Um estudo desenvolvido pela Cancer Research UK mostrou que quase 40% dos casos de câncer de pâncreas
- uma das formas mais mortais de câncer - poderiam ser evitados com
bons hábitos de vida, tais como não fumar e manter o peso ideal. Os
resultados foram publicados no British Journal of Cancer.
Por ser difícil de diagnosticar precocemente e sem comportamento agressivo, o câncer de pâncreas tem altas taxas de mortalidade. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes pelo problema.
Enquanto mais pesquisas são necessárias para encontrar melhores formas de diagnosticar e tratar a doença, há evidências sugerindo que alguns tipos de câncer de pâncreas estão ligados ao excesso de peso e tabagismo - e quase quatro em cada 10 poderiam ser evitados por mudanças nesses hábitos.
A equipe analisou os casos de câncer de pâncreas que ocorreram no Reino Unido em 2010 e relacionaram com 14 fatores de risco ambiental para o tumor:
- Álcool
Por ser difícil de diagnosticar precocemente e sem comportamento agressivo, o câncer de pâncreas tem altas taxas de mortalidade. No Brasil, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é responsável por cerca de 2% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 4% do total de mortes pelo problema.
Enquanto mais pesquisas são necessárias para encontrar melhores formas de diagnosticar e tratar a doença, há evidências sugerindo que alguns tipos de câncer de pâncreas estão ligados ao excesso de peso e tabagismo - e quase quatro em cada 10 poderiam ser evitados por mudanças nesses hábitos.
A equipe analisou os casos de câncer de pâncreas que ocorreram no Reino Unido em 2010 e relacionaram com 14 fatores de risco ambiental para o tumor:
- Álcool
- Amamentação
- Exposição a hormônios exógenos
- Ingestão de fibras
- Ingestão de frutas e legumes
- Infecções
- Ambiente de trabalho
- Excesso de peso e obesidade
- Atividade física
- Exposição à radiação
- Ingestão de carne vermelha e processada
- Ingestão de sal
- Exposição à luz solar
- Tabagismo
O tabagismo foi, de longe, o fator mais importante de risco para câncer no estudo, responsável por 28,7% de todos os casos de câncer de pâncreas, tendo relação com 31% dos casos em mulheres e 26,2% da incidência em homens. Já o excesso de peso e obesidade estavam relacionados com 12,2% de todos os casos de câncer de pâncreas no Reino Unido, sendo que 11,5% dos tumores desse tipo estavam ligados com excesso de peso em mulheres e 12,8% dos casos com homens.
Os autores afirmam que o
aparecimento do câncer depende de um conjunto complexo de fatores. Para
alguns, o estilo de vida pode ter um papel importante e deve ser levado
em conta em pacientes com histórico familiar e outros riscos para o
câncer. Eles explicam que ter consciência sobre o que ajuda na prevenção
de um câncer tão agressivo é um passo para redução de mortes pela
doença.
Adote dez passos para prevenir vários tipos de câncer
Adote dez passos para prevenir vários tipos de câncer
Segundo
o IBGE, o câncer é a segunda maior causa de mortes no Brasil - sendo
responsável por 15,6% dos óbitos -, perdendo apenas para doenças
cardiovasculares (como infarto e hipertensão). Isso se deve,
principalmente, à maior exposição aos fatores de risco, como o cigarro,
alimentação inadequada e o abuso do álcool. Em contrapartida, quem segue
uma vida mais saudável consegue prevenir-se e diminuir os riscos de ter
a doença. Para estimular a população na luta pelo controle e prevenção,
o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) lançou uma
cartilha listando os dez passos que afastam a doença. Conheça quais os
hábitos recomendados e por que eles são tão necessários para quem quer
evitar um câncer.
1. Não fume
Segundo estatísticas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), o tabagismo é
a principal causa de câncer evitável no mundo. Ao queimar o cigarro, as
consequências são sentidas não apenas por quem fuma, mas também por
todos ao seu redor. Para se ter uma ideia, 90% dos casos de câncer de
pulmão tem o cigarro como responsável - os outros 10% são decorrentes
do fumo passivo. O tabagismo também é o grande culpado por 30% da
ocorrência de outros tipos de câncer, como boca, laringe, faringe,
esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero e
leucemia.
O cigarro carrega cerca de 4720 substâncias, sendo mais de 400
delas altamente cancerígenas. Algumas delas, como o benzeno, estão
ligada ao câncer de fígado e leucemia. Já o alcatrão está diretamente
relacionado aos cânceres de pulmão, vias aéreas, brônquios e bexiga.
2. Não abuse de bebidas alcoólicas
"O álcool aumenta a chance de desenvolvimento de alguns tumores, como intestino, esôfago e fígado. Mas o que mais se nota é que ele potencializa os efeitos do tabaco", justifica o oncologista Gilberto de Castro Jr., do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp). Ele explica que, por potencializar os efeitos do cigarro, o risco de um tumor localizado nos órgãos afetados pelo fumo é muito maior.
Além disso, estudos científicos têm relacionado o abuso do álcool com outros tipos de câncer. De acordo com a Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, a quantia de 18 gramas (aproximadamente duas doses) de álcool por dia eram suficientes para aumentar significantemente o risco de desenvolver câncer de mama. Com o consumo de 50 gramas diárias, o risco aumenta em 50%. Outro estudo, este realizado pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center, especializado em pesquisas sobre câncer nos Estados Unidos, descobriu que as mesmas 50 gramas por dia, em homens, dobram as chances de desenvolver câncer de próstata.
