Os bebês têm cansaço crônico, as crianças ficam hiperativas e os adultos ganham peso. Todos — sem exceção — pagam um preço alto por não dormir. É uma hora hoje, outra no dia seguinte e mais duas na próxima semana.
Acumuladas ao longo dos meses e dos anos, fica impossível compensá-las. “Somos uma sociedade privada de sono. E pagamos por esse problema muitas vezes de uma forma que não percebemos”, alerta Aneesa Das, diretora assistente do Programa do Sono do Centro Médico da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos.
“Dependendo da idade, o sono pode afetar tudo: o peso, a pele, o coração; e levar algumas pessoas a desenvolver problemas de saúde muito graves.”
Quando um indivíduo dorme, músculos e outros tecidos do corpo são reparados. Os hormônios que controlam o crescimento, o desenvolvimento e o apetite são liberados. A energia é restabelecida e as memórias, solidificadas.
Quando um indivíduo dorme, músculos e outros tecidos do corpo são reparados. Os hormônios que controlam o crescimento, o desenvolvimento e o apetite são liberados. A energia é restabelecida e as memórias, solidificadas.
Todos esses processos justificam a necessidade da regularidade do sono. Diferentemente do imaginado, as crianças que não dormem o suficiente nem sempre ficam letárgicas, como os adultos.
Em vez disso, se tornam hiperativas e irritáveis. “Isso pode ter um impacto sério no desempenho escolar. Se não for abordado, pode até mesmo afetar o sistema imunológico, o que significa que elas ficarão doentes com mais frequência.”
Poucas horas dormidas durante a infância podem, inclusive, indicar transtornos psiquiátricos não diagnosticados.
Poucas horas dormidas durante a infância podem, inclusive, indicar transtornos psiquiátricos não diagnosticados.
Um estudo do programa de pediatria do Hospital Bradley, em Rhode Island, nos EUA, concluiu que dificuldades no sono, especialmente para adormecer, eram muito comuns em garotos e garotas que, ao longo dos anos, receberam tratamento clínico de uma grande variedade desse tipo de distúrbio.
O trabalho foi publicado na última edição da revista científica Psiquiatria Infantil e Desenvolvimento Humano.
Correio Braziliense
Correio Braziliense
Nenhum comentário:
Postar um comentário