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domingo, 28 de dezembro de 2014

Pesquisa mostra que contato materno é um poderoso remédio para os filhos

Em experimento com ratos, cientistas dos EUA constatam que a presença da genitora bloqueia a sensação de dor nos filhotes
 
O contato materno é mesmo um santo remédio. Capaz até de evitar a dor física. É o que dizem cientistas de uma instituição norte-americana.

Ao analisar as reações de filhotes de rato na presença e na ausência da genitora, eles perceberam que um grupo de genes responsáveis pela dor era menos ativo quando os bichinhos estavam acompanhados.
 
Os estudiosos acreditam que o mesmo comportamento ocorra em seres humano e que a influência da presença da mãe na atividade dessas células possa agir também no desenvolvimento do cérebro.

“Gerenciar a dor durante procedimentos médicos é um assunto de extrema importância na medicina hoje. Nosso trabalho foi projetado para entender melhor um método de redução desse problema em jovens”, explica ao Correio Regina Marie Sullivan, psiquiatra do Centro de Estudos da Criança no NYU Langone Medical Center e uma das autoras do estudo, divulgado na reunião deste ano da Sociedade de Neurociência, em Washington.
 
Os cientistas concentraram-se em reações genéticas no tecido da amígdala, estrutura cerebral responsável pelo processamento de reações como o medo e o prazer. Descobriram que pelo menos 100 genes responsáveis pela sensação de dor eram menos ativos em filhotes quando estavam perto da mãe.
 
“O que esse experimento nos mostrou é que a presença materna serve como um amortecedor do cérebro em uma resposta à dor. Pelo nosso estudo, entendemos que, quando a mãe reconforta seu bebê que tem esse desconforto, não provoca apenas uma resposta comportamental. Isso também reflete em mudanças no circuito neural geradas pela inativação de genes”, explica Sullivan.

Gustavo Guida, geneticista do Laboratório Exame, observa que o conjunto de genes analisados e que sofrem mudanças de ativação é provocado por fatores externos, como o simples olhar da mãe.
 
“Isso é diferente de reações químicas, por exemplo, e pôde ser provado pela observação em ratos”, diz. O especialista destaca ainda que a sensação de conforto independe de fatores biológicos.
 
“Vemos em humanos que a melhora das crianças acontece mesmo com a presença da mãe adotiva. Não é uma ligação biológica, mas sim emocional.”

Correio Braziliense

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