3. Mantenha hábitos de sexo seguro. Use camisinha
Hoje, sabe-se que o papiloma vírus humano (HPV) - doença sexualmente transmissível - é o principal responsável por alguns tipos de câncer como o câncer do colo do útero, vulva, pênis e orofaringe (garganta). Por isso, a importância de praticar sexo seguro e sempre com o uso da camisinha - até mesmo para o sexo oral.
4. Proteja-se contra a hepatite
O sexo seguro também evita os vírus da hepatite B (para a qual há vacina) e da hepatite C, ambos com potencial para levar ao câncer de fígado. O uso da camisinha, além de reduzir as chances de cânceres no sistema reprodutor e orofaringe, também pode proteger seu fígado. Isso porque, explica Gilberto de Castro Jr., a hepatite B também é sexualmente transmissível. "Esse tipo de hepatite pode levar à cirrose e evoluir para um câncer do fígado", conta. No caso da hepatite C, o contágio costuma acontecer por contato sanguíneo, mas ela é igualmente um fator de risco a esse tipo de câncer.
5. Evite o consumo excessivo de açúcares, de gorduras, de carne vermelha, de porco e das processadas. Invista em uma dieta saudável, rica em verduras, legumes e frutas
O açúcar, explica o nutrólogo Roberto Navarro, não tem relação direta com os diversos tipos de câncer. No entanto, quando é consumido em excesso, faz o organismo liberar muita insulina para metaboliza-lo. "A insulina muito alta aumenta a produção de uma substância chamada citocina pró-inflamatória. Aqui, está a relação com o câncer. Quanto maior a quantidade dessa substância, maiores as chances de câncer."
Já a carne vermelha, embora traga uma série de benefícios à saúde, não deve ser consumida com abusos. Segundo o nutrólogo, ainda não se sabe certamente quais elementos das carnes vermelhas (de boi e de porco) são cancerígenas. Porém supõe-se que se trata de uma substância chamada ácido aracdônico, presente na gordura dessas carnes. Ela seria responsável por estimular a produção das citocinas pró-inflamatórias.
Em relação às frutas, legumes e verduras, elas são ricas em fibras, o que, segundo o oncologista Gilberto de Castro Jr., protege o intestino contra o câncer.
6. Evite o consumo de alimentos ricos em sódio e conservantes
Os alimentos processados - o que incluem enlatados e embutidos como mortadela, presunto, salame, mortadela, bacon e salsicha -, são ricos em uma substância chamada nitrosamina, que é cancerígena. Por isso, lembra o nutrólogo Roberto Navarro, é importante que esse tipo de alimento seja evitado ao máximo, assim como fast foods que, em geral, são ricos em processados.
Essa correlação já foi estudada pelo National Cancer Institute, nos Estados Unidos, que descobriu que os conservantes contidos nos embutidos, em especial o nitrato e o nitrito, são uma das causas do câncer de bexiga. Isso porque eles passam direto pela urina e podem interferir no tecido da bexiga, ajudando a desenvolver o câncer neste órgão.
7. Cuidado com o sol. Use filtro solar diariamente e evite a exposição entre 10h e 16h
Os raios UVA e UVB, emanados pelo sol, são os responsáveis pelas alterações celulares que levam ao câncer de pele. Por isso proteger-se do sol é algo tão importante na luta contra o câncer. Além do protetor solar - que, alerta Gilberto de Castro Jr., deve ter o mínimo de fator 20 -, é preferível tomar sol apenas antes das 10h e depois das 16h e não abrir mão de barreiras físicas, como chapéus, guarda-sol, bonés e óculos escuros.
8. Pratique atividades físicas todos os dias. A recomendação é de que o exercício tenha duração mínima de 30 minutos
A prática de atividades físicas promove um bem geral ao organismo e também protege contra o câncer. Roberto Navarro conta que isso se deve graças à capacidade, em especial de exercícios aeróbicos, de diminuir a circulação das citocinas pró-inflamatórias em nosso organismo.
Alguns estudos preveem esse benefício. Um deles, publicado no Journal of the National Cancer Institute, diz que adolescentes que praticam exercícios físicos estão mais distantes do câncer de mama. Neste caso, isso acontece porque os exercícios são capazes de reduzir os níveis de estrogênio, hormônio que tem sido relacionado ao risco de câncer.
9. Mantenha-se atento à sua saúde
Procure assistência especializada caso note qualquer anormalidade em seu corpo
Sabemos que o nosso corpo dá sinais quando algo não está certo. Isso também vale para casos de câncer. É importante que se preste atenção no corpo, pois só assim é possível notar a presença de algum caroço estranho, uma íngua, mancha na pele ou outro sinal. O oncologista do ICESP aconselha que, ao sinal de algo fora do usual, um médico seja procurado.
Sabemos que o nosso corpo dá sinais quando algo não está certo. Isso também vale para casos de câncer. É importante que se preste atenção no corpo, pois só assim é possível notar a presença de algum caroço estranho, uma íngua, mancha na pele ou outro sinal. O oncologista do ICESP aconselha que, ao sinal de algo fora do usual, um médico seja procurado.
10. Faça um check-up anual
É importante realizar todos os exames de diagnóstico precoce indicados pelo seu médico.
Existe uma série de exames que são fundamentais na hora de detectar os diversos tipos de cânceres. Entre eles, Gilberto de Castro Jr. lembra da mamografia, que deve ser feita a partir dos 50 anos para detectar o câncer de mama ou a coleta do PSA - exame de sangue que pode detectar câncer de próstata.
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