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domingo, 14 de setembro de 2014

Adolescentes que fumam maconha estão mais expostos ao fracasso escolar

Reprodução
De acordo com a revista médica The Lancet Psychiatry, oito vezes mais riscos de utilizar outras drogas posteriormente         
 
Os adolescentes que fumam regularmente maconha estão muito mais expostos ao fracasso escolar que os outros, segundo os resultados de um estudo publicados nesta quarta-feira (10/9) na revista médica The Lancet Psychiatry.

Os adolescentes de menos de 17 anos que fumam maconha todos os dias correm 60% a mais de riscos de não concluir o ensino médio do que aqueles que nunca fumaram a substância.

Além disso, aqueles que fumam diariamente têm sete vezes mais riscos de uma tentativa de cometer suicídio e oito vezes mais riscos de utilizar outras drogas posteriormente, destaca o estudo. "Estes resultados aparecem no momento oportuno, já que vários estados americanos e países da América Latina tomaram o caminho da descriminalização da maconha, o que poderia tornar mais fácil para os jovens o acesso a esta droga", afirmou Richard Mattick, da Universidade de Nova Gales do Sul (Austrália), um dos autores da pesquisa.

A maconha é a droga ilegal mais consumida no mundo. Estatísticas recentes indicam que em alguns países os jovens começam a usar a substância cada vez mais cedo. O estudo publicado na revista The Lancet tem como base dados obtidos por três pesquisas entre jovens da Austrália e Nova Zelândia.

Os cientistas tentaram traçar um paralelo da frequência do consumo de maconha entre os jovens com menos de 17 anos e seus comportamentos na vida posteriormente. Os critérios usados foram o êxito escolar, o uso de drogas ilegais, dependência da maconha, a depressão e as tentativas de suicídio.
 
Uma relação "clara e consistente" foi encontrada entre a frequência da utilização da maconha antes dos 17 anos e a maioria dos critérios citados, destaca a Lancet. Para o doutor Edmund Silins, outro autor do estudo, os resultados demonstram "de maneira evidente" que a luta contra o consumo precoce da maconha entre os jovens representa "importantes benefícios em termos sociais e de saúde".
 
Correio Braziliense

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