaram os registros de desempenho de 3.305 jogadores de Star Craft 2 com idades entre 16 a 44 anos. Este é um jogo de computador competitivo de guerra e intergaláctico. Seus dados representam milhares de horas de movimentos estratégicos baseados em ações cognitivas em tempo real e realizados a partir de diferentes habilidades.
 
Os cientistas avaliaram, dentro do significado das informações, como os participantes reagiram aos seus adversários e, mais importante, o tempo que levaram para reagir.
 
— Os voluntários com 24 anos ou mais mostraram desaceleração em uma medida de velocidade cognitiva que é conhecida pela sua importância para o desempenho. Esta diminuição da cognição está presente mesmo em níveis mais altos de habilidade — explica o autor Joe Thompson.
 
No entanto, os jogadores mais velhos, embora mais lentos, parecem compensar empregando estratégias mais simples e usando a interface do jogo de forma mais eficiente do que os mais jovens. Isso os permitiria manter a sua habilidade, apesar das perdas de velocidade motora e cognitiva. Os mais velhos usavam, por exemplo, atalhos e teclas de comando sofisticados mais facilmente para compensar a velocidade de declínio na execução de decisões em tempo real.
 
— As evidências sugerem que as nossas capacidades cognitivo-motoras não são estáveis em toda a nossa vida adulta, mas estão em movimento constante, e que o nosso desempenho no dia-a-dia é o resultado da interação constante entre a mudança e a adaptação — esclarece Thompson.
 
O autor diz ainda que o estudo não nos informa sobre como o nosso mundo cada vez mais informatizado pode vir a afetar os nossos comportamentos adaptativos para compensar a queda nas habilidades motoras e cognitivas.
 
Zero Hora

